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quinta-feira, 17 de julho de 2014

FEIRAS, SALTIMBANCOS E NOTÍCIAS

Por Clerisvaldo B. Chagas, 17 de julho de 2014 - Crônica Nº 1.222

Com o início da festa de Senhora Santa Ana, hoje, em Santana do Ipanema, Alagoas, associamos a ela, a palavra “feira”.

Foto: indicação abaixo da crônica.
Obs. Você que acompanha o blog, estão faltando três crônicas: "Agripa: vuvuzelas para os desentendidos"; "A cueca do deputado"; "Escritores visitam a CPAI". Encontradas, porém, no site: alagoasnanet, onde são reproduzidas.

Com o aumento de terras cultivadas na Europa, durante a Idade Média, cresceu significativamente a produção de grãos. O que excedia o consumo passou a ser comercializados em inúmeros lugares. Os pontos que mais atraíam o comércio eram os entroncamentos de estradas por onde circulavam os fiéis católicos de várias regiões para seus festejos anuais. As entradas dos castelos também fizeram surgir às feiras medievais, palavra que já foi sinônimo de festa.

O que acontecia antes, ainda hoje acontece nesses encontros. Os negociantes armam barracas, expõem mercadorias, trocam informações e notícias e fecham negócios com os seus produtos.

Ontem como hoje, surgem os artistas populares (saltimbancos), os que emprestam dinheiro a juros e os que chegam somente porque gostam de passear no ambiente.

Por questões de segurança, artesãos e comerciantes se estabeleceram nos arredores das muralhas dos feudos, surgindo pequenos povoados que recebia o nome de “burgos”, nos dias atuais, palavra depreciativa.

Santana do Ipanema, ainda hoje tem a sua feira-livre principal que ocorre aos sábados. Quem sugeriu o dia de sábado, foi um dos seus fundadores, o padre penedense Francisco José Correia de Albuquerque (visionário e rico em virtudes) evitando assim esse trabalho aos domingos, dia dedicado ao Senhor e ao descanso semanal.

Quando adolescentes ouvimos por várias vezes, pessoas que ─ referindo-se à feira do sábado ─ diziam com sorrisos expressivos: “Vou pra festa!”. E de fato, feira é festa e vice-versa, atualmente ameaçada nos centros maiores pelos mercadões, supermercados e o tal Shopping Center.

Portanto, tem início hoje o novenário de Senhora Santana, encerrando no mesmo dia marcado em todos os lugares do mundo por determinação da Igreja, onde houver festejos à avó do Cristo. Vamos à feira... Ou à festa.

Foto antiga de domínio público, uma das mais significativas de Santana do Ipanema e que estará no livro “227” de Clerisvaldo B. Chagas. Breve.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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