Por José Ribamar
Visitei o jardim pela manhã
E vi ao chegar descolorida
Cada uma, rosas do jardim
Como gente humana, entristecida.
Antes, lindas, agora todas feias
Entre o riso e a dor interroguei-as
O que houve? me digam por, favor
Nos pegou de surpresa, uma senhora
Roubou nosso perfume e foi embora
Disse-me com ciúmes uma flor.
Cita-me,
por favor, os traços dela,
Disse-me uma flor desconsolada...
Ela tem a beldade das estrela
E parece uma deusa cortejada.
Tem os seios de virgem campesina,
Apesar de senhora, uma menina
Que só Deus adivinha sua idade;
Tem nos olhos a força do amor
Por ser dona de um corpo sedutor
Desconhece as tormentas da saudade.
Disse-me uma flor desconsolada...
Ela tem a beldade das estrela
E parece uma deusa cortejada.
Tem os seios de virgem campesina,
Apesar de senhora, uma menina
Que só Deus adivinha sua idade;
Tem nos olhos a força do amor
Por ser dona de um corpo sedutor
Desconhece as tormentas da saudade.
Em
seguida um coletor de frutas
Disse-me implorando providências
Essa mesma rainha idolatrada
Preencheu os seus cântaros com essências...
Das roseiras do meu pomar sublime,
Se roubar o que é bom tornar-se crime
Eu também não terei a salvação...
Quem dos homens a tem como consorte?
Eu queria de veras ter a sorte
Dessa deusa roubar meu coração.
Disse-me implorando providências
Essa mesma rainha idolatrada
Preencheu os seus cântaros com essências...
Das roseiras do meu pomar sublime,
Se roubar o que é bom tornar-se crime
Eu também não terei a salvação...
Quem dos homens a tem como consorte?
Eu queria de veras ter a sorte
Dessa deusa roubar meu coração.
(José Ribamar)
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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