Por José Mendes Pereira
Após 17 anos de pesquisas o escritor e cineasta José Geraldo Aguiar natural de São Francisco no Estado de Minas Gerais, abandonou o seu estúdio fotográfico para coletar dados sobre o famoso capitão Lampião, que segundo ele, não teria sido assassinado em emboscada promovida pelas forças policiais na madrugada de 28 de julho de 1938, na localidade da Grota do Angico, no município de Poço Redondo, no Estado de Sergipe, e estas, todas comandadas pelo o tenente João Bezerra da Silva, nascido na Serra da Colônia, município de Afogados da Ingazeira, no Estado de Pernambuco.
Baseado nas informações de um suposto Lampião que viveu alguns anos em Buritis, no Estado de Minas Gerais, o José Geraldo Aguiar ficou crente que o homem que supostamente se dizia ser o capitão Lampião do Nordeste do Brasil, era realmente aquele senhor que se escondia lá pelas terras da cidade de Buritis.
Mas é certo que este homem que aparece na foto acima nunca foi e nunca será o sanguinário e perverso capitão Lampião, vez que a sua aparência, principalmente os seus olhos são totalmente diferentes dos olhos do capitão que era cego do olho direito. O que tinha de defeito no olhar de Lampião de Buritis era em sua pálpebra, e não na visão. Veja esta foto abaixo do capitão Lampião e compare com a do Lampião de Buritis que está lá no início do texto.
Segundo o fotógrafo-pesquisador José Geraldo Aguiar o esquartejamento de Lampião e outros jagunços não passava de uma farsa, vez que o verdadeiro cangaceiro teria desistido do ofício antes da emboscada, juntamente com Maria Bonita e outros seguidores, fugindo para a cidade de Paulo Afonso e, de lá, para o Norte de Minas Gerais, num roteiro que inclui Manga, Itacarambi, Missões, povoados de Brejo do Amparo, São Joaquim e Tijuco, em Januária, Pedras de Maria da Cruz, Matias Cardoso, Capitão Enéas, Arinos, Urucuia, São Francisco e finalmente Buritis, onde veio falecer no ano de 1993, aos 96 anos de idade.
Mas vejam bem amigos leitores, no mesmo site e no mesmo texto diz que: "a história do livro (o livro que se refere é Lampião, o Invencível – Duas vidas e Duas mortes) relata que ao sair de Angico em 1938, o capitão Lampião teria procurado um porto seguro e este, foi no Estado do Piauí. Lá, ele viveu por alguns anos, depois passou a residir na Bahia e, gradativamente, foi descendo pelas bordas do gigantesco Rio São Francisco, chegando em Minas Gerais, e esteve em muitas cidades de lá, sendo Manga a primeira delas.
Eu como leigo no assunto nem devia mais falar sobre isso, acho que quem está maluco sou eu, porque só leio coisas sobre este Lampião de Buritis que não são verdadeiras.
O escritor José Geraldo Aguiar diz lá bem próximo ao início do texto, segundo site abaixo, que o capitão Lampião teria fugido para Paulo Afonso no Estado da Bahia e depois para o Norte de Minas Gerais. Mas na sequência ele afirma que ao sair de Angico o capitão Lampião procurou um "porto seguro" no Piauí, mas não revela a cidade ou o sítio que morou, o leitor já tem conhecimento disto.
O escritor José Geraldo Aguiar falou ainda que a partir do momento em que ele disse que queria filmar o Lampião de Buritis, nunca mais o viu. Leia as palavras do escritor:
“- No dia seguinte, quando retornei à sua casa, ele já havia ido embora para Buritis”.
Escritor José Geraldo Aguiar, se o senhor ainda estivesse aqui conosco, eu diria: Quando o senhor levou o assunto para filmá-lo ele não quis, porque sabia muito bem que tudo que dissera era mentira. Jamais ele foi Virgolino Ferreira da Silva o Lampião do Nordeste do Brasil, e nem um dia se quer, Lampião verdadeiro esteve no Estado de Minas Gerais.
Leitor amigo, o que eu escrevi como protesto às informações do depoente não tem nenhum valor para a literatura lampiônica. São apenas as minhas inquietações. Mas se você quiser conferir para não achar que eu estou criando fatos, aqui está o site:
https://www.tvriopretoburitis.com.br/2019/01/lampiao-morreu-em-buritis/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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