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domingo, 11 de agosto de 2013

NOVO ARTIGO: “8 de agosto: Parabéns ao historiador Verneck Abrantes”

Clemildo Brunet

Coluna Especial por Clemildo Brunet - Publicado em 08/08/2013

Natural de Pombal-PB – VERNECK ABRANTES DE SOUSA nasceu no dia 08 de agosto. Filho de José Benigno de Sousa (Lelé) e Elisa Abrantes de Sousa (In memoriam), Irmão de: Elieaer Ghandi Abrantes de Sousa (In Memoriam), Elisane, Eliene, Maria do Socorro (In Memoriam), José Filho, Francisco José e Cândida Abrantes de Sousa.

O nosso homenageado tem nível superior de engenheiro agrônomo formado pela CCT/UFPB - Campos III de Areia com formação profissional tendo cursos de especialização em Agronegócio, Agente de Inovação e Difusão tecnológica, e Irrigação e Drenagem, todos esses pelo Campus II da UFPB de Campina Grande. Ativo na sua área de trabalho participou de vários Seminários e Congressos.

Sua consorte é Berta Leonia e da união conjugal nasceu Alana Alcântara Formiga de Abrantes. Verneck exerce a função de Assessor Regional da Emater com sede em Campina Grande.

Foi eleito em 2005 Coordenador Regional do Sindicato dos Engenheiros no Estado da Paraíba e Conselheiro do CREA-PB. Eleito em 2007 para Academia Brasileira de Extensão Rural com sede em Brasília. É sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri Paraibano. No ano de 2002, foi eleito Titular do Conselho Fiscal do Sindicato dos Trabalhadores em Extensão Rural da Paraíba-SINTER-PB.

Coleciona e possui um grande arquivo fotográfico sobre a cidade de Pombal e sua gente. Em 2005 fez viagem internacional chegando a conhecer, Portugal-Lisboa e Fátima; Itália-Roma, Pádua, Assis, Veneza; Suíça - Lucerna; França – Paris.

VERNECK, O PESQUISADOR

O nosso homenageado demonstrando a sua vocação de escritor e historiador, começou a fazer pesquisas em torno da história de Pombal e desvendou alguns mistérios que deixavam dúvida. Por exemplo, o caso da Cabocla Maringá. Diz Verneck: “uma Canção homenageia a cidade de Pombal”. Maria é um nome comum nos sertões nordestinos. Ingá, uma cidade do agreste paraibano.

“A junção de Maria com Ingá deu formação à palavra Maringá, por exigência métrica de composição”. Em outro trecho do livreto Nossa História, Nossa gente Nº 03, ele retrata com precisão a existência dessa cabocla: “Acredita-se que ela morou no sertão da Paraíba nos idos da seca de 1921, mais precisamente em uma das ruas periféricas da então pequenina e graciosa cidade de Pombal, e depois de ali viver por indeterminado tempo, partiu numa leva de retirantes a caminho de outras paragens, onde o céu fosse mais complacente e a terra menos desventurada”.

O certo é que Maria partiu deixando uma lacuna entre os pombalenses que ficaram, segundo informações de Ruy Carneiro na época um jovem que gostava de serestas aos 20 anos de idade.

Segundo comentários, Ruy Carneiro, que depois daquela época viria a ser Interventor da Paraíba, Senador da República e que em 1932 era chefe de gabinete do então Ministro da Aviação e Obras públicas José Américo de Almeida, teria comentado de forma sutil no Rio de Janeiro no momento de uma conversa informal os sentimentos de saudade por essa cabocla, quando no diálogo com um consagrado músico e um político, comentando as coisas do sertão; como as secas e as levas de retirantes.

Ruy Carneiro instigou o poeta a compor uma música que falasse sobre a seca no sertão. Esse poeta era o compositor Joubert de Carvalho, que de inicio, pensou na cidade do Ministro; como a cidade de Areia não dava rima, virou-se para Ruy Carneiro e perguntou: onde você nasceu? Nasci em Pombal Sertão da Paraíba. Pombal da rima e ai Ruy começou a contar sobre a devastação da seca citando vários lugares, destacando a cidade de Ingá.

E assim o compositor fez a junção das palavras e deu Maringá. “Há quem diga que Ruy Carneiro colaborou na letra e na música”

ORIGEM DO NOME POMBAL

Outro ponto da história de Verneck: Foi à questão do nome Vila Nova de Pombal, que segundo Irineu Joffily, quando escreveu, “Notas Sobre a Paraíba” deu a versão que era em homenagem ao Marquês de Pombal, I Ministro de Dom José I, rei de Portugal e que foi recebida sem averiguações por todos os autores que lhe seguiram, daí o equivoco.

O nome veio em decorrência de se homenagear uma cidade de Portugal chamada Pombal. A carta Régia de 22 de julho de 1766 mandava erigir novas vilas e denominá-las com nome de localidades e cidades de Portugal.

AS TRÊS DATAS

Em um de seus escritos publicado em 2004, Vernekc destaca a importância das três datas de Pombal. “Pombal foi o primeiro núcleo populacional do sertão paraibano, tem 306 anos de fundação, 232 de Vila e Emancipação Política e, 142 de cidade”.

Quanto mais antigo o lugar, maior referencial histórico e cultural para os seus filhos, portanto, é interessante valorizar e divulgar a data de sua Fundação, 27 de julho de 1698, a qual contempla Pombal com 306 anos de fundação.

“Propagar” isso não é difícil, “porque o dia do aniversário da cidade é 21 de julho e da fundação 27 de julho, as datas estão próximas, assim, na mesma semana poderemos comemorar as duas datas, claro, referenciando a maior e, logicamente, mantendo a tradição da festa no mês referenciado. Esperando a quebra do paradigma e a valorização da nossa história”.

DEFENSOR DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Verneck é um historiador que não somente se preocupa com a veracidade dos fatos, como também é um defensor intransigente do nosso patrimônio histórico. Numa determinada ocasião em uma Festa do Rosário, em um compartimento da velha Igreja, alguém entendeu de realizar uma reforma para o estabelecimento de uma cantina que serviria para a barraca da Igreja, ocasionando mudança no aspecto físico do imóvel sem o mínimo respeito ao patrimônio histórico; pois bem, Verneck juntamente com o seu amigo também escritor Jerdivan Nóbrega, protestou contra tal absurdo, ocupando emissoras de rádio e denunciando aos órgãos competentes, até que medidas foram tomadas no sentido de repor tudo no seu devido lugar.

FESTA DO ROSÁRIO

Outro ponto importante a se destacar é quanto a referencia feita a maior festa frequentada por pombalenses que estão distantes e turistas, e que alguns por desconhecimento de causa a chamam de Festa de Nossa Senhora do Rosário, Verneck conseguiu nas suas pesquisas um dado importante: “A Festa não é de Nossa Senhora do Rosário é simplesmente Festa do Rosário, numa alusão ao rosário e não a Santa do Rosário”.

EM DEFESA DA CASA DA CULTURA

Em 2004 Verneck Abrantes juntamente com o colunista José Tavares Neto, enfrentou uma luta em defesa da conservação da Casa da Cultura de Pombal que tem como sede o prédio da Cadeia Velha de nossa cidade. É que na época a Casa da Cultura estava uma lástima sofrendo um desprezo total por parte do Poder Público Municipal, já que os fundadores da instituição abandonaram de vez o órgão e estava entregue ao deus-dará.

Foi publicado em livro e distribuído gratuitamente com a população um manifesto em defesa do Patrimônio Histórico, intitulado “A Cadeia Velha de Pombal”. Obra da lavra de Verneck e José Tavares, onde consta o protesto de muitos pombalenses em torno do assunto.

Graças a essa manifestação o Poder Público Municipal resolveu tomar conta e restaurou a Casa da Cultura que hoje se encontra aberta para visitação de todos. Além das publicações em Revistas e Jornais desde histórias de Pombal as mais antigas até os dias atuais,

OBRAS PUBLICADAS

Verneck tem também escrito sobre assuntos relacionados com o profissionalismo que ele exerce e a sua função na Emater em Campina Grande. Dentre os livros publicados do nosso homenageado, podemos destacar: A Cadeia Velha de Pombal - manifesto em defesa do patrimônio histórico com José Tavares. (Gráfica Andyara) 2004; Um Olhar sobre Pombal Antigo- (Editora União) 2002; A Trajetória Política de Pombal-(Editora Imprell)1999; O Velho Arraial de Piranhas (Pombal) de Wilson Seixas. Revisão crítica com Evandro da Nóbrega e Jerdivan Araújo-2004; Belarmino de França – Um Trovador do Sertão-com Irani Medeiros-2006; Série Nossa história, nossa gente- A Cadeia Velha de Pombal; A Cruz da Menina de Pombal e Maringá. E em 2012 no Sesquicentenário de Pombal publicou o livro “Memorial fotográfico” FESTA DO CENTENÁRIO DA CIDADE DE POMBAL-PB 21 de julho de 1962.

Verneck tem uma atuação na vida cultural e social de Pombal, já atuou em teatro e até como figurante na longa metragem “O Salário da Morte”, filme rodado em Pombal por iniciativa de W.J.SOLHA, assim como na Diretoria da Associação dos Estudantes Universitários de Pombal (AEUP).

Nesta justa homenagem que prestamos ao jovem escritor e historiador, nada mais justo de chamá-lo de O HISTORIÓGRAFO NATO como ele muito bem expressa:

“Pombal foi o berço, a porta de entrada para a civilização sertaneja. Arraial, Vila e Cidade de Pombal; Os caminhos de luta fazem sua sequência histórica”.

PARABÉNS VERNECK, FELIZ ANIVERSÁRIO!

Pombal, 08 de agosto de 2013

Clemildo Brunet é Radialista. Considerado o precursor da Comunicação em Pombal. Atualmente, é Colunista em vários sites do Sertão e responsável pelo blog www.clemildo-brunet.blogspot.com            


FONTE: http://www.liberdade96fm.com.br/colunistas/clemildobrunet

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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