Clerisvaldo B. Chagas, 28 de novembro de 2018
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.016
SANTANA. ESTÁDIO ARNON DE MELLO. (FOTO: LIVRO 230). |
Não é fácil sustentar um time de futebol em lugar nenhum do Brasil. E se o time é profissional as dificuldades aumentam para os rincões que não dispõem de recursos avultados. A despesa é geral com alimentação, equipe médica, remédios, bolas, ternos, salários e taxas de tudo. Mas na vida o andar é desafio e sempre aparecem os heróis que dão o sangue para colocar o time em campo. Apesar da saudade de um representante santanense no Campeonato Alagoano de Futebol, não tem quem não entenda a falta de recursos suficiente para a empreitada. O Ipanema não é um time municipal. É um clube particular e de estádio também privativo e sem poder evoluir.
Duas tentativas de construção de um estádio municipal em Santana do Ipanema chegaram a ser iniciadas. Depois dos rebuliços da terra, tudo voltou à estaca zero como coisa impossível de ser realizada. Assim, nem o Ipanema consegue evoluir por falta de recursos, nem o Ipiranga – seu tradicional adversário – se mexe. Apesar da paixão futebolística a esses dois times, chegou a hora de alternativas que atendam o sangue esportista santanense. Não se pode apenas viver do passado e permanecer refém de A ou B. Santana com seus 50.000 habitantes precisa de um estádio municipal, construído com verbas sejam de onde for. Um estádio moderno a altura do seu povo privado dos grandes espetáculos da bola e prisioneiros da monotonia dos domingos.
Nesse caso, logo surgiriam, sem dúvida nenhuma, novas agremiações, novas ideias e novos poderes que pudessem representar o município: Ipiranga, Ipanema, São Pedro, Santanense, Iparanga ou outra sigla qualquer que devolvesse a felicidade sertaneja que se alarga de orelha a orelha. O Dr. Isnaldo Bulhões, novamente prefeito da terra, poderia iniciar esta nova fase que ele antes idealizou e ficou apenas na maqueta. Estádio é coisa perene que eterniza seus benfeitores. Santana precisa de pelo menos um representante no Campeonato Alagoano, na série de elite. Entretanto, é sabido que tudo passaria pelas mãos da Prefeitura. E por que prefeito e vereadores não podem mover essa alegoria em benefício da terra de Senhora Sant’Ana?
O GRITO FOI LANÇADO.
O GRITO FOI LANÇADO.
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