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terça-feira, 8 de junho de 2021

LIVRO "LAMPIÃO A RAPOSA DAS CAATINGAS"

 

Depois de onze anos de pesquisas e mais de trinta viagens por sete Estados do Nordeste, entrego afinal aos meus amigos e estudiosos do fenômeno do cangaço o resultado desta árdua porém prazerosa tarefa: Lampião – a Raposa das Caatingas.

Lamento que meu dileto amigo Alcino Costa não se encontre mais entre nós para ver e avaliar este livro, ele que foi meu maior incentivador, meu companheiro de inesquecíveis e aventurosas andanças pelas caatingas de Poço Redondo e Canindé.

O autor José Bezerra Lima Irmão

Este livro – 740 páginas – tem como fio condutor a vida do cangaceiro Lampião, o maior guerrilheiro das Américas.

Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda.

Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês.

Destaca os principais precursores de Lampião.
Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço.

Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados.
O autor aceita e agradece suas críticas, correções, comentários e sugestões:

(71)9240-6736 - 9938-7760 - 8603-6799 

Pedidos via internet:

franpelima@bol.com.br

Mastrângelo (Mazinho), baseado em Aracaju:
Tel.:  (79)9878-5445 - (79)8814-8345

Clique no link abaixo para você acompanhar tantas outras informações sobre o livro.
http://araposadascaatingas.blogspot.com.br

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A MORTE DE 'MARIA BONITA'

O Corpo foi deixado numa posição grotesca, com as pernas abertas e um pau enfiado em sua vagina. (Chandler, B. J. 1981, Editora Paz e terra, págs. 250-251, São Paulo/SP) Do fogo do Angico, 1938, ação policial.. Imagem da cangaceira, filmagens de Benjamim Abraão, 1936. Participe.

Adendo - Claro que não foram todos os policiais que fizeram isso contra Maria Bonita, com certeza foi um volante que odiava mulher. Se vasculhar bem direitinho, era um (gueizinho) das volantes.. 

https://www.facebook.com/groups/ocangaceiro

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UM CIGARRO PARA ZÉ SATURNINO

Por Junior Almeida

“Causo”, segundo o dicionário “é uma história representando fatos verídicos ou não, contada de forma engraçada, com objetivo lúdico”. Ainda segundo o conceito do termo, “muitas vezes tais narrativas apresentam-se com rimas, trabalhando assim a sonoridade das palavras”. Afinal, quem não gosta de um bom causo, de uma narrativa cheia de exageros, floreados e enfeites, no que a norma culta chama de “licença poética?” Particularmente gosto muito de ouvir, ler, escrever e contar causos, tanto, que não tem muito tempo, selecionei alguns textos meus desse estilo e publiquei um livro contando as histórias e causos da minha terra Capoeiras. Assim como no lugar que moro, em todo canto tem suas histórias que valem à pena serem contadas e, quando essas passagens têm como protagonistas pessoas um pouco mais conhecidas, ou mesmo celebridades, me parece que desperta um interesse maior nas pessoas.

Assim como eu, tem muita gente que gosta de saber e repassar essas histórias. Dias atrás, por exemplo, o amigo Luiz Ferraz, sertanejo de boa cepa, conterrâneo do cangaceiro Virgulino Ferreira, o Lampião, do polivalente artista Arnoud Rodrigues e do governador Agamenon Magalhães, contou-nos uma história bem curtinha, mas digna de registro. A narrativa do nosso “Barão de Carqueja” (chamado assim por alguns amigos, numa referência à lendária e centenária vila de Nazaré do Pico, que antigamente chamava-se Carqueja) lhe foi contada pelo conterrâneo Lero do São Miguel, irmão de Buda, casado com Miralda de Semiano e, tem como protagonista outro célebre cidadão, também filho da antiga Vila Bela, José Alves de Barros, o Zé Saturnino (1894-1981), que a História diz ser o primeiro inimigo do Rei do Cangaço. Segundo Luiz Ferraz, o fato se deu assim:

Em Serra Talhada existe um imóvel na rua em que está localizada a agência dos Correios, que era uma espécie de casa do estudante de quem residia em São Miguel, Pedreiras, Maniçoba, Cipó, Várzea Grande e toda aquela região. Todo jovem dessa área que queria estudar na cidade ficava nessa casa, que pertencia ao velho Pinheiro, pai de Francisco Pinheiro de Barros, o vereador Pinheiro (legislatura 2021-2024). Como não poderia deixar de ser, além dos jovens estudantes, seus familiares de mais idade também usufruíam do famoso ponto de apoio, ficando lá para as consultas médicas, viagens, e outras necessidades. Um deles era Zé Saturnino, que no final da década de 1970, já com mais de 80 anos e com alguns problemas de saúde, foi levado pela família para Serra Talhada para consultas médicas e exames, ficando hospedado justamente no imóvel citado. Ele, teimoso como a maioria dos idosos, era “pastorado” pelos familiares, para que não fizesse extravagâncias, como comer o que não podia, que fumasse, o que estava terminantemente proibido pelos doutores, ou mesmo que, devido à sua impaciência, fosse embora para a sua Maniçoba sem que terminasse seu tratamento.

Ninguém descuidava dele, pois quando isso acontecia, algumas vezes Zé Saturnino saía da casa e ia bater perna pelas ruas de Serra Talhada, deixando todos preocupados. Luisão, Pinheiro e Lero achavam que tinham todo cuidado do mundo no célebre filho de Saturnino das Pedreiras e Dona Xanda, só que certo dia eles se descuidaram e o velho saiu rua afora, indo parar no ponto dos carros que faziam linha para sua região. Prestes a sair, com o motor de sua D-10 já ligado e a carroceria carregada de mercadorias e passageiros, estava Reinaldo Siqueira, o Reizinho, casado com Margarida, filha do lendário Coronel Mané Neto, que além de ser comerciante em Nazaré, fazia fretes para Serra e Floresta. Não deu outra. Zé Saturnino, que nas lendas de alguns escritores teria sido um potentado fazendeiro, com centenas de cabeças de gado e um grande latifundiário, falou com o dono da picape, passou a perna na grade de madeira, subiu na carroceria do carro e seguiu viagem.

No trajeto de terra batida da PE 390, com muita poeira, buracos e solavancos, estrada essa, que no futuro viria ter o nome de Virgulino Ferreira, mesmo com tanta gente na região que combateu o cangaço, estando, portanto, do lado da legalidade, Zé Saturnino seguia a desconfortável viagem com uma vontade enorme de fumar o seu velho cigarro de palha. Tateou o bolso da camisa e da calça, na tentativa inútil de achar um cigarrinho perdido ou uma pitada de fumo, mas nada. Perguntou aos que iam com ele na carroceria do carro se alguém tinha cigarro, mas ninguém tinha, nem fumo de rolo, o que fazia aumentar sua agonia. Para tentar enganar seu vício, ele apanhou um talinho de capim, que achou no assoalho do carro, o colocou na boca, movimentando-o de um lado para o outro, como se fosse um boró. Sua última esperança era que alguém na boléia da D-10 tivesse, mas isso, só poderia saber quando o veículo parasse. Uma coisa era certa: Reizinho, o motorista, também era fumante.

Perto da entrada da Fazenda São Miguel, propriedade imortalizada pela música de Antônio Barros, Reizinho parou sua D-10, para que o passageiro seguisse para sua casa. O velho Saturnino parece que se esqueceu da idade e dos problemas de saúde que tinha, pois deu um pinote tão grande de cima do carro, que parecia mais um gato fugindo de cachorro. Pense numa agilidade!

-Eita vontade de fumar da peste! Dizia ele.

Zé Saturnino, ao descer do carro, foi logo onde o motorista estava, perguntando se ele tinha cigarro. Reizinho, ainda dentro da boléia da caminhonete, foi se preparando para descer. Bateu a mão no bolso da camisa, puxando uma carteira de Hollywood e, numa resposta negativa, mostrou o março quase vazio, com apenas uma unidade de cigarro.

-Hen hen, Seu Zé, só tem um. Disse Reizinho, mostrando a carteira, para provar que falava a verdade.

-Oxe, Reizinho, e eu nunca fumei de dois?! Disse Zé Saturnino, no mesmo momento em que deu um bote na mão do motorista, lhe “confiscando” o cigarro.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=3793362237442254&set=a.103552366423278

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VIAJE BEM

 Clerisvaldo B. Chagas, 8 de junho de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

 Crônica: 2.549


 

A Ordem de Serviço do governador para o início da duplicação do trecho de rodovia Arapiraca – Olho d’Água das Flores, deslumbra melhores dias para Agreste/Sertão. Na realidade, a duplicação total será de Maceió ao Alto Sertão de Delmiro Gouveia, extremo oeste das Alagoas. Para quem não conhece esse trajeto, podemos esmiunçar para entendermos a grandiosidade da obra.

Chegada à duplicação da rodovia Maceió – Arapiraca, esta continuará até o município de Delmiro Gouveia, assim: Arapiraca (Agreste) chegando ao Sertão através de Jaramataia, depois Major Izidoro (acesso) Batalha, Jacaré dos Homens, Monteirópolis e Olho d’Água das Flores. Daí pega o entroncamento que leva até São José da Tapera, outros acessos, até o novo entroncamento em Olho d’Água do Casado daí ao município de Delmiro Gouveia.

Também do entroncamento de Olho d’Água das Flores, pode, de um lado, se chegar a Palestina e Pão de Açúcar (sem duplicação) por outro lado, pode se chegar a mesma Delmiro Gouveia (sem duplicação) desse entroncamento via Santana do Ipanema, povoado Carié. Do entroncamento de Olho d’Água do Casado, pode-se chegar até Piranhas (sem duplicação).

Quanto a Santana do Ipanema, pouco mudará, em relação à capital. As duas antigas opções permanecerão válidas. Ida a Maceió via Palmeira dos Índios (a mais utilizada) ou via Arapiraca, menos utilizada. Pode até ser que a duplicação da segunda, estimule, mas talvez a tradição permaneça.

Ganharão com a pista dupla o turismo interiorano, bastante viciado ao litoral, a segurança dos viajantes, o escoamento da produção sertaneja, a melhora das cidades para o recebimento de turistas, como exemplos, a construção da orla de Pão de Açúcar e a inclusão de Santana do Ipanema no roteiro do Cangaço, novos empreendimentos aplicados na Bacia Leiteira, no Médio e Alto Sertão e no Sertão do São Francisco, entre outras coisas boas que chegam de repente sem ninguém esperar. Um bom momento para industrializar às margens do Canal do Sertão, a exemplo de Petrolina.

A fé continua viva.

A fé não pode morrer.

ARAPIRACA (FOTO: B.  CHAGAS).


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"CANGACEIRO DO MATO"

 Por Aderbal nogueira

"Jadilson Ferraz e uma bela canção sobre Lampião. Poesia, realidade e lendas se misturam sempre que esse nome é falado. Fora da lei? Sim, com certeza. entrou para a história? Sim, com certeza. Só nos resta saber separar a realidade da ficção e saber que hoje o Cangaço é história, apenas isso."

https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=jg0f2Yl5uzA&featV%C3%ADdeo+cangaceiro+do+Mato&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Não consegui transferir o vídeo, mas aí está o link.

Vídeo Laser

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OS IRMÃO ALAGOANOS

 Por Helton Araújo

Os irmãos alagoanos, Pedro e Manuel Pau-Ferro, foram cangaceiros extremamente cruéis. Pedro tinha a alcunha de Velocidade e Manuel de Atividade.

Eles fizeram parte do bando de Corisco e também de Português.

Velocidade ficou marcado na história como o carrasco da família de Domingos Ventura, ele foi o responsável por decapitar os membros da família. Velocidade sobreviveu ao cangaço, após ser preso não se sabe o seu destino.

Já Atividade era conhecido por ser o " capador " do bando, tinha uma grande habilidade na castração de pessoas, algo que fazia com naturalidade e eficácia. Atividade foi morto em decapitado por seu companheiro de bando, o cangaceiro Barreira.

Por : Helton Araújo

Fonte utilizadas para pesquisa : Ivanildo Silveira, Geziel Moura e livro Cangaceiros de Lampião de A a Z de Bismarck Martins Oliveira.

Foto de Atividade : Benjamin Abrahão

Foto de Velocidade : Página Cariri Cangaço/ cortesia Sérgio Dantas

Edição : Helton Araújo

 https://www.facebook.com/groups/545584095605711/?multi_permalinks=1949068645257242%2C1949187081912065%2C1949183025245804%2C1948953475268759&notif_id=1623151451535438&notif_t=group_activity&ref=notif

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HISTÓRIAS QUE NÃO CONDIZEM COM A VERDADE NO CANGAÇO

 Por José Mendes Pereira


Existem algumas histórias sobre o cangaço que não condizem com a verdade, mas isso faz parte de quem algo estuda, e às vezes, se empolga tanto que imagina, escreve e depois joga em livros ou mesmo nas redes sociais, fazendo com que o que escreveu venha se tornar verdade. Mas o mais correto é colocar uma observação, que o que escreveu é ou são suas imaginações, e sem nenhum valor histórico para determinado assunto. 


É o caso do suposto apelido de Lampião, quando foi jogado aos estudiosos do tema cangaço, e quem o jogou, ninguém sabe, que teria nascido de forma totalmente diferente do que contou o Sinhô Pereira, quando entrevistado pelo senhor Luiz de Lorena, na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, em 1971, quando de seu retorno, 50 anos depois de sua ida para Goiás. Dizem (contrário ao Sinhô Pereira), que o apelido surgiu quando certa vez Lampião deu tiros de espingarda para iluminar a noite, para que um amigo achasse um cigarro.

Mas vamos ver o que disse Sinhô Pereira ao Luiz de Lorena:

Lorena perguntou-lhe: 

- Por que Virgolino Ferreira da Silva ganhou o apelido de Lampião?

Sinhô Pereira respondeu-lhe:

 - Num combate, a noite, na fazenda Quixaba (ele não revela o Estado desta fazenda), o nosso companheiro Dê Araújo, comentou que a boca do rifle de Virgolino mais parecia um lampião. Eu reclamei, dizendo que munição era adquirida a duras penas. Desse episódio resultou o Lampião que aterrorizou o Nordeste.

Então, não precisamos mais falar nesta outra hpótese, porque o ex-patrão de Lampião disse como isso aconteceu.

Maria Bonita e Zé de Neném

Outro assunto é relacionado a José Miguel da Silva o Zé de Neném, ex-esposo de Maria Bonita, quando afirmam que Lampião teria levado a sua mulher na sua presença. 

Aderbal Nogueira

Assistindo  um vídeo do cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira, fala sobre isso (e que não coloquei o vídeo, porque não o encontrei no meio de tantos outros dele).

João de Sousa Lima

Mas o escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima fala claramente que, certa vez, entrou em contato com Zé de Neném (e que me parece ele residia em São Paulo), através de um sobrinho dele, e marcaram um encontro para fins de pesquisas sobre a sua separação com a Maria. Ele concordou, mas disse logo que de jeito nenhum falaria sobre cangaço, porque ele não tinha conhecido Lampião. Infelizmente o Zé de Neném morreu antes da data marcada entre ele e o João de Sousa Lima. 

Então, precisamos dar fim a este assunto que Zé de Neném viu a partida da esposa com o facínora Lampião. 

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VÍDEO..! A HISTÓRIA DE SILVIO BULHÕES..! POR QUE AS CINZAS DO CANGACEIRO CORISCO, SEU PAI, FORAM JOGADAS AO MAR ?....etc..etc..

 Por Pedro da Rocha

https://www.youtube.com/watch?v=atXq0d8PSeY&t=672s&ab_channel=PedrodaRocha

Filho do casal de cangaceiros Corisco e Dadá, o menino Sílvio assusta-se ao confrontar suas verdadeiras origens; o rapaz Sílvio parte em busca da mãe biológica; e o homem Sílvio inicia uma jornada para dar aos restos do pai um mínimo de dignidade.

FONTE: Pedro da Rocha/ YOUTUBE

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IMPERDIVEL, AMANHA AO VIVO NO CANAL DO YOUTUBE DO CARIRI CANGAÇO !!!

 "...um quase poema drummondiano para Lampião: O Tenente Liberato de Carvalho amava seu irmão Coronel João Maria de Carvalho que amava seu compadre Zé Rufino, que amava os dois e que também amava matar cangaceiros. Liberato perseguia o cangaço, João Maria protegia cangaceiro e Zé Rufino ao compadre respeitava. Liberato nunca prendeu Lampião, Zé Rufino nunca arrancou sua cabeça e João Maria viveu seu coronelato sendo amigo de todo mundo."

Rangel Alves da Costa.

https://www.youtube.com/watch?v=aZPUqx3-tRQ

https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste/?multi_permalinks=1662629733945964%2C1661391124069825%2C1661074727434798&notif_id=1622990448419726&notif_t=group_activity&ref=notif

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