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sábado, 29 de novembro de 2014

LUIZ GONZAGA – ENTREVISTAS – PARTE III

Por Antonio Morais

O primeiro encontro com o famoso compositor Humberto Teixeira:

Região - O que representou, em vida, Humberto Teixeira para o Rei do Baião?

Gonzaga - Olha: Humberto, o grande Humberto Teixeira, representou um Luiz Gonzaga de regresso ao Nordeste. Através da música, porque antes dele eu era um sanfoneiro, um cantador sem um galho certo. Eu desejava decantar o nordeste, mas não me considerava o poeta que pretendia interpretar. Apesar de ser músico, musgueiro mesmo, de ter a pretensão de cantar, tinha igual desejo de que surgisse aquele poeta que me colocasse dentro do sertão, nos caminhos, nas estradas, nas veredas, nos troncos de pés de serra, finalmente num encontro com meu povo, através da poesia.

Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga - www.onordeste.com

Continua Luzi Gonzaga: - Foi aí que surgiu Humberto Teixeira, por uma ideia de seu cunhado, o saudoso Lauro Maia, que naquela época era compositor. Procurei, inicialmente, o Lauro Maia, porque achava ser ele a figura ideal. Houve uma espécie de recusa do Lauro que alegou, naquele momento, não ter muito jeito para botar letra em músicas dos outros. Todavia, acrescentou Lauro Maia, tenho um cunhado e vou levá-lo até lá. Era Humberto Teixeira. O primeiro tema que lhe dei foi: "Lá no meu pé de serra", relembrando o Exu, isto aqui, este cantinho de onde agora estamos falando e para o qual regressei, inspirado nas músicas que cantei tantos anos com Humberto. Interessante: Quanto mais eu decantava o nordeste, mais vontade tinha de regressar, de fixar-me no meu chão. Tudo isso aconteceu. Tudo isso representa, para mim, o grande Humberto Teixeira.


Qui nem Jiló - Homenagem ao "Centenário do Rei"- Até a próxima.

Fonte - Andanças e Lembranças.
Fonte principal: http://blogdosanharol.blogspot.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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