Clerisvaldo B. Chagas, 27 de maio de 2025
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 3.240
Não sei por
que me lembrei das minhas catequistas da MatrIz de Senhora Santana. Mulheres
maravilhosas que tantos nos ajudavam a entender o catecismo, quanto nos
ajudavam logo cedo a trilhar pela vida com segurança. De vez em quando elas
formalizavam um passeio para alegrar mais ainda aquelas alminhas doidas por
conhecimentos e alegrias. Estamos falando do entorno de 1955-56. Pena é não
lembrar do nome de nenhuma delas. Mas, lembro-me dos passeios que íamos de vez
em quando. Os pontos aprazíveis dessa época, em Santana do Ipanema, eram: A
barragem construída pelo DNOCS, no rio Ipanema, em uma periferia, o açude do
Bode, em outra. Ambos do início da era de 1950. O serrote do Cruzeiro e o
serrote do Gonçalinho que já era chamado Do Cristo.
Entretanto,
lembro-me somente de ter ido à barragem e ao Bairro Lajeiro Grande, em
formação, visitar o enorme lajeiro e a Igrejinha do padre Cícero, no cimo. A
igrejinha fora motivo de promessa e construída também no início da era 50.
Pense na alegria sem fim, daquelas crianças guiadas para esses recantos que
representavam a Natureza! Além disso, o carinho com que nós, as
crianças, éramos tratadas pelas catequistas, aumentava o prazer do
comparecimento à Igreja para aquelas belíssimas instruções. Outra pessoa de alma
nobre, era o zelador e sineiro Major, descendente quilombola que
andava descalço e nunca brigava com as criaturinhas que queriam subir os
degraus de madeira para conhecer os sinos da torre.
Aliás, até a
Igreja Matriz de Senhora Santana, passara pela grande reforma que resultara na
torre de 35 metros. Claro, eu de nada sabia das maravilhas que os homens
fizeram, todas tinham sido recentes, eu e meu coleguinhas, apenas usufruíamos.
Também era recente a morte do padre Bulhões, o reformador da Igreja e o mais
famoso padre de todos os tempos, no município. Fui batizado por ele. Depois foi
a vez do padre Luís Cirilo Silva, que reinou na minha infância, adolescência e
fase de estudante santanense. O mais querido e bem-humorado sacerdote.
E Deus
verificou o que fizera.
E notou que tudo era BOM.
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