Por José Mendes Pereira
AS MULHERES FERRADAS POR ZÉ BAIANO
MARIA MARQUES E BALBINA DA SILVA
Por Juremeiro Denis Costa
Segundo alguns
relatos, ainda existe mais mulheres que foram marcadas por Zé Baiano.. porém
alguns historiadores não tem matérias concreto, para a comprovação de tamanho
do comentário. Já outros historiadores, acredita apenas na personagem Maria
Marques.
Zé Baiano
ferrava as vítimas, a maioria mulheres, no rosto, nas nádegas e nas partes
íntimas, às vezes porque tinham cortado os cabelos, e outras vezes, porque eram
mulheres de militares, soldados da polícia, que perseguiam o bando de
cangaceiros.
(Ferração em
Canindé).
Todos os
autores, sem exceção, copiando-se uns aos outros, se referem a Zé Baiano como
um sujeito que “tinha o hábito” de marcar mulheres a ferro quente com as letras
“J-B” (José Baiano).
Na verdade,
isso aconteceu em Canindé, em janeiro de 1932, quando ele, por vingança, ferrou
de uma só vez três mulheres ligadas a soldados que haviam espancado sua mãe. A
história dessa ferração é a seguinte:
Um soldado
chamado Vicente Marques – da família Marques, de Santa Brígida, Marancó e
Canindé – certa vez espancou a mãe de Zé Baiano para obrigá-la a informar o
paradeiro do filho e dos parentes cangaceiros. A velha ficou irreconhecível,
tantas foram as coronhadas de fuzil que recebeu no rosto.
Quando Lampião
esteve em Canindé, em janeiro de 1932, onde moravam pessoas da família Marques,
Zé Baiano recebeu carta branca de Lampião para vingar-se do que fizeram com sua
mãe. Ao prender Maria Marques, irmã do soldado que supliciara sua mãe, Zé
Baiano decidiu deixá-la marcada para sempre e mandou que um morador chamado Zé
Rosa fosse buscar um ferro de marcar gado. Zé Rosa tinha sido vaqueiro do
finado coronel João Brito (João Fernandes de Brito). Trouxe o primeiro
ferro que encontrou, o ferro utilizado no passado para marcar os bois de seu
falecido patrão, que tinha as letras “J-B”, de João Brito. Além de Maria
Marques, foram ferradas no mesmo dia outras duas mulheres, ambas ligadas também
a soldados por casamento ou mancebia.
Por fim,
quando observaram que as letras do ferro – “J-B” – eram as letras do seu nome,
o cangaceiro decidiu levar o ferro como recordação de sua vingança, porém não
há nenhum relato de fonte segura de que o tivesse utilizado outras vezes. Na
área que lhe foi reservada, compreendendo terras de Ribeirópolis, Frei Paulo,
Macambira, Pedra Mole, Pinhão e Carira, nunca se soube que ali Zé Baiano
tivesse ferrado ninguém, seja homem ou mulher.
Amaury
Correia... fez uma pesquisa nos jornais e revistas da época para apurar se
houve alguma notícia a respeito de outros casos de pessoas que tivessem sido
ferradas por Zé Baiano, e concluiu: só houve aquele caso de Canindé. Amaury
fala de notícias vagas de outras ferrações, mas todas sem comprovação.
Corisco é que
quando fazia um refém tratava-o como “meu boi”. Dois integrantes do seu grupo –
Arvoredo e Calais – ferraram várias pessoas nos sertões de Juazeiro, Jaguarari,
Uauá e Várzea da Ema...
Houve quem
dissesse que Zé Baiano “adquirira o hábito de ferrador” por ter sido traído
pela mulher, a cangaceira Lídia. Porém tal explicação não procede, pois,
seguramente, o caso de Lídia é posterior ao episódio de Canindé: as ferrações
em Canindé foram em 1932, e a morte de Lídia foi em 1934.Também é pura
lenda a sua fama de estuprador e desonrador de mulheres. Não há um caso sequer
de tal prática efetivamente comprovado. Pelo contrário, Zé Baiano era um tipo
moralista, de acordo com os padrões da época, e, para impor respeito no sertão,
caía na palmatória toda mulher que ele encontrasse de cabelo curto, ombros nus,
vestido decotado ou muito curto. Sua palmatória chamava-se Professora, pois
servia para “dar educação a quem não tinha”. Outros cangaceiros que não
toleravam ver mulher com cabelo curto e roupa provocante eram Mariano e Azulão
– como, aliás, procediam em suas casas muitos pais e maridos.
Por ocasião da
morte de Zé Baiano, ao entrevistar Antônio de Chiquinho, seu matador, o
repórter Francisco de Matos conclui a matéria com a consideração de que, apesar
de todas as maldades que lhe eram atribuídas, Zé Baiano “não fumava, não bebia,
não deflorava, como atesta o testemunho de Antônio de Chiquinha”.
As mulheres
ferradas.
"SITE"
(PORTAIS DA JUREMA). https://www.facebook.com/Portais-da-jurema-110119580581657/
Totalmente
voltado ao culto a Jurema sagrada.
Texto escrito
por:
Juremeiro
Canindé...RN
Juremeiro
Denis Costa-RN
Fontes:
José Bezerra Lima Irmão.
https://www.facebook.com/110119580581657/posts/145690157024599/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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