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quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

AINDA COSTINHA

 Clerisvaldo B. Chagas, 21 de dezembro de 2022

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.817


Recontando as presepadas de Costinha e que fazia rir toda a cidade de Santana do Ipanema, trazemos três passagens em diferentes ocasiões. A mais famosa de todas, surgiu contada pela população quando este escritor ainda era adolescente, passou por gerações e gerações na boca do povo. Antônio Alves Costa teria sido comerciante na Rua e Bairro São Pedro.  Certa feita, chegou uma senhorita mulata puxando por um “S” enjoativo e prolongado. Mostrava ser ou ter ido ao rio por temporada. Perguntou toda boçal: “Seu Cosssssta, tem passsta?” outros falam que a mulata perguntava por manga rosssssa”. Não havia essas leis de hoje, e Costinha respondeu, talvez mais pelo esse de que pela cor: “Tem não, nega besssta... tem bossssssta, gossssssta?”.

Segunda passagem, essa contada a nossa pessoa pelo próprio Costinha: Morava o nosso prático de veterinário na Rua Benedito Melo (Rua Nova). Todos os dias, muito cedo ainda, passava um pãozeiro com seu carro de pão e uma buzina estridente, buzinando sem parar e tirando todas as pessoas da cama. Costinha estava irritado e, querendo dar uma lição no pãozeiro. Gostava de chamar todos os indivíduos de “coisa boa”. Tocaiou o homem do pão para a manhã seguinte e ficou à espera. Mal o dia tinha amanhecido, Costinha ouviu novamente a buzina estridente do padeiro que não estava disposto a deixar ninguém na cama. Desceu correndo os degraus da casa, ala mais alta da rua, aproximou-se do homem e disse: “Ô, coisa boa, dê licença um instantinho”. Pegou a buzina do pãozeiro, mirou no ouvido do cabra e saiu imitando o vendedor de pão pelo menos por alguns minutos. Apavorado com a agressão aos seus tímpanos, o pãozeiro animado deixou de vende pão na Rua Nova.

Terceira. Já com idade avançada e morando no Bairro Monumento, Costinha mantinha seu vigor físico descendo e subindo a grande ladeira da Rua Coronel Lucena, Comércio e vice-versa, correndo.  Era uma admiração geral. Ali morava uma professora que sempre discutia com o marido e contava tudo a quem achasse conveniente. Em uma dessas manhãs, Costinha descia correndo para o Comércio, como sempre, quando a professora atravessou a rua e parou o homem para fofocar: “Costinha, Costinha, para aí”. Costa parou e indagou o que era. “Eu e o meu marido brigamos muito ontem à noite. Você sabe, Costinha, o pênis de fulano é deste tamanho...” E mediu o dito cujo com as duas mãos, deliberadamente. Costinha nem deixou a professora terminar, cortou a conversa, acelerou a marcha e disparou dizendo: “A peste é quem sabe!!!

DESTE TAMANHO.



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