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domingo, 20 de julho de 2014

Altar das cabeças dos cangaceiros mortos em Angico


Escadaria da prefeitura, atual Palácio D, Pedro II, Piranhas-AL 28 de Julho 1938. 

Coube ao soldado piranhense Josias Valão a tarefa de ajudar a arrumá-las e depois foi tirada a famosa foto. Composição atribuída a José Damasceno Lisboa, retratista e artista plástico alagoano da cidade de Delmiro Gouveia que ganhava a vida justamente fazendo fotos neste teor. Alguns autores como Élise Jasmin do livro “Cangaceiros” afirma que esta fotografia foi tirada na escadaria da Igreja de Santana de Ipanema-AL. Tenho plena certeza que foi um erro no livro da francesa Élise. Depois de feita a fotografia em Piranhas as cabeças seguiram para Santana do Ipanema e foram expostas na escadaria da Igreja, sim para os curiosos verem, foi uma festa. Está aí a razão da possível troca de lugar na legenda do livro. 

Também há este mesmo erro no final do livro “De Virgolino a Lampião” de Antônio Amaury e Vera Ferreira na página 302 “Onze cabeças cortadas e objetos dos cangaceiros mortos em Angico foram expostas na escadaria da igreja de Santana do Ipanema para a composição da célebre foto” e provavelmente todos estes erros tenham vindo originalmente do livro “Lampião Cangaço e Nordeste” de Aglaé Lima de Oliveira que trás em seu livro de 1970 esta mesma afirmação “A capela chamada ´o monumento´ de Santana do Ipanema foi o primeiro local escolhido para a feira de amostras das cabeças dos cangaceiros. 

Colocaram-nas nos degraus da capela, forrados de lençóis brancos. Enfeitaram-nos com os troféus: belos adornos, alforges, bisacos, bornais, máquinas de costura, pentes de balas, cartucheiras, chapéus, selas, mantas, fuzis, etc.” então, o erro entrou numa espécie de “efeito borboleta” e acabou se replicando.

Fonte: facebook
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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