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quinta-feira, 10 de março de 2016

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA IMPRENSA DE MOSSORÓ - 06 DE MARÇO DE 2016

 Por Geraldo Maia do Nascimento

A história da imprensa mossoroense começou em 17 de outubro de 1872 com o lançamento do jornal “O Mossoroense”, que se declarava “seminário, político, comercial, noticioso e literário”. Na realidade era um jornal político, de propriedade e redação de Jeremias da Rocha Nogueira, declarando-se depois como “órgão do Partido Liberal de Mossoró, dedicado aos interesses do Município, da Província e da humanidade em geral”. Era um jornal bem escrito, de formato regular e impresso em tipografia própria.
               
O jornal, nessa sua primeira fase, funcionou até 1876, quando não podendo mais manter-se, fechou suas portas tendo o seu maquinário sendo vendido ao Coronel Antônio Soares de Macedo, que passou a imprimir nele o jornal “O Brado Conservador”, de sua propriedade, na cidade de Assu.
               
Nesse mesmo ano, 1876, surgiu um outro jornal na cidade: “Recreio Familiar”. Era um jornal de pequeno formato, dedicado à literatura, recreio e instrução do povo.
               
Em fins de 1901 surge o “ECO”, periódico humorístico e ilustrado.
               
Em 1902 ressurge “O Mossoroense”. O seu primeiro número, nessa nova fase, foi publicado em 12 de junho, tendo como redatores o Coronel Antônio Gomes e Alfredo Melo e como gerente-redator-xilógrafo, João da Escóssia. É uma segunda geração de jornalistas, haja vista que João da Escóssia ser filho de Jeremias da Rocha Nogueira e Alfredo Melo ser filho de José Damião de Souza, que foi parceiro de Jeremias quando surgiu o primeiro jornal.
               
O Mossoroense, nessa segunda fase, surge como sucessor do ECO, que parou de ser publicado para dar lugar ao novo O Mossoroense. Apresentava-se como um jornal periódico, humorístico e ilustrado, com intuito de prestar, como puder, serviços às letras, às artes, às ciências, às indústrias e ao desenvolvimento de todos os remos de atividade humana.
               
O jornal era quinzenal e impresso na Tipografia Aurora Escocesa, que depois passou a chamar-se Atelier Escóssia.
               
Em 18 de junho de 1902 surge também “A Ideia”, órgão do Instituto Literário “Dois de Julho”. Tinha como redatores Olímpio Melo, R. Rubira, Soares Júnior e Alves Tavares. Era impresso no Atelier Escóssia.
               
Em 1903 surge “TRINTA DE SETEMBRO”. Era uma revista manuscrita, órgão do Grêmio Literário Augusto Severo.
               
Também de 2003 é o “Passatempo”, interessante jornalzinho manuscrito do qual eram redatores Tércio Rosado, Elesbão Filgueira e Roboão Filgueira.
               
Em 1904 surge “O Comércio de Mossoró”, como órgão do comércio, da indústria e da lavoura. Definia-se como “folha hebdomadária”, e circulou pela primeira vez em 17 de janeiro de 1904, tendo apenas Bento Praxedes, como redator. Depois passaram a colaborar com o jornal: Dr. Felipe Guerra, Padre Pedro Paulino, Martins de Vasconcelos e os acadêmicos José Calazans, Bruno Pereira e Orlando Correia.
               
Era de propriedade do capitão João Carlos Wanderley, comerciante, residente em Macau.
               
Em 1904 era publicado ainda “O Mensageiro”, periódico literário, órgão da sociedade “Mocidade Católica São Luís de Gonzaga e a “Revista União”, órgão mensal da sociedade literária “Dois de Julho” e “Mocidade Católica”. O primeiro número da Revista União foi publicado em 30 de junho e declarava no artigo de apresentação que nada mais era do que a união dos dois periódicos A Ideia e O Mensageiro. Sem redatores fixos, era bem escrita e dizia que era impressa na Tipografia Potiguar.
               
Em 1905 surgiu “O Santelmo”, jornalzinho literário, independente, crítico e noticioso, redigido por Francisco Bruno Pereira.
               
De 1907 era “A Alvorada”, interessante periódico literário, que surgiu à luz da publicidade no dia 13 de dezembro, durante a festa de Santa Luzia, sob a direção de A. Quintino.
               
“Atheneida” foi uma revista lançada em 1904, sob a direção do acadêmico Souza Nogueira. Era uma revista literária, com vários colaboradores que nela publicavam os seus contos e poesias.
               
Em 1935 surgiu o “Boletim da “ABC”, órgão da Associação de Normalistas de Mossoró, tendo o seu primeiro número circulado no dia 12 de outubro daquele ano, sob a direção do professor Alfredo Simonetti. Prometia circular nos dias de comemoração cívica e era impresso no Atelier Escóssia.
               
Na próxima semana continuaremos com o levantamento dos periódicos que circularam na cidade de Mossoró. 

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Autor:
Geraldo Maia do Nascimento

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