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quarta-feira, 28 de junho de 2023

MÃE SOLIDÃO

 Autor: José Di Rosa Maria



Solidão, inquilina da alcova, Que há décadas me tem também servido Pra chorar o mais íntimo dos desdéns Que o tempo lembrou-se me ter vivido, És tão minha que em ti encarno a mãe Que num sonho fugaz tinha perdido. Solidão, irmã gêmea da insônia, Que devora meu sono suplicado, Tens me visto fingir que sou de ferro A vagar de espírito escaveirado Arrastando um vagão de desventuras, Pelas leis do destino condenado. Solidão, testemunha da plangência, Que meus em transe deixam ir Pelas curvas das rugas, rosto abaixo Sem lugar definido pra cair, E meu eu numa teia de equívocos Sem decerto saber como sair

Fim.

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