Seguidores

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

𝐴 𝑆𝐴𝐼́𝐷𝐴 𝐷𝐸 𝑇𝐸𝑂́𝐹𝐼𝐿𝑂

Acervo Jaozin Jaaozinn

Fotografia da força volante baiana do Tenente Zé Soares (1° em pé à esquerda), possivelmente no final da década de 1930. Nela, aparecem os volantes João Crispa (2° agachado da esquerda para a direita) e Teófilo Pires (3° agachado da esquerda para a direita).

Após seis longos anos participando da campanha contra o cangaceirismo na região baiana, tendo como destaque o tiroteio no Raso da Catarina/BA que culminou na morte de seu sobrinho, o cangaceiro Calais, Teófilo decide dar baixa das forças policiais em julho de 1938.

Segundo o depoimento que o mesmo deu para o pesquisador João de Souza Lima, o seu irmão, Zé Pires, pegou um ladrão que estava roubando ouro e prata na casa de suas primas. Desconfiou de que o salteador fosse o rapaz por nome José Menezes; ficou sabendo que o homem estava seguindo viagem e então fez uma emboscada para o pegar em flagrante, viu os objetos que tinham sido furtados pelo o homem, porém, o rapaz acabou ficando com os ouros para que não fosse colocado que Zé Pires era o meliante, levando uma falsa acusação.

Ocorreu uma certa confusão entre a família Pires e os Menezes sobre o roubo dos utensílios, chegando ao ponto de que o Capitão Menezes, primo de José Menezes, afirmasse que o seu parente era um contratado da volante, para que este tivesse o direito de andar armado.

Por essa cobertura de seu primo militar, o “ratoneiro” acabou tendo um revólver para a sua defesa. Em uma mesa de jogo que acontecia no povoado Encozeira/BA, Zé Pires estava sentado e participando com os demais. De repente, aparece Menezes dando um tapa no ouvido de Pires. Acabou pensando que fosse um conhecido, porém, reparou que era o homem que emboscou na estrada. Ao se levantar, viu que José estava armado, se “acovardando” naquela situação.

Uma semana depois, em dia de feira, Zé Pires e outro irmão seu, este com um chicote, aparecem no local. Ergue e fala para Zé: “Quer bater ou quer que eu bata?". O Pires, que fora recentemente ameaçado por Menezes, pegou o chicote da mão de seu irmão. Deram uma surra no dito cujo, já caindo no chão na primeira chicotada.

Dias depois, Zé Pires junto com o seu primo Antônio Nunes, decidem integrar a força policial em Chorrochó/BA, para o Sargento Comandante Zé Soares, substituindo o Capitão Menezes. Chegando no local, Soares acabou tomando as armas dos dois e apreendendo-os.

Sendo volante a serviço do Sargento e parente dos presos, Teófilo fora chamado para conversar com Zé Soares sobre o acontecido. Ao chegar no local, se apresentou e entregou o seu fuzil, dizendo que não queria mais servir para ele, pois entrou na polícia para perseguir cangaceiro e não parente seu, e se desligou do batalhão contra o banditismo no mesmo dia.

Uma/duas semanas depois, em Chorrochó, ficou encarregado de entregar o armamento do Estado que estava na casa de seu pai, João Pires, para o Sargento Zé Soares. No caminho, encontra a tropa do mesmo em direção à Encozeira.

Já na Encozeira, acabaram soltando o seu irmão e primo da cadeia. Teófilo recebeu um chamado para ir até a morada do Sargento Comandante. Chegando lá, Soares acabou falando que seus parentes foram presos por terem deflagrado a munição e o armamento do Estado.

Ao receber essa mensagem, Teófilo diz que, se fosse ele, teria dito a verdade. Pois não foram presos por essa acusação, e sim por terem batido num salteador ladrão de casa e roubador de utensílios de ouro e prata.

Depois dessa conversa, Teófilo encerrou o assunto e fora embora da casa do seu já ex-comandante da força baiana, virando, agora, um paisano da Vila de São José, em Chorrochó/BA.

𝐅𝐎𝐍𝐓𝐄𝐒: 𝑷𝒆𝒔𝒒𝒖𝒊𝒔𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒆 𝑯𝒊𝒔𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂𝒅𝒐𝒓 𝑱𝒐𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝑺𝒐𝒖𝒛𝒂 𝑳𝒊𝒎𝒂; 𝑪𝒂𝒏𝒂𝒍 𝒏𝒐 𝒀𝒐𝒖𝒕𝒖𝒃𝒆 𝑨𝒅𝒆𝒓𝒃𝒂𝒍 𝑵𝒐𝒈𝒖𝒆𝒊𝒓𝒂 - 𝑪𝒂𝒏𝒈𝒂𝒄̧𝒐.

.𝐶𝐴𝑁𝐺𝐴𝐶̧𝑂 𝐵𝑅𝐴𝑆𝐼𝐿𝐸𝐼𝑅𝑂.

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário