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terça-feira, 2 de abril de 2024

O CANGACEIRO BEM-TE-VI

Por Rogério Arlanch Filho  


Prezado José Mendes,

A história do cangaço sempre foi um assunto que me fascinou, não por me aprazer imagens de violência e morte, mas pelo conjunto de razões que levaram ao surgimento do cangaço, e todo aquele misto de heroísmo e covardia que o movimento deixou como parte da "cultura" nordestina.

Curiosamente, a primeira sessão de cinema que assisti, aos 6 anos de idade, foi justamente o filme de Lima Barreta: O Cangaceiro.

Por isso tudo, após ter assistido todos os filmes referentes ao tema, consultar muitas fontes, e ver muitos vídeos disponíveis no youtube, as narrativas que vi sobre a morte de Lídia, executada por Zé Baiano, tudo o que consegui saber sobre o destino de Bem-te-vi (se é que mesmo essa versão merece crédito), é que o cangaceiro, pivô da morte da dita, mais bela das cangaceiras, após Zé Baiano ouvir o relato de Coqueiro, fugiu do acampamento, certamente temeroso da vingança do companheiro de Lídia.

Nunca mais se soube a respeito dos passos daquele cangaceiro após aquele acontecimento? Sendo ele de origem da mesma cidade, onde nascera Lídia (se é que foram amigos de infância, como dizem algumas fontes), nenhum de seus possíveis parentes deu qualquer informação sobre seus passos, fosse logo após o acontecimento, ou muitos anos depois, quando através de relatos, muita coisa se descobriu sobre os cangaceiros remanescente ao massacre de Angico?

Confesso que esse enigma me inquieta, pois certamente, Bem-te-vi teria muito a relatar sobre a morte, e as circunstâncias de Lídia.

Parabéns pelo trabalho que faz.

Obrigado por qualquer informação

Rogério Arlanch Filho - Brotas - SP

Enviado por e-mail

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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