Por Geraldo Antônio de Souza Júnior
Autor de uma grande quantidade de assassinatos. Alguns antes e outros já quando
estava ingresso nas hostes de Lampião.
Procurado pelas policias de vários estados da região Nordeste, sem contar a
enorme rede de inimigos que buscavam a todo preço a sua cabeça. Há quem afirme
que em determinado momento da história mais de mil pessoas o procuravam para
matar.
Porém... matar essa fera não era tarefa das mais fáceis e muito menos para
qualquer um. Muitos se aventuraram e terminaram mortos e irrigando com o sangue
de suas veias as terras secas do sertão. Apesar da extrema crueldade com que
tratava seus desafetos é inegável a coragem e a valentia desse cangaceiro. Sua
história reforça esse argumento.
Apontado como um dos mais perigosos cangaceiros da chamada segunda fase do
cangaço lampiônico e um dos homens encarregados de fazer os serviços “pesados”,
como afirma Frederico Pernambucano de Melo, a mando de Lampião.
Seu destemor e sua constante vigilância foram alguns dos fatores que fizeram
com quê atravessasse todo o período em que esteve presente no cangaço sem levar
um único tiro sequer.
Antônio Ignácio da Silva o Moreno II nasceu na cidade de Tacaratu/PE no dia 01
de novembro de 1909 e faleceu em Belo Horizonte/MG no dia 06 de setembro de
2010, aos 100 anos de idade. Onde residia com sua família.
Um personagem de destaque da história cangaceira. Fruto de uma terra sem lei em
uma época em que imperava no sertão nordestino a lei do mais forte. Os
desmandos dos poderosos. A seca, a fome e a miséria, onde a justiça era
concretizada através da vingança, a lei era a da bala e a sentença... a morte.
Nas quebradas do Sertão.
A fotografia acoplada a essa matéria foi registrada durante a visita de Moreno
II à cidade de Brejo Santo no estado do Ceará, ocorrida no ano de 2005, sendo
uma cortesia do amigo cangaceirólogo Bruno Yacub (Brejo Santo/CE).
Geraldo Antônio de Souza Júnior
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