Matéria do
Jornal Diário de Pernambuco de 11 de novembro de 1979.
O relógio de
um dos apartamentos do Hospital da Policia Militar de Pernambuco marcava
exatamente 7h 15m horas do dia 03 de novembro deste ano, quando falecia um dos
maiores heróis da história do combate ao cangaço em Pernambuco.
Tratava-se de
Manoel de Souza Neto, conhecido em seis Estados do Nordeste como Mané Neto e
apelidado por Lampião como Mané Fumaça, pois segundo a lenda, aparecia
repentinamente em vários locais ao mesmo tempo.
Manoel Neto
vivia sozinho, residindo num dos hotéis da cidade de Ibimirim, quando foi
acometido de uma doença renal. Ao tomar conhecimento de que o Coronel era
portador de moléstia incurável, o comandante da Policia Militar de Pernambuco,
João Lessa, determinou a sua imediata remoção para o hospital do Derbi. Lá o
velho combatente do cangaço faleceu aos 88 anos, após 14 dias de internamento.
Seu corpo foi traslado para o município de Carqueja, onde foi sepultado com
honrarias militares.
Além da luta
ao bando de Lampião, Manoel Neto também participou de revoluções, chegando
inclusive a ser homem de confiança dos governadores Carlos de Lima Cavalcanti e
Estácio Coimbra. Perdeu a farda por ocasião da derrota do partido que defendia,
mas conseguiu voltar a ativa em virtude do reconhecimento de seu trabalho e
atos de bravura.
Transcrito
por: Geraldo Antônio de Souza Júnior (Administrador)
Fonte: facebook
Página: Geraldo Júnior
Grupo: O Cangaço
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