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quinta-feira, 8 de agosto de 2019

A CASA DO POÇO DO NEGRO


Por Abreu Mendes

Casa de taipa, sem reboco,
Onde viveu Lampião,
O vento em sopro
Adentrava sem pedi licença, não.

Casa do Poço do Negro, em ruína,
A lua, um dia, vinha lá de cima
Iluminar o terreiro,
Menino sonhava de vaqueiro ou cangaceiro.

Meninas brincavam de ciranda.
“Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar.”
Não havia varanda,
Duas janelas e uma porta pra entrar.

A gente vai um dia cirandar...
Uma casa caída,
Um Lampião a apagar.
Chegará o pó, última partida.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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