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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

HOMENS TRECO(NON)LÓGICOS!

Por Caio César Muniz

Não vivemos mais sem um treco acoplado ao nosso corpo. O aparelho celular se tornou extensão de nós mesmos. Substituiu o relógio, a calculadora, o computador, o rádio, a TV, o jornal, a revista, a máquina fotográfica... o diabo a quatro.

Profissões estão em xeque por conta desta invenção pós-moderna que junto consigo traz outros elementos indispensáveis para seu uso: não saímos mais de casa sem um carregador (às vezes dois, às vezes mais). E agora chegaram os portáteis, que se ajuntam como mais um treco indispensável à nossa sobrevivência, homens “treco(non)lógicos”, fones de ouvido, hard-fones...

Não paramos mais para ver o pôr-do-sol nem seu nascer, o pescoço está pendendo pra baixo e estamos parecendo escovas de dentes, todos corcundas. As crianças também já sofrem do mal do século. Estudiosos já se debruçam sobre o problema.

Dizem que Albert Einstein seria o autor de um pensamento que diz: “Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapassar a interatividade humana. O mundo terá uma geração de idiotas”.

Seja lá quem for o autor, a assertiva chegou com força. Estamos perdendo espaço nas rodas de conversa, nas mesas de bar e até nas paqueras para as tecnologias que se instalaram como uma doença em nossas vidas.

E agora, sem reversão, o que fazer com tudo isto? Acordaremos algum dia para viver a beleza que deixamos no passado?

OUTROS LEROS

A poetisa Camila Paula lançará na próxima sexta-feira, dia 07 o seu livro “Espelho” no RustCafé do Memorial da Resistência a partir das 19horas. Camila é da novíssima safra de grandes poetisas de Mossoró. Poesia crítica, social, mas, acima de tudo, boa poesia.

Mal termina o Mossoró Cidade Junina e já começam as reclamações acerca de falta de pagamento de cachês aos artistas locais etc. Isto não deveria mais acontecer, todo artista mossoroense sabe como funcionam as coisas da Prefeitura, independente do gestor. Sobe ao palco sabendo que vai ter aborrecimento. Deste mal eu não morro.

Em 16 de agosto próximo se comemora, ou deveria se comemorar, os 110 anos do memorialista martinense Raimundo Nonato da Silva. O retirante da seca de 1919 que se tornou uma das principais fontes de resgate da história potiguar. Que não passe em brancas nuvens.




Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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