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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

CANGACEIROS: ALCUNHAS E NOMES PRÓPRIOS


Lúcia Gaspar - Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco -pesquisaescolar@fundaj.gov.br
[...] Quando se fala em cangaço
Lembra logo Lampião
Como falar em forró
Lembra logo Gonzagão
Foi Cabeleira o primeiro
Chamado de cangaceiro
Nas paragens do Sertão
Seu nome era José Gomes [...]

(Trecho do cordel O bandido Cabeleira e o amor de Luisinha, Zé Antonio, 2006).


Na sua maioria os cangaceiros recebiam ou adotavam alcunhas ou apelidos, os chamados "nomes de guerra" que, de uma maneira geral, eram relacionados às suas características pessoais, habilidades ou fatos biográficos. 

Existiam os que lembravam a vida de aventuras, marcas de crueldade, coragem, vingança (Jararaca, Besta Fera, Diabo Louro, Lasca Bomba, Pinga-Fogo), assim como os mais telúricos que lembravam elementos da natureza: Beija-Flor, Serra do Mar, Azulão, Asa Branca, Rouxinol, Lua Branca.

As alcunhas serviam para despistar e confundir inimigos e perseguidores. Alguns chefes de bandos do cangaço chegavam até a colocar nos novos companheiros apelidos de cangaceiros mortos em combate. Dessa forma, há muitos cangaceiros que receberam o mesmo nome duas, três e até quatro vezes, como é o caso de Azulão. O primeiro Azulão era integrante do bando de Antônio Silvino, o segundo do bando de Sinhô Pereira, o terceiro e o quarto pertenceram ao bando de Lampião.

Havia também os que não adotavam esse subterfúgio, desafiando o mundo. Bradavam os seus nomes verdadeiros para mostrar valentia.

Segundo consta, o apelido de Virgulino Ferreira da Silva, Lampião era por causa da rapidez com que ele atirava, dando a impressão de um lampião que se acendia.

http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Cangaceiros:+alcunhas+e+nomes+pr%C3%B3prios&ltr=camp;id_perso=2012

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