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sábado, 6 de agosto de 2016

GENTE DAS RUAS DE POMBAL: PROFESSOR ARLINDO

Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Muito embora tenha nascido na cidade de Santa Luzia, professor Arlindo Ugulino adotou a cidade de Pombal como sua “pátria”, e aqui construiu a sua vida, contribuindo também na construção da vida de muitos pombalenses. Reconhecimento já devidamente feito pela Câmara Municipal, ao lhe conceder o título de Cidadão Pombalense.


Filho do casal Justo Ugulino e dona Maria Jandira Ugulino, Professor Arlindo nasceu no dia 29 de abril de 1933.

Parente próximo do grande cantador poeta Ugulino do Sabugi, certa vez ele me contou que recebeu a difícil tarefa de optar, na denominação da rua em que mora até hoje, entre homenagear o parente famoso Ugulino do Sabugi ou o não menos famoso poeta pombalense Leandro Gomes de Barros: não teve dúvidas em denominar a rua com o nome de um pombalense, até então desconhecido do povo da nossa cidade. Maior demonstração de amor a Pombal não pode haver.


Vocacionado para o clérigo, estudou no Seminário Arquidiocesano Imaculada Conceição da Paraíba, em João Pessoa por oito anos, aprendendo línguas como: Francês, Inglês, latim e Grego. Desistiu da carreira dentro da Igreja para constituir família, casando-se no dia 11 de maio de 1958, com dona Sonia de Medeiros Ugulino, vindo a constitui uma família típica sertaneja de oito filhos: quatro homens e quatro mulheres. São eles: Malba Delian, Arlindo Filho, Mª Jandira, Luis Augusto, Paulo de Tarso, Terezinha de Jesus, e Fernanda de Lisiê e Lúcio Flávio (falecido prematuramente no dia 30 de maio de 1982, era meu amigo de infância).

Professor Arlindo foi promotor de Justiça com serviços prestados em Pombal Brejo do Cruz, Catolé do Rocha, São Bento e Sousa. Em Catolé do Rocha exerceu ainda a função de Superintendente Regional de Polícia Civil. 

Sua vocação para a educação o levou a participar da fundação de dois grandes colégios em Pombal: o “Ginásio Diocesano de Pombal”, onde foi vice-diretor, e o “Colégio Estadual de Pombal Manuel de Arruda Câmara”, também exercendo o cargo de Diretor por dez anos.

Administrou aquela instituição com autoridade, porém sem autoritarismo, tanto é que os alunos que ele dirigiu ainda hoje, mesmo muitas vezes reclamando da sua autoridade, são unanimes em dizer que foram os melhores anos daquele Colégio Estadual.

Colégio Estadual de Pombal Manuel de Arruda Câmara

Quando diretor do “Colégio Estadual de Pombal Manuel de Arruda Câmara”, Professor Arlindo foi o responsável pela organização da comemoração do Sesquicentenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1972, quando a cidade testemunhou o seu maior e mais organizado desfile cívico.

Na Festa do Rosário de Pombal, a voz do mestre na locução do evento, o que o fez por vários anos, passou ser parte daquele acontecimento folclórico e religioso. Orgulhavam-se os pombalenses que, depois de muito tempo sem vir à cidade tinham seus nomes anunciados pelo mestre nas difusoras e rádios que transmitiam o evento. Muitos procuravam Professor Arlindo para que este anunciasse a sua presença. Outras vezes o próprio professor andava pelas ruas e, ao ver de longe um pombalense em visita a terrinha, anotava o nome e o surpreendia anunciando a sua presença na cidade. Infelizmente o padre Ernaldo, em um desserviço à cidade e à Festa do Rosário, por total desconhecimento das nossas tradições “expulsou” o nosso mestre de cerimônia do palco, deixando esse vazio nos pombalenses, o que não diminuí o tamanho da festa, mas apequenou em muito aquele pároco.

Um resumo do mestre com todo o nosso carinho.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com


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