Por José Mendes Pereira
Os cangaceiros mortos são: Áurea, Cravo Roxo e Mané Moreno - Segundo a fonte "Lampião Além da Versão..." a cabeça do meio não é a de Gorgulho, é a de Cravo Roxo. Foto extraída do livro "Lampião entre a Espada e a Lei" Autor Sérgio Augusto de Souza Dantas.
O primeiro
livro que eu li sobre cangaço foi "Lampião Além da Versão Mentiras e
Mistérios de Angico" de autoria do escritor, ex-prefeito de Poço Redondo e
pesquisador do cangaço o saudoso Alcino Alves Costa, e este, me foi indicado e
emprestado pelo bancário, pesquisador e membro da SBEC – Sociedade Brasileira
de Estudos do Cangaço Francisco das Chagas do Nascimento, natural de Porto do
Mangue, no Rio Grande do Norte, mas radicado por muitos anos em Mossoró.
Os primeiro
blogs sobre este tema que me dediquei por completo foram: Cariri Cangaço do
pesquisador Manoel Severo e logo depois o Lampião Aceso do Kiko Monteiro, ambos
também indicados pelo Chagas Nascimento. Mas depois vieram outros, como o Tok
de História do historiógrafo Rostand Medeiros, seguido do blog do escritor João
de Sousa Lima, Cangaço na Bahia do professor e pesquisador do cangaço Rubens
Antonio, e o Portal do Cangaço do pesquisador e historiador Guilherme Machado,
lá da cidade de Serrinha no Estado da Bahia. Em seguida, o aparecimento do escritor
e pesquisador do cangaço e gonzaguiano Kydelmir Dantas que muito me ajudou nas
pesquisas e me doou vários livros sobre o tema, além dos trabalhos e vídeos do
cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira e outros.
Ao lado do
pesquisador Antonio José de Oliveira ele lá da cidade de Serrinha, no Estado da
Bahia, e eu aqui no Rio Grande do Norte, findamos tomando gosto pelo tema, e
ainda hoje ele e eu continuamos pesquisando este fenômeno que é muito
importante para nós. Lógico que não temos ainda muito domínio, mas já temos
boas informações sobre ele registradas nas nossas páginas sociais e gravadas
nas nossas mentes.
O escritor
Alcino Alves Costa diz no seu famoso livro citado acima que em 1937, após ter
assassinado o vaqueiro Antonio Canela, nos Camarões (siga este site para você
ler sobre "A Morte de Antonio Canela"),
http://blogdomendesemendes.blogspot.com/…/a-morte-de-antoni… o cangaceiro Mané Moreno com o seu poderoso bando de marginais tomam rumo a Porto da Folha. Com o grupo está um jovem chamado Chiquinho de Aninha, sendo que este vai para trazer os animais de volta que os cangaceiros levaram consigo.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com/…/a-morte-de-antoni… o cangaceiro Mané Moreno com o seu poderoso bando de marginais tomam rumo a Porto da Folha. Com o grupo está um jovem chamado Chiquinho de Aninha, sendo que este vai para trazer os animais de volta que os cangaceiros levaram consigo.
O bando faz
parada em Jaramataia para descansar e naquela localidade, trabalha um senhor
conhecido por Pedro Miguel, sendo este pai do cangaceiro Elétrico que morreu na
Grota do Angico, no Estado de Sergipe, na madrugada de 28 de julho de 1938, no
momento da chacina feita aos cangaceiros, além do rei Lampião e a sua Maria
Bonita foram mortos mais 9 cangaceiros neste ataque.
A presença do
grupo de cangaceiros em Jaramataia deixa Pedro Miguel chateado, e com urgência
resolve procurar o proprietário da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica
Cia" o afamado e perverso capitão Lampião, e faz sua queixa contra aqueles
malfeitores, e do rei o Pedro Miguel recebe apoio, prometendo-lhe que os
cangaceiros não iriam mais atanazá-lo.
Mas mesmo
assim, o cangaceiro aparece com os seus comandados, talvez, ainda não tivesse
encontrado o capitão pelas caatingas e ser chamado a atenção para não pisar
naquela localidade. E lá, o cangaceiro Mané Moreno permanece com os seus homens
por alguns dias, e dias depois os facínoras arribaram para Porto da Volta, na
intenção de passarem a fogueira e as festividades do São João por lá.
Odilon Flor, Euclides Flor, Manoel Jurubeba e Pedro Tomaz -cariricangaco.blogspot.com - Site das fotos: -http://blogdomendesemendes.blogspot.com/…/a-morte-de-mane-m…;
O comandante
de volante o policial Odilon Flor se encontra na região à procura de
cangaceiros, e ao encontrar o Pedro Miguel quer saber dele sobre paradeiro dos
cangaceiros, e este já insatisfeito com a presença dos cangaceiros por ali
informa ao policial que Mané Moreno e sua pequena malta de cangaceiros estão
acoitados na localidade de Poço da Volta. Essa região um riacho passa entre
Poço da Volta e Palestina. É na fazenda Palestina que está havendo um baile de
arromba, e como o forró está muito animado, você e eu leitor, vamos dá uma
chegadinha até ao forró, pelo menos para sentirmos o roncar da sanfona.
Os bandidos
estão felizes na maior farra do mundo bebendo e dançando. O cangaceiro Mané
Moreno rodopia no salão com a sua amada Áurea só no bico da bota, e os outros
se aconchegam às mulheres que não faltam no momento. A bebida tem em grande
abundância, e quem vai pagar a conta eu não sei.
Na calada da
noite e escura o Odilon Flor e seus comandados vêm chegando ao forró. Ao longe
eles ouvem os gritos dos festeiros; o fole ronca e os demais instrumentos fazem
a algazarra, divertindo os dançarinos. A festa está acontecendo na base do
candeeiro e a luz avermelhada faz com que a volante descubra com facilidade o
local do forró. Lá, dançando, bebendo e farreando muito estão Mané Moreno que
se diverte bastante com sua companheira a cangaceira Áurea, e seus
cangaceiros.
A noite está mais para volantes do que para cangaceiros. Os malfeitores brincam despreocupadamente, e a morte está por ali, rondando e feliz com o bom jantar que não tardará, só observando e imagina qual será a melhor maneira de ataque.
E sem muita
dificuldade a volante se aproxima, e de imediatamente ela coloca-se em posição
de extermínio ao grupo. Escolhido o primeiro alvo que é o casal de cangaceiros
Mané Moreno e sua querida Áurea caem já sem vida. Os festeiros gritam em pânico
e correm sem direção. Todos querem sair o mais rápido possível daquele inferno.
O cangaceiro
Gorgulho mesmo tendo recebido um balaço na perna deixando-a quebrada consegue
furar o cerco dos policiais, e se salva, e aos poucos vai se arrastando,
desaparece na escuridão da noite, sem nenhuma perseguição policial contra ele.
Afinal, ninguém da volante o viu fugindo.
Terminada a
chacina ficaram mortos: o comandante dos cangaceiros Mané Moreno. Este era
primo dos cangaceiros Zé Baiano e Zé Sereno. Áurea sua esposa e era filha do
casal Zé Nicácio e dona Josefa, os quais não gostavam nem um tiquinho do Mané
Moreno, por ter carregado a filha para uma vida infernal.
A volante do
comandante Odilon Flor teve sucesso nesta empreitada. Ao entrar na casa
depara-se com três cadáveres, Mané Moreno, Áurea, sua companheira e Cravo Roxo.
A vitória do policial Odilon Flor e seus comandados foi muito valiosa, agora
era só tomar para si os pertences dos cangaceiros Mané Moreno, Cravo Roxo e
Áurea.
Alguns
escritores afirmam que Gorgulho foi morto neste combate, mas na verdade, quem
foi assassinado naquela noite foi o cangaceiro “Cravo Roxo”, segundo nos
presenteia com esta informação tão importante, o escritor Alcino Alves Costa em
seu livro “Lampião Além da Versão Mentiras e Mistérios de Angico”.
Adquira este com o professor Pereira através deste e-mail: franpelima@bol.com.br
Gorgulho foi
se tratar nos altos do Cajueiro, e lá recebe a ajuda de Lisboa, um dos irmãos
Félix. Quando se recuperou Gorgulho deixou o cangaço e foi embora para a sua
terra Salgado do Melão, sendo esta também a terra do cangaceiro Juriti, morto
dentro de uma fogueira feita pelo sargento Deluz e seus capangas.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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