AGÊNCIA BRASIL
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Por
meio de comunicado, a Anvisa solicitou que os profissionais de saúde informem
aos pacientes tratados com hidroclorotiazida sobre o risco.
A Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta terça-feira (4/11) um alerta
para o aumento do risco de câncer de pele não-melanoma decorrente do uso
cumulativo do medicamento hidroclorotiazida, utilizado para tratamento da hipertensão arterial
e para controle de edemas.
“A descoberta
foi realizada por meio de estudos epidemiológicos que demonstraram uma
associação dose-dependente cumulativa — que ocorre quando a dose utilizada de
um determinado medicamento está diretamente relacionada com seus efeitos —
entre o medicamento em questão e o câncer de pele não-melanoma”, informou a
Anvisa.
De acordo com
a agência, em um dos estudos, foi possível notar também uma possível associação
entre câncer de lábio e a exposição ao medicamento. “Ações
fotossensibilizadoras da hidroclorotiazida, que facilitam a sua absorção pela
pele, podem atuar como um possível mecanismo para a doença”.
RECOMENDAÇÕES:
Por meio de comunicado, a agência solicitou que os profissionais de saúde
informem aos pacientes tratados com hidroclorotiazida sobre o risco de câncer
de pele – sobretudo aqueles que já fazem uso do fármaco em longo prazo. Eles
também devem ser orientados a verificar regularmente a pele quanto a novas
lesões e a notificar imediatamente o profissional sobre qualquer tipo de lesão
cutânea suspeita.
A orientação
da Anvisa é que o tratamento não seja interrompido antes que os pacientes
consultem o médico. “Lesões cutâneas suspeitas devem ser prontamente
examinadas, incluindo exame histológico de biópsias. Medidas preventivas, tais
como limitação da exposição à luz solar e aos raios ultravioleta, podem ser
realizadas no intuito de minimizar o risco de câncer de pele. O uso de
hidroclorotiazida pode ser revisto em pacientes com histórico de câncer de pele
não-melanoma”.
A inclusão das
novas informações de segurança nas bulas de todos os medicamentos que contêm o
princípio ativo hidroclorotiazida será imediatamente solicitada pela agência.
Câncer de pele
O câncer de pele não-melanoma compreende os tumores mais comuns, que ocorrem
principalmente em pessoas de pele clara, após exposição solar por longo tempo.
Geralmente, apresentam apenas crescimento local, mas não cicatrizam ou se curam
sem tratamento e tendem a aumentar com o tempo, podendo causar deformação, dor
e sangramento.
Dados do
Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que esse é o tipo de câncer mais
frequente no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos
registrados no país. Se detectado precocemente, a doença apresenta altos
percentuais de cura. Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior
incidência e de mais baixa mortalidade.
Monitoramento
A Anvisa informou que monitora continuamente os medicamentos comercializados no
Brasil e reforçou que profissionais de saúde e pacientes notifiquem os eventos
adversos ocorridos com o uso de qualquer medicamento.
A comunicação
de suspeitas de eventos adversos pelos pacientes pode ser feita por meio
do formulário, pela Central de Atendimento ao Público (0800 642 9782) ou
pela Ouvidoria (ouvidori@tende). Para os profissionais de saúde, a
Anvisa disponibiliza o sistema Notivisa em caso de notificação de
eventos adversos.
MAIS SOBRE O ASSUNTO
BRASIL ASSINA ACORDO PARA REDUZIR 144 MIL TONELADAS DE AÇÚCAR ATÉ 2022 DIA MUNDIAL DE COMBATE AO AVC: MÉDICOS TIRAM DÚVIDAS SOBRE A DOENÇA
A ANVISA CONSIDEROU AINDA AS RECOMENDAÇÕES DO COMITÊ DE AVALIAÇÃO DE RISCOS EM FARMACOVIGILÂNCIA DA AGÊNCIA EUROPEIA DE MEDICAMENTOS PARA CLASSIFICAR COMO PLAUSÍVEL A ASSOCIAÇÃO ENTRE O AUMENTO DO RISCO DE CÂNCER DE PELE NÃO-MELANOMA E O USO EM LONGO PRAZO DE MEDICAMENTOS CONTENDO HIDROCLOROTIAZIDA.
RECOMENDAÇÕES
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Por meio de comunicado, a agência solicitou que os profissionais de saúde informem aos pacientes tratados com hidroclorotiazida sobre o risco de câncer de pele – sobretudo aqueles que já fazem uso do fármaco em longo prazo. Eles também devem ser orientados a verificar regularmente a pele quanto a novas lesões e a notificar imediatamente o profissional sobre qualquer tipo de lesão cutânea suspeita.
O câncer de pele não-melanoma compreende os tumores mais comuns, que ocorrem principalmente em pessoas de pele clara, após exposição solar por longo tempo. Geralmente, apresentam apenas crescimento local, mas não cicatrizam ou se curam sem tratamento e tendem a aumentar com o tempo, podendo causar deformação, dor e sangramento.
A Anvisa informou que monitora continuamente os medicamentos comercializados no Brasil e reforçou que profissionais de saúde e pacientes notifiquem os eventos adversos ocorridos com o uso de qualquer medicamento.
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