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domingo, 26 de novembro de 2017

CORDEL: EM DEFESA DA UERN

Autor Robson Renato
Cordel: EM DEFESA DA UERN
Autor: Robson Renato
Caro Robinson Faria
Preste muita atenção,
Largue um pouco a apatia
E abra o seu coração.
Convide Pedro Fernandes 
Já que vocês são tão grandes
Preparem-se, pra escutar,
Pois abrirei o meu cerne
E dos problemas da UERN
Nos meus versos irei falar.

Pau dos Ferros, Caicó
Na UERN de Assú,
Em Natal e Mossoró
Ou no Campus de Patú.
Todos sofrem o desprezo
E ninguém está ileso
Nessa falta de atitude.
Buscando uma solução
Abri o meu coração
E em cordel, fiz o que pude.

No campus de Pau dos Ferros
Sofremos tão oprimidos,
Gritamos e damos berros
E eles, não dão ouvidos.
Sem quadra, sem ar, nem água
Acumulamos a mágoa
Sofrendo nesse devir,
Mas esse grito entalado
Agora será versado
E eles, terão que ouvir.

Na nossa instituição 
O quadro de servidores
Alunos da graduação
Mestrandos, mestres, doutores.
Todos sofrem no descaso
Pois entregues ao acaso
Com a corda no pescoço,
Todo dia, sem perdão
Enfrentamos um leão
Pra no fim, roer o osso.

Professores trabalhando
Com salário atrasado,
Todo mês estão penando
Recebendo fatiado.
É coisa que não encaixa
Chegar na boca do caixa,
Não achar nenhum cruzeiro,
E Robinson, o “Bill Gates"
Tirou férias nos States
Pra gastar nosso dinheiro.

No sertão setentrional 
Do Nordeste brasileiro,
Nesse clima infernal
Suando o tempo inteiro,
Todo aluno graduando 
Passa a aula se abanando 
Derretendo no calor,
Num espaço abafado 
Sem um ar condicionado
E nem um ventilador.

Os que têm estão quebrados
Pois falta manutenção,
Funcionários manobrados 
Nessa terceirização,
Não podem nos ajudar,
Intervir e concertar 
Desfazendo esse nó,
Por menor que seja o enguiço
Pra fazer qualquer serviço
Vem alguém de Mossoró.

Compramos centrais de ar
Pra fugir dessa agonia, 
E a missão de instalar
Ficou com a reitoria.
Que mais uma vez, omissa
Que nem errante na missa
Com esse gestor tão lento,
Não entregou instalado,
Nosso ar condicionado
Apesar do tombamento.

Quando o pedido esbarra
Já na solicitação,
A burocracia barra
Pra fazer licitação.
Enquanto o pedido anda
Nessa crescente demanda,
Cinco campus e o central,
Ficamos abandonados
Sofrendo os desagrados 
Dessa gestão imoral.

Cada Campus tem problemas
E dilemas incomum,
Renegando nossos lemas
Atingindo a cada um.
A falta de estrutura
É reflexo da postura
Desse governo golpista,
Que esquece o seu povo
E da mídia tem o aprovo,
Quando posa de artista.

Na sala comprometida
Em ponto de desabar,
Nossa classe abatida
Vendo a hora se acabar.
Esquecida por gestores
Cruéis e esmagadores
Que não nos dão condições,
De termos dignidade
De estudar numa faculdade,
Aos pés das suas mansões

A seca não é surpresa,
Faz parte do nosso clima.
Secou a nossa represa
E isso, ninguém estima.
Porém nessa faculdade
Sofrendo a calamidade
Nesse momento insano,
Não recebeu um recurso
Pra furar, nesse percurso
Um poço artesiano.

Sem água nos bebedouros,
Nos banheiros, no jardim
Espichamos nossos couros
Gastando nosso din din.
Mas unidos pelas dores
Um grupo de professores
Aqui cavaram um poço,
Sem um real do estado
O buraco foi furado
Sem ajuda, desse grosso.

Recebemos o recurso
Para um sonho realizar,
Que todo e qualquer curso
Sempre iria utilizar.
A grande biblioteca
Mais moderna e completa
Do nosso interior,
E o governo, sem censura
Mostrou que não tem postura
Nem um pingo de pudor.

Noventa e nove por cento
De recursos da FINEP,
Para dar um incremento
De um prédio em novo CEP.
Um por cento ficaria
Para Robinson Faria
Por sua contrapartida,
Pois o cabra não pagou,
Nossa construção parou
E a grana está retida

Quero sentir o respeito
De ser universitário,
Ter direito ao meu direito
Pois não sou nenhum otário.
Quero ter a estrutura
Numa UERN segura
Que me dê a condição,
De um dia ser feliz
E mudar nosso país
Na força da educação.

Robson Renato 
22/09/2016

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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