Clerisvaldo B. Chagas, 15 de janeiro de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.168
Ontem, cedo da
tarde começou o ajuntamento de nuvens no céu de Santana e, como sempre, as
nossas chuvas sempre acontecem a partir das 17 horas, apostamos que elas viriam
às cinco. Ao se aproximar às 16, o tempo foi começando a escurecer e na hora
costumeira, invernou. Toda a abóboda celeste às vistas, virou cinza, escuro, e
a chuva veio mansa igual à todas chuvaradas do ano passado. É nessa
circunstância que o matuto exclama espontaneamente: Tempo rico! E
esse tempo rico entrou pela noitinha com uma temperatura agradável e se
prolongou numa pingadeira bem compassada, diga-se à verdade. E um meu
companheiro dizia no momento sobre a rapidez com que a vegetação esturricada se
recupera e vira um time do Palmeiras.
E se o espaço
era cinza, escuro, mas, no Restaurante ARMAZÉM, era dourado na entrevista de
Risomar e sua equipe com uma bela filmagem da nossa movimentação. E com o local
da entrevista sendo em restaurante, pensam-se nas bênçãos hídricas que trarão fartura
para os que vivem da Agricultura, do comércio agrícola, da mesa farta que traz
alegria de viver e inspiração para esvoaçar. Vamos, então, de semiárido afora
assim como o tempo navega no tempo, porque certeza mesmo de futuro ninguém de
fato sabe. Esse radicalismo do Universo, dos últimos anos tem
quebrado nossa própria confiança no que antes era chamada de certeza, Só assim
surge com muito maior força uma coisa chamada fé ou não surge nada.
Mas,
continuemos descrevendo o tempo nesta manhã do meio do mês, em Santana. Dia
belíssimo, parcialmente nublado e de desenhos de nuvens em parte do céu que nos
parecem inéditos. É aquele dia que você tem vontade grande de pegar a estrada e
sair por aí sem destino certo. Passeando, passeando, passeando... Pelo Sertão
talvez o impulso levasse até Pão de Açúcar, Piranhas... Olho d’Água do Casado.
O importante mesmo seria aproveitar o dia indo seja para onde fosse, vendo
montanhas, vegetação, céu desenhado, sentindo a magia desse dia
diferente. E se tristeza não traz mesmo a felicidade para ninguém. Vamos
procurar a alegria interna visitando os campos, os montes, as colinas.
Contemplando as paisagens maravilhosas que têm dentro da gente.
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