Por Wikipédia.
Gonzaguinha, nome
artístico de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior (Rio
de Janeiro, 22 de setembro de 1945 – Renascença ou Marmeleiro,[nota 1] 29 de
abril de 1991),
foi um cantor e compositor brasileiro.[3]
Índice
Biografia
Gonzaguinha
era filho registrado, mas não natural,[4][5] do
cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga e de Odaleia Guedes
dos Santos, cantora do Dancing Brasil.[6]
Compôs a
primeira canção "Lembranças da Primavera" aos 14 anos, e em 1961, com
16 anos, foi morar no bairro de Cocotá,
na ilha do Governador, com o pai para estudar. Mais
tarde, estudou Economia na Universidade Cândido Mendes. Na casa do
psiquiatra Aluízio Porto Carrero conheceu e se tornou amigo de Ivan Lins.
Conheceu também a primeira mulher, Ângela, com quem teve 2 filhos: Daniel e
Fernanda. Teve depois uma filha com a atriz Sandra
Pêra, a atriz e cantora Amora Pêra.
Foi nessa
convivência na casa do psiquiatra, que fundou o Movimento Artístico
Universitário (MAU), com Aldir
Blanc, Ivan Lins, Márcio
Proença, Paulo Emílio e César Costa Filho. Tal movimento teve importante
papel na música popular do Brasil nos anos
70 e em 1971 resultou no programa na TV Globo Som Livre
Exportação.
Caracterizado
por uma postura de crítica à ditadura, foi visado
pelo DOPS.
Assim, das 72 canções mostradas a esse órgão, 54 foram censuradas,
entre as quais o primeiro sucesso, Comportamento Geral. Neste início de
carreira, a apresentação agressiva e pouco agradável aos olhos dos meios de
comunicação valeu-lhe o apelido de "cantor rancor", com canções
ásperas, como Piada Infeliz e Erva. Com o começo da abertura
política, na segunda metade da década
de 1970, começou a modificar o discurso e a compor canções de tom mais
aprazível para o público da época, como Começaria Tudo Outra Vez, Explode
Coração, Grito de Alerta, Lindo Lago do Amor e O que É o que É,
e também temas de reggae, como Nem o Pobre nem o Rei.
No VI Festival
Internacional da Canção Popular
As composições
foram gravadas por muitos dos grandes intérpretes da MPB, como Gal Costa, Maria
Bethânia, Zizi Possi, Simone, Elis
Regina (Redescobrir ou Ciranda de Pedra), Fagner, e Joanna. Dentre
estas, destaca-se Simone com os grandes sucessos de Sangrando, Mulher,
e daí e Começaria tudo outra vez, Da maior liberdade, É, Petúnia
Resedá.
Em 1975,
dispensou os empresários e tornou-se um artista independente, o que fez em 1986
fundar o selo Moleque, pelo qual chegou a gravar dois trabalhos.
Nos últimos
doze anos de vida, Gonzaguinha viveu em Belo
Horizonte com a segunda mulher Louise Margarete Martins (Lelete) e a
filha deles, a caçula Mariana.[7]
Morte
Gonzaguinha
morreu aos 45 anos em 29 de abril de 1991, vítima de um acidente
automobilístico. Ao regressar de uma apresentação em Pato
Branco, no Paraná por uma rodovia no sudoeste daquele estado,
colidiu seu Monza contra uma camionete Ford
F-4000. O acidente ocorreu por volta de 7h20 da manhã entre as cidades
de Renascença e Marmeleiro. Gonzaguinha estava se dirigindo
para Foz do Iguaçu, de onde seguiria de avião para Florianópolis,
onde tinha um show agendado. No carro estavam também seu empresário e o dono de
uma empresa de produções artísticas, que ficaram gravemente feridos.[1][2]
Homenagens
Em 2017,
Gonzaguinha foi tema do carnaval da Estácio de Sá, no Rio de Janeiro,
com o enredo "É! O Moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu
com a Estácio!".[8] A
Estácio era a escola de coração do cantor, nascido no Morro de São Carlos, no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro.
A escola de
samba Império Serrano escolheu como enredo para seu
desfile no Grupo Especial em
2019, o sucesso de Gonzaguinha O Que é, o Que é?, usando a canção também
como o samba-enredo, num recurso inédito no carnaval carioca.[9]
Notas e
referências
Notas
↑ Ir para:a b As
fontes disponíveis no texto não indicam com precisão a cidade onde ocorreu o acidente.[1][2]
Referências
↑ Ir para:a b «Há
25 anos morria o cantor Gonzaguinha, próximo a Marmeleiro - Jornal de Beltrão». www.jornaldebeltrao.com.br.
Consultado em 28 de abril de 2021
↑ Ir para:a b «Folha de
S.Paulo». acervo.folha.uol.com.br. 30 de abril de 1991. Consultado em
3 de outubro de 2017
↑ «Gonzaguinha». Dicionário
Calvin da MPB. Consultado em 12 de Julho de 2015
↑ Pinto,
José Neumani. «Belo
e comovente, mas com falha de verossimilhança». Consultado em 18 de janeiro
de 2013
↑ Plínio
Fraga (9 de dezembro de 2012). «Herdeiros
de Gonzagão se aproximam e superam divergências». O Globo. Consultado em 5
de março de 2017
↑ Diário do
Nordeste, Globo, consultado em 18 de janeiro de 2013.
↑ «Biografia_Maturidade».
Página oficial do artista. Consultado em 7 de outubro de 2014. Arquivado
do original em
25 de janeiro de 2013
↑ «Estácio
de Sá homenageia Gonzaguinha». G1. 24 de fevereiro de
2017. Consultado em 27 de fevereiro de 2017
↑ Dia, O. «Império
Serrano escolhe música de Gonzaguinha como enredo para Carnaval 2019 | O Dia na
Folia | O Dia». odia.ig.com.br. Consultado em 28 de abril de 2021
Bibliografia
Euclides
Amaral. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed.
Esteio Editora, 2010.
Regina
Echeverria. Gonzaguinha e Gonzagão – Uma história brasileira. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2007.
Ricardo Cravo
Albin. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e
Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto
Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
Ligações
externas
O Wikiquote possui
citações de ou sobre: Gonzaguinha
Site não-oficial de Gonzaguinha
«Gonzaga jr», MPB
net, Músicos
Compositores do Rio
de Janeiro (estado)
Mortes em acidentes
de trânsito no Brasil
Naturais da cidade do
Rio de Janeiro
Cantores do Rio de
Janeiro (estado)
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário