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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

BIOGRAFIA DO CHICO ANYSIO



Francisco Anysio de Oliveira de Paula Filho, conhecido artisticamente como Chico Anysio (Maranguape12 de abril de 1931 — Rio de Janeiro23 de março de 2012), foi um humoristaatorcomentaristacompositordiretor de cinemaescritorpintorradialista e roteirista brasileiro, notório por seus inúmeros quadros e programas humorísticos na Rede Globo, emissora onde trabalhou por mais de 40 anos.

Ao dirigir e atuar ao lado de grandes nomes do humor brasileiro no rádio e na televisão, como Paulo GracindoGrande OteloCostinhaWalter D'ÁvilaJô SoaresRenato Corte RealAgildo RibeiroIvon CuriJosé Vasconcellos e muitos outros, tornou-se o mais famoso, criativo e respeitado humorista da história do Brasil.[2][3][4][5]


Chico Anysio mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro quando tinha sete anos de idade. Decidiu tentar fazer um teste para locutor de rádio quando a sua irmã também faria. Saiu-se excepcionalmente bem no teste, ficando em segundo lugar, somente atrás de outro jovem iniciante, por coincidência, o próprio Silvio Santos.[6] Na rádio na qual trabalhava, a Rádio Guanabara, exercia várias funções: radioator, comentarista de futebol, etc. Participou do programa Papel carbono de Renato Murce. Na década de 1950 trabalhou nas rádios Mayrink VeigaClube de Pernambuco e Clube do Brasil. Nas chanchadas da década de 1950, Chico passou a escrever diálogos e, eventualmente, atuava como ator em filmes da Atlântida Cinematográfica.[7]

Na TV Rio estreou em 1957 o Noite de Gala. Em 1959 estreou o programa Só Tem Tantã, lançado por Joaquim Silvério de Castro Barbosa, mais tarde chamado de Chico Total. Além de escrever e interpretar seus próprios textos no rádio, televisão e cinema, sempre com humor fino e inteligente, Chico se aventurou com relativo destaque pelo jornalismo esportivo, teatro, literatura e pintura, além de ter composto e gravado algumas canções.[7]

Chico Anysio foi um dos responsáveis pela intermediação referente ao exílio de Caetano Veloso em Londres. Quando completou dois anos de exílio, Chico enviou uma carta para Veloso, para que este retornasse ao Brasil. Caetano e Gilberto Gil haviam sido presos em São Paulo, duas semanas depois da decretação do AI-5, o ato que dava poderes absolutos ao regime militar. Trazidos ao Rio de carro, os dois passaram por três quartéis, até viajarem para Salvador, onde passaram seis meses sob regime de prisão domiciliar. Em seguida, em meados de 1969, receberam autorização para sair do Brasil, com destino a Londres, de onde só retornariam no início de 1972.[8]

Desde 1968 esteve ligado à Rede Globo, onde conseguiu o status de estrela num elenco que contava com os artistas mais famosos do Brasil; e graças também à relação de mútua admiração e respeito que estabeleceu com o executivo Boni. Após a saída de Boni da Globo em 1996, Chico perdeu paulatinamente espaço na programação, situação agravada no mesmo ano por um acidente em que fraturou a mandíbula.

Em 2005 fez uma participação no Sítio do Pica-pau Amarelo, onde interpretava o "Dr. Saraiva" e, mais tarde, participou da novela Sinhá Moça, na Rede Globo.[9] Em 2009, participou da dublagem brasileira de Up - Altas Aventuras como o protagonista Carl Fredericksen.[10] O elenco também incluía seu filho Nizo Neto.[11]


Era filho de Francisco Anysio de Oliveira Paula, que possuía uma empresa de ônibus. A mãe chamava-se Haydeé Vianna de Oliveira Paula, que sofria de um problema no coração, o que a levou a ser internada várias vezes até sua morte aos 89 anos. É pai do ator Lug de Paula (famoso por interpretar o personagem Seu Boneco na Escolinha do Professor Raimundo), do casamento com a atriz e comediante Nancy Wanderley;[12] do ator, comediante e dublador Nizo Neto (Seu Ptolomeu da Escolinha, filho da atriz Rose Rondelli);[13] e do diretor de imagem Rico Rondelli, também filho da atriz e vedete Rose Rondelli;[14] do DJ Cícero Chaves, da união com a ex-frenética Regina Chaves; e do ator/escritor Bruno Mazzeo, do casamento com a ex-modelo e atriz Alcione Mazzeo.[15] e Rodrigo e Vitória com a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, e de André Lucas, filho adotivo.

É irmão da falecida atriz Lupe Gigliotti, com quem contracenou em vários trabalhos na televisão; do cineasta Zelito Viana; e do industrial, compositor e ex-produtor de rádio Elano de Paula. Também é tio do ator Marcos Palmeira, da atriz e diretora Cininha de Paula e é tio-avô da atriz Maria Maya, filha de Cininha com o ator e diretor Wolf Maya.

Era casado com a empresária Malga Di Paula.[7]

Problemas de saúde e morte[editar | editar código-fonte]

O humorista foi internado em 2 de dezembro de 2010, quando deu entrada no hospital devido a falta de ar. Na avaliação inicial, detectou-se obstrução da artéria coronariana, sendo submetido à angioplastia. Chico Anysio ficou 109 dias internado, recebendo alta apenas em 21 de março de 2011. Nesse período, permaneceu a maior parte do tempo na UTI.[16]

Em 23 de abril de 2011, Chico Anysio retornou ao programa "Zorra Total" interpretando a personagem Salomé. No quadro, Salomé conversava "de mulher para mulher" com a presidente Dilma Rousseff.[17]

O humorista também se preparava para gravar sua participação em alguns filmes, entre eles A Hora e a Vez de Augusto Matraga, dirigido por Vicente Coimbra, Desde o Princípio, dirigido por Cesar Nero, Os sonhos de um Sonhador - A História de Frank Aguiar, dirigido por Caco Milano, entre outros, porém, em 30 de novembro de 2011, foi internado novamente, devido a uma infecção urinária. Recebeu alta 22 dias depois, em 21 de dezembro,[18] mas já no dia seguinte voltou a ser internado, com hemorragia digestiva.[19] Em fevereiro de 2012 foi diagnosticado com uma infecção pulmonar. Apresentou uma piora nas funções respiratórias e renal em 21 de março daquele ano.

Chico Anysio morreu em 23 de março de 2012, aos 80 anos, no Hospital Samaritano do Rio de Janeiro, por falência múltipla de órgãos. O velório aconteceu no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e foi aberto ao público, ao meio dia, onde se reuniram milhares de fãs, amigos e colegas de trabalho como Mauricio Sherman, Fábio Porchat, Glória Pires, André Lucas, Orlando Drummond, José Santa Cruz. Seu último pedido foi o de ser cremado; parte de suas cinzas foi enviada para Maranguape, sua cidade natal, e o resto, para os estúdios do Projac.[20][21][22]

Homenagens póstumas[editar | editar código-fonte]

Chico Anysio foi aclamado em 4 de outubro de 2016 melhor ator coadjuvante no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro pelo seu último filme A Hora e a vez de Augusto Matraga.[23] A nova versão da Escolinha do Professor Raimundo (2015) é um projeto de Bruno Mazzeo para homenagear seu pai. Além de Mazzeo, outros atores foram convidados para integrar o elenco da nova Escolinha: Marcelo Adnet, Marcos Caruso, Lúcio Mauro Filho, Rodrigo Sant'anna, Dani Calabresa, Mateus Solano, Betty Gofman, Fernanda Souza, Marcius Melhem, Marco Ricca, Elen Roche, Fernanda de Freitas, Otávio Muller, Kiko Mascarenhas, Otaviano Costa, Evandro Mesquita, Fabiana Karla, Maria Clara Gueiros e Ângelo Antônio.



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