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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS, LENDAS E FATOS DA CACHOEIRA.

Por José Cícero

Visitando a histórica Casa da Pedra, a nascente do Pinga da Lapinha, bem como o lajedo do sangue e os poços do Torem e da Cobra. Com o mateiro sr. Bodim, e os amigos:Tota Fidelis e Roberto Gomes da dvc.

- O poço da Cobra.

Além de belíssima como atrativo natural do Cariri a Cachoeira de M. Velha possui também uma vasta narrativa de causos e lendas. Algumas sobre a sua própria origem ancestral transmitidas desde os seus primeiros habitantes da etnia dos indios Cariri até agora. Lendas e contos que, desde então se perpetuaram ao longo dos anos de geração em geração, dentre as quais, as que tentaram explicar no imaginário popular, por exemplo, o surgimento da "pedra da Glória", do "goelão", do "lajedo do sangue" etc.

Cachoeira de MV na direção da Lapinha onde ficam os lendários poços do Torem e da Cobra.

Nesta mesma linha podemos incluir ainda, toda a casuística de fatos igualmente lendários chegando a beirar inclusive, o chamado "realismo fantástico'. Coisas e acontecimentos surreais contados ainda hoje pelos ribeirinhos, principalmente os pescadores e antigos moradores do lugar.

À margem do rio descendo para o poço da Cobra.

A Cachoeira, assim como toda a extensão do rio Salgado possui uma série de "poços" que, nunca secam, nem mesmo nas grandes secas que se abateram sobre a região. São pequenas depressões naturais que existem ainda hoje, mesmo com o acelerado processo de assoreamento do manancial ao longo do tempo. Locais onde se concentram muitas espécies de peixes endêmicos do bioma salgadiano. Fazendo assim a alegria dos pescadores.

Além do próprio "goelão" localizado logo abaixo da primeira queda dágua, existem ainda dois desses 'poços' que se tornaram muito conhecidos e por isso mesmo detentores de histórias lendárias: o Triste(antes da construção das piscinas), do Torem e o da Cobra. O primeiro marcado, conforme as narrativas de antigos pescadores, pela aparição de um velho índio, um chefe tribal de nome homônimo. O segundo, pelo avistamento de uma enorme cobra, que de acordo com os ribeirinhos ainda agora protegem noite e dia o referido local.

E aqui destaco dois dos episódios a mim contados por antigos habitantes do sítio Cupim, que fica nos arredores da Cachoeira.

O fato mais antigo ocorreu provavelmente no início da década de vinte quando um pescador foi morto e engolido pela serpente após ter mergulhado para desenganchar seu anzol. E ali mesmo desapareceu. O segundo caso, mais recente aconteceu possivelmente a menos de uma década, quando outro pescador sentou para descansar à beira do poço sobre um balceiro. De repente, ouviu o roncar da grande cobra levantado todo o arbusto onde o mesmo estava sentado. A serpente estava por baixo do balceiro. Ao sentir o tremor ele saiu às pressas do local. Porém, o pescador ainda a viu entrando n'água. "Era enorme. Sua cabeça era do tamanho da, de um bezerro", segundo afirmou o ribeirinho.

ENTREVISTA:

Nestes dias irei entrevistar e registrar num vídeo para esta página, o dito senhor, testemunha ocular de tais fatos ora narrados.

Histórias e Estórias que ouvir contar.

José Cícero

MV.

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