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terça-feira, 22 de outubro de 2019

COMO SE DISTORCE UMA HISTÓRIA


Por Sálvio Siqueira

Infelizmente vimos, mais uma vez, ter que trazer a público o que estão fazendo com a nossa história sobre o cangaço no discorrer do ciclo lampiônico.

Não basta mudar lugares, criar personagens, inverter fatos, colocar personagens onde não estavam e criar objetos para determinada personagem... Por aí seguem alguns, mas, têm que fazer, sempre, algo para chamar atenção sem importar que destrua, modifique ou distorça a veracidade dos fatos, tão somente por uma vaidade doentia ou um abuso que lhes facilitem uma arrecadação monetária.

Para a história é péssimo, pois nada ‘daquilo’ ou ‘disso’ fazem parte dela. No entanto ela continua lá, em seu pedestal simples, porém, alicerçado sobre três pilastras fortes e eternas. Não adianta querer modificá-la. Ela sempre se imporá as inverdades criadas em sua volta, principalmente enquanto existirem aqueles que compõem a Frente de Combate a Picaretagem no Estudo do Cangaço – FCPEC.

Não bastando vários autores, deliberadamente, contarem a sua ‘estória’, agora me saem com modificações sobre sua rica e intocável iconografia.

O registro fotográfico é um dos fatores mais importantes sobre qualquer uma das vias históricas que se pretenda estudar. Não importa o assunto ou tema, ela está ali, senhora de si e com a certeza de que parou o tempo e transporto-o para o futuro.

Usando-se de qualquer meio para que sua veracidade, idoneidade, fique comprometida, modificará sua realidade e o seu conteúdo histórico cai por terra. Fato.

Estão, erroneamente, fazendo um ‘tratamento’ em algumas imagens que registraram personagens em sua época, utilizando-se de um banco de imagem em determinado aplicativo. Para melhor entender-se, a polícia investigadora usa desse tipo de banco de imagens para que, ao receber as informações de algum depoente, o perito ir colocando um nariz aqui, olhos diferentes ali, queixo, maçãs do rosto, cabelo, lábios, glabela... E assim por diante. Depois disso tudo, o depoente, muito das vezes a vítima de um assalto ou uma testemunha ocular, poder identificar o criminoso através de um ‘RETRATO FALADO’ montado pelo perito.

Fazer esse tipo de montagem em um registro fotográfico histórico é, com toda certeza desse mundo, um tremendo crime com a história. Infelizmente os detentores dos direitos autorais aqui no Brasil não tomam de conta daquilo que lhes pertence. No entanto, nada nos impede de vir a público fazer as devidas denúncias para que o público dos veículos de comunicação em massa em geral, veja o tipo de malandragem que estão usando contra sua credulidade, passando ‘gato por lebre’, numa tremenda mentira, pois, a versão dos que fazem as montagens seria que as imagens, as fotografias, seriam de alta resolução. Ou seja, teriam uma alta resolução de imagem. Quando na verdade não são. Trata-se apenas de uma simples montagem. Usam, tão somente, um programa chinês que intensifica a resolução das fotos modificando a fisionomia. Picaretagem da grossa sobre os registros originais da história.

Esperamos que os familiares do saudoso Ricardo Albuquerque, herdeiro da Aba Filmes, detentores autorais das imagens ‘distorcidas’, ‘montadas’ e levadas ao público como sendo legítimas e de alta resolução, tomem as devidas providências judiciais quanto ao tipo de abusos que estão fazendo ao seu acervo cultural que é um grande patrimônio historiográfico.

Ou mesmo a amiga Vera Ferreira neta de Vigolino Ferreira e Maria Gomes de Oliveira, Lampião e Maria Bonita respectivamente, filha de Expedita, também se manifeste diante de tão triste abuso. Pois, acreditamos que ela e sua família também são detentores de direitos autorais sobre várias imagens de seus familiares.

Mais uma vez a Frente de Combate a Picaretagem ao Estudo do Cangaço – FCPEC, composto por diversos estudiosos, pesquisadores e curiosos sobre o tema, veio cumprir com sua finalidade que é combater os abusos sobre fatos, personagens, locais e registros fotográficos sobre a História. Ou, no mínimo, mostrar para as pessoas como lhes enganam.
Abaixo mostraremos como dizem tratar-se de três personagens distintas do cangaço lampiônico estar em imagens em alta resolução acompanhadas, ao lado, de imagens das personagens verdadeiras.





Veremos como criaram uma imagem qualquer dizendo tratar-se do grande combatente ao banditismo rural José Osório de Farias, o conhecido Zé Rufino.

A segunda imagem, diz tratar-se da cangaceira Sila, companheira do chefe cangaceiro Zé Sereno e, por último, uma imagem do “Rei dos Cangaceiros”, totalmente fora dos padrões legítimos do que é a imagem verdadeira.


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