Por Guilherme Machado pesquisador
Um senhor que mora no povoado denominado de Saquinho, Zona Rural de Serrinha. De tanto as pessoas e seus amigos o chamarem de Madeira, que ele esqueceu o seu nome de batismo. Conheci seu Madeira, em um passeio que fiz na companhia do amigo Galeguinho do Subaé.
O velho morava sozinho, em um casebre tradicional de roça, aos 85 anos de idade seu Madeira ainda conversava muito bem para a sua idade. De voz firme e mente boa, perguntei por seus familiares e ele me respondeu que sua família foi o mundo e seu trabalho.
Perguntei seu Madeira o senhor trabalhou no que?
Respondeu o velho!
- Muita enxada, e também fui carregador de carro de boi, andei muito de Serrinha a Queimadas e de Queimadas a Serrinha.
- Transportado o que ?
- SISAL! Falou o velho em voz alta.
- O senhor tinha que idade?
- 15 ou 16 anos.
- O senhor soube da invasão de Lampião a vila de Santo Antônio das Queimadas...?
- Soube, isso foi em 29, eu nasci em 1914. Quando Lampião teve em Queimadas eu estava indo para a fazenda Riacho da Onça, hoje é uma das maiores comunidades do município de Queimadas, e fica a 8 léguas da sede. Para chegar a Riacho da Onça se viajava o dia inteiro de carro de boi.
- O senhor chegou a ver Lampião...
- De jeito maneira! O povo da época sempre me alertava para carrear por estradas maiores e que tivesse casas e movimentos por conta de tocaia dos cangaceiros.
Perguntei!
- O senhor chegou a ver algum cangaceiro quando era carreador?
- Não? Nem de longe e nem de perto.
- E se o senhor encontrasse com um deles, qual seria a sua reação?
- Largava tudo e corria, isso se desse tempo, mas Deus sempre me ajudou e eu nunca cruzei o caminho de um bicho desses. Respondeu seu Madeira. Com uma resposta sabida e sorrateira.
Esse meu encontro com seu Madeira já tem mais de 10 anos, portanto não sei se o velho é vivo ou morto. Onde ele estiver daqui vais meus agradecimentos pela sua cordialidade e apreço pelas histórias do Nordeste.
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ALERTA AOS NOSSOS LEITORES.
Quando estiver no trânsito, cuidado, não discuta! Se errar, peça desculpas. Se o outro errou, não deixa ele te pedir desculpas, desculpa-o antes, porque faz com que o erro seja compreendido por ambas as partes, e não perca o seu controle emocional, você poderá ser vítima.
As pessoas quando estão em automóveis pensam que são as verdadeiras donas do mundo. Cuidado! Lembre-se de pedir desculpas se errar no trânsito, para não deixar que as pessoas coloquem o seu corpo em um caixão.
Você poderá não conduzir arma, mas o outro conduzirá uma maldita matadora, e ele poderá não perdoar a sua ignorância.
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