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sábado, 10 de junho de 2023

PADRE HUBERTO BRUENING

 Por José Mendes Pereira


Por muito e muitos anos padre Huberto Bruening foi pároco da Catedral de Santa Luzia em Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte. Morreu Monsenhor, mas deixou o seu nome registrado como padre. Era natural de São Ludgero, em Santa Catarina, filho de Reinaldo Bruening e de Isabel Rohden. Nasceu em 30 de março de 1914. Era irmão de Pe. Clemente Bruening, sobrinho do filósofo e teólogo Huberto Rohden e primo irmão de Dom Afonso Niehues.

Com vocação despertada pelas Irmãs da Divina Providência do Colégio Sant’Ana de São Ludgero, seguiu o Pe. Jaime de Barros Câmara, que tinha ido a São Ludgero buscar seminaristas para o novo Seminário a ser iniciado em Florianópolis e, logo depois, foi transferido para Azambuja, Brusque, ocupando dois andares do Hospital local. Assim, integrou a primeira turma do Seminário Menor Metropolitano Nossa Senhora de Lourdes, onde estudou de 1927 a 1936, e cursou o ciclo básico da época, denominado Curso Ginasial e, em seguida, o Curso de Filosofia. Impressionam as disciplinas cursadas nesse estudo filosófico e, mais ainda, pelas disciplinas serem ministradas em latim: lógica, criteriologia, ontologia, cosmologia, psicologia, teodiceia, ética, liturgia, ciências naturais, história da filosofia e canto gregoriano.

Tinha um imenso zelo pela religião, e não admitia que ninguém desrespeitasse a sua missa de forma alguma. Caso tivesse conversinhas por ali ou risos, mesmos baixinhos, chamava logo a atenção de quem que fosse. 

Certa vez, uma senhora estava na igreja preparada para assistir a sua celebração religiosa,  metida numa blusa bem decotada. Não suportando aquele escândalo da senhora, padre Huberto Bruening disse-lhe:

- A senhora vá para casa, vista uma blusa composta para cobrir o seu sovaco, e depois venha outro dia, para assistir a missa, já que não dará mais tempo a senhora retornar e ainda continuar assistindo a recepção da igreja.

Sem outra alternativa, a mulher foi curta e grossa dizendo-lhe:

- Padre Huberto Bruening, eu não tenho sovaco, isto se chama de axila, disse ela corrigindo o padre.

- Axila quem tem é mulher que tem vergonha, coisa que a senhora não tem. Então, a senhora tem é sovaco.

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