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domingo, 15 de abril de 2018

CANGAÇO NO NORDESTE E CANGAÇO NO RIO DE JANEIRO, ALGO EM COMUM.


Por Verluce Ferraz

O Cangaço não escapou dos mitos, alguns gostariam que voltasse. Contudo, sob a pesquisa histórica, parece ter sido terrível. Oficialmente os bons cangaceiros nunca existiram; os líderes desses grupos (não foi movimento e não existia qualquer ideologia no cangaço). Todos eram pessoas que viviam às margens da sociedade; ladrões assassinos. 


Os seus participantes eram, no geral, jovens e sequer tiveram tempo frequentar as escolas e o trabalho, já iniciaram suas vidas no mundo do crime. Quando entravam para o cangaço já tinham que vestir a capa do criminoso. O seu principal líder, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, já treinava seus componentes com toadas incitadoras ao mundo do crime:

A chupeta que carrego
É um rifle e a cartucheira
O leite é bala de chumbo
Muito veloz e certeira
quem se julga pé na rocha
Vem avença vem cabrocha
de Virgulino Ferreira


Durante décadas, o Cangaço Rural mesmo “sendo volante”, estabeleceu suas normas imperiosas. No cangaço dos séculos passados o Estado era anômico e o Sertão do Brasil não parecia existir, como parte da Federação. Caiu em mãos de um poder que a única identidade era a força dos criminosos. Da mesma forma, ao procurar corrigir os males arraigados, o Estado coloca os seus soldados para combaterem os criminosos, utilizando o mesmo mal do excesso violento. 


Hoje, vamos manter os olhos abertos ao Cangaço vigente nos Estados do Rio de Janeiro e do Ceará; com uma única diferença: enquanto que no 'cangaço do sertão nordestino' os grupos eram unidos, nas cidades do Rio de Janeiro e Fortaleza as facções criminosas promovem uma disputa pelo domínio de Favelas, Morros; para traficarem drogas; não andam a pé nem nos lombos dos cavalos; moram em bairros nobres de apartamentos luxuosos e possuem jatinhos...


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