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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

VILA DE IPUEIRA - PARTE II

Por Antonio Morais

Mesmo sem causar muitas desordens, a presença do grupo não foi muito simpática ao Cel. Pedro Xavier, apesar de Lampião considerá-lo amigo e respeitá-lo nos seus pagos.

Homem sério, decidido, cuja mentalidade formada na velha tempera de homem do sertão, avesso ao desrespeito a pessoa humana, não gostou das pilherias e gracejos de alguns cabras do grupo, dirigidos as senhoras e moças do lugar. Decorridos poucos dias da visita de Lampião, o Cel. Pedro Xavier mandou-lhe um recado macho: 

" - Não volte a Ipueira, do contrário será recebido a bala". 

O chefe supremo dos bandoleiros nordestinos não se fez de rogado e mandou-lhe a resposta em cima da bucha:


" - Quando passei por Ipueira, respeitei você e sua gente, agora, com seu recado atrevido, a coisa vai mudar, prepare-se porque vai ter choro".

Com o recado de Lampião, o Cel. Pedro Xavier tratou de reunir filhos, parentes e amigos para o esperado encontro com os cabras de Virgulino. Recrutando homens e efetuando compras de armas e munições, em larga escala, a família Xavier passou dois longos e martirizastes anos de espera. Expectativa dura, afirma Dezinho, no seu dramático relato. Nenhuma notícia do grupo. Até pareceu, afirma Dezinho, que Lampião havia esquecido a promessa de voltar a Ipueira. 

Os homens aglutinados foram cuidar de outros afazeres, noutras terras. Pouca gente ficou, a não ser os filhos, os parentes mais próximos do Cel. Xavier.

CONTINUA...

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