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sexta-feira, 1 de maio de 2020

O POETA LAMPIÃO E O DIA DA LITERATURA


Osvaldo Abreu ( Abreu) - Alto da Compadecida, 01 de maio de 2020

A vida do sertão não é só a seca,
Há poetas, escritores e artesãos.
João Batista Siqueira, homem de pouca letra,
Conhecido como Cancão,
Poeta de mão de maio cheia, verso oral sem caneta,
Poesia de alma e grandeza de coração.


Nascido em 1912, em São José do Egito,
Eta! Pernambuco de poesia,
Cantava o sertão triste em grito,
Versos chorosos da vida do dia a dia,
A chuva que não vinha, a saudade do ovo frito
Cancão é só poesia.


Da Paraíba, a gente não pode esquecer
Leandro Gomes de Barros de Pombal,
Poeta que em Recife foi morrer,
Poeta de Cordel universal,
Cancão de Fogo era conhecido, vê
Escrevia o riso e o fatal.


Lampião para uns bandidos,
Para outros um herói,
Também um herói-bandido,
Muita gente se corrói,
Lampião, poeta nunca será esquecido.
Nas noites de São João, escuta a voz.


“Olê, mulher rendeira, olê, mulher rendá
Tu me ‘sina fazer renda
E eu lhe ensino a namorar.”
Canta a moça da cidade e a da fazenda.
Lampião quem não há de lembrar?
Mulher Rendeira é boa encomenda.


Mulher Rendeira do poeta Lampião,
Primeiro de maio, dia da literatura,
Virgulino, poeta e artesão,
Lampião é história e cultura.
Poeta tal qual Cancão,
A poesia é alma e não fúria.


Osvaldo Abreu (Abreu)


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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