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segunda-feira, 7 de agosto de 2023

FERVENDO

 Clerisvaldo B. Chagas, 2 de agosto de 2023

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.938 

       Há muito o mundo vem sabendo que se deve cuidar da natureza. De alerta em alertas nacionais e internacionais, prevaleceu em resposta o famigerado ouvido de mercador. A ambição humana não tem limites e, a procura pelo mais fácil, mais prático, mais barato, deu no que deu, primeiramente no Hemisfério Norte. As ondas de calor só podem ser comparadas a um castigo rigoroso da mão Natureza, pelos ataques contantes e insanos às coisas que Deus deixou no mundo para tornar mais agradável a permanência dos seus filhos na esfera carnal. O Globo bota as mãos à cabeça, faz conferência e mais conferências, aponta os erros alheios, depois as mãos no bolso. Assim, os incêndios, as enchentes, os deslizamentos, o vulcanismo, as invasões marítimas, as altas absurdas e proféticas da temperatura e tantas outras são catástrofes anunciadas que puxam com força as orelhas da humanidade.

        Terminamos o mês de julho no Sertão, dentro do previsto pelos profetas das chuvas, homens do campo que baseiam seus experimentos no comportamento das plantas, dos animais, dos astros, através de décadas e décadas seguidas. E esse mês que acaba de dá adeus, é normalmente o mais chuvoso dos nosso Sertão, mas foi agora de chuvas excessivamente moderadas, variando muito mais entre tempo nublado e sol entre nuvens. Não deixa mesmo assim, de ter sido um mês bom para a lavoura, porém, de armazenamento de água para o restante do ano, deixou muito a desejar. É claro que todo sertanejo, direta ou indiretamente depende das chuvas, agradecem a Deus por tudo, mas carregam uma interrogação permanente sobre o tempo.

       O El Niño foi anunciado, lá atrás, mas pelo visto, não foi levado muito a sério, pelos comandantes das nações, apesar dos seus efeitos assinados e carimbados quando sempre ressurgiu. Vai ser mais uma tacada grande no clima da Terra, independente das coisas que estão acontecendo com notícias diárias e assombrosas dos jornais. E, particularmente em nosso torrão, este mês de agosto vai acontecer como um grande revelador do que virá daqui para o fim do ano. O frio sim, esse não negou sua tradição no mês passado, indiferente às cores variantes do céu: chumbo, cinza, azul e marfim... O certo mesmo é que nada será como antes com o clima e suas influências. Ainda duvida, Tomé?

SANTANA AO AMANHECER (FOTO: GLEMILDA).



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