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sábado, 15 de fevereiro de 2020

MENDES E O NORDESTE NU

Por Clerisvaldo B. Chagas, 23 de dezembro de 2019 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 2.233

Nesta véspera de NATAL, quero agradecer aos nossos leitores do Brasil, Estados Unidos, Portugal, Rússia, Alemanha, França, Cingapura, Reino Unido, Dinamarca, Espanha e outros mais. Tudo isso graças à parceria entre o nosso blog: (clerisvaldobchagas.blogspot.com) e o (blogdomendesemendes), Alagoas com Rio Grande do Norte. As crônicas de Clerisvaldo chegaram para preencher o vazio entre publicações de livros do autor. São escritos que abordam todos os temas do mundo, com ênfase no solo alagoano e nordestino. O blog do Mendes, mais focado no antigo relicário cangaceiro, publica também os cenários periféricos do cangaço e expõe todo o Nordeste, principalmente os sertões, sem terno, sem gravata, sem cueca, completamente despido.


José Mendes Pereira que nasceu no sítio Barrinha, em Mossoró, é filho de Pedro Nél Pereira e de Antônia Mendes Pereira. Com seus estudos, pesquisas e determinação, atuou no mundo gráfico, tornou-se professor e criou o blog atual, dedicando-se ao universo do cangaço. O seu blog, pouco a pouco atingiu uma dimensão colossal ultrapassando fronteiras, firmando-se como indispensável aos que pesquisam o Sertão do Nordeste na Sociologia, História, Geografia e nas Artes. Mas nem somente de cangaço vive o blogdomendesemendes. Imprensado entre os cangaceiros estão os escritos ecléticos de Clerisvaldo B. Chagas e de Rangel Alves da Costa. São crônicas normais e longas que permitem o lazer aos “cangaceirólogos” e ao planeta. O sergipano Rangel é um escritor versátil, sensível, seguro e poético que sabe exatamente onde cabe cada uma das suas palavras escritas. Um mestre escritor.


Assim as crônicas são ornadas pelas pesquisas e artigos de José Mendes Pereira e, às vezes, cintilam “O Nordeste Nu”. O miolo, porém, destes escritos é mais para parabenizar o Mendes por mais um ano de vitória no repto da sua vida prestando relevantes serviços ao mundo da Cultura. Seu hercúleo esforço para fabricar o “pão e entregá-lo ainda quente na madrugada” é tarefa mesmo para os maiores titãs da Mitologia e do Cangaço. E na valorização das suas publicações diárias, responde o próprio Nordeste riquíssimo em ditados populares: “Rapadura é doce, mas não é mole não”. FELIZ NATAL PARA O GLOBO E PARA NÓS.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2019/12/mendes-e-o-nordeste-nu.html

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O CRIME DO CRUZEIRO

Clerisvaldo B. Chagas, 14 de fevereiro de 2020
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.262


SERROTE DO CRUZEIRO E RESERVA TOCAIA (FOTO: B. CHAGAS)
Estimulando o desmatamento para plantio de eucaliptos, um órgão do governo nos anos 60 acabou com a mata nativa do Cruzeiro. O serrote do Cruzeiro, monte sagrado de Santana do Ipanema com inúmeras árvores centenárias em caatinga densa perdeu a batalha para o homem. O dono de padaria A.S., retirou no banco um empréstimo para desmatar o serrote e plantar eucalipto. Tudo apenas um plano para colocar a mão no dinheiro. A mata exuberante repleta de animais selvagens e de canto permanente de cigarras foi completamente devastada. Um só garrancho não foi plantado. O serrote sofreu intenso processo de lixiviação e somente deu sinal de vida entre 35 a 40 anos após o crime. Nasceu um matagal secundário que não chega nem a metade do porte original.
Mesmo hoje, com tantas informações sobre meio ambiente na mídia, pouca gente sabe em Santana, a história do Cruzeiro. Essa mata secundária, durante o inverno fica verde, mas não existe nutriente no solo que permita desenvolvê-la como outrora. E se na época chuvosa é desabitada, imagine durante o verão, com apenas exibição de garranchos. Não se ouve pássaros por ali. Ora, se o serrote não produz alimento, por que as aves iriam habitar o local? Quando muito se vê na elevação é um calango... Uma lagartixa... Urubus que procuram dormida no lajeiro do cume. Vez ou outra pode acontecer passagens de saguins (bichos curiosos) vindos da Reserva Tocaia que fica por detrás. No restante é um silêncio sem fim, ideal para meditações.
Já houve aborrecimentos por denúncia de tentativa de novo desmate. Nem o dono tem consciência de que a mata do Cruzeiro é um “pulmão verde” para a cidade de Santana, cujo casario já lhe chega aos pés. Enquanto isso, a pequena igreja, situada no cimo, tenta proteger com orações esporádicas o que restou da furiosa investida do passado. Caso não haja interesse nenhum das autoridades pelo que ainda resta, num piscar de olhos futuros nem mais calango restará.
Serrote do Cruzeiro, o mais admirável mirante da cidade.
Preocupação...
Saudade...
Abandono.

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2020/02/o-crime-do-cruzeiro.html

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O SERTÃO É BOM DEMAIS, ENTÃO EXPERIMENTE O SERTÃO

*Rangel Alves da Costa


O sertão é bom demais, então experimente o sertão. Em cor e sabor, em sentimento e viver, em caminhar e conhecer, em adentrar num mundo que é de magia, encantamento e beleza sem igual. Do sol grande e da lua maior ainda.
O sertão deve, pois, ser experimentado em tudo que nele há. E uma maneira de afastar os preconceitos, as discriminações, as ideias infundadas sobre o povo e aterra, sobre o sertanejo e o seu chão.
Quem não o conhece, certamente supõe inverdades. O sertão é seco sim, é sofrido sim, tem muita pobreza sim, mas também possui feições e qualidades que a tudo isso supera. Um sertão de histórias e sagas, de tradições e velhas raízes. A cada passo um encontro maravilhosamente inesperado.
Experimente o sertão vivo, o sertão de chão, de chão, da catingueira, do mandacaru. Experimente o sertão vaqueiro, aboiador, mateiro, caçador, do mato e da cidade. Um sertão que se abre em mil sertões em tudo que nele há.
Sertão da enxada, mas também do gado leiteiro. Sertão da sequidão, mas também da colheita boa e farta. Sertão dos caminhos de pedras, mas também dos beirais ribeirinhos e suas feições tão singelas. Sertão do bicho mugindo de fome e sede, mas também das fontes transbordantes e seus cultivos.
Experimente viver o sertão que há em você. Experimente caminhar pelas estradas de terra batida e chão nu, e se admirar com as flores do campo, com o alaranjado da flor da jurubeba e o encanto da florada do mandacaru.
Experimente o sertão que é sua casa e lar.  Experimente avistar o por do sol de uma porteira nas distâncias matutas. Experimente sentir pulsando no coração o seu berço de nascimento.
Experimente tomar água de moringa, matar a sede em caneca limpinha pendurada na parede de barro, sentir o cheiro oloroso do café fervendo em fogo de chão. Experimente viver e ter o que é seu.
Experimente uma varanda com rede armada e um radinho de pilha cantarolando “de que me adianta viver na cidade se a felicidade não me acompanhar...”. Ou ainda: “eu vim embora e na hora cantou um passarinho, porque eu vim sozinho, eu a viola e Deus...”.
Experimente sair da cidade e ir mais adiante, pelas curvas de matos rasteiros e catingueiras ladeadas de mandacarus e xiquexiques. Experimente ser tomado, envolvido e abraçado, pelo entardecer sertanejo, e olhando os horizontes em cores abençoadas benzer-se de comoção.
Experimente fechar a porta de casa e tomar as portas do mundo-sertão. Experimente bater à porta da casinha de beiral de estrada e prosear com Seu João e Dona Maria, oferecer uma bala a Tiquinho e um pirulito a Lurdinha.
Experimente o orgulho bom de ser sertanejo. Experimente estender a mão à mão calejada, abraçar o amigo reencontrado e falar sua língua sem invenção no falar. Experimente ser o sertanejo que há em você e não o outro que insiste em lhe tirar a feição sertaneja.
Experimente sentar no tamborete e ouvir e contar histórias, causos e proseados. Experimente ser você mesmo no sertão que é todo seu. Experimente andejar por aí, como um São Francisco sertanejo e conversar com o bicho do mato, com a pedra, com o passarinho.
Experimente amar seu sertão. Experimente avistar sua terra com os olhos da sabedoria, vendo sentido em tudo e em tudo sentindo uma razão de ser e de existir. Experimente o amor de um filho que ama a semente da qual foi brotado.
Experimente conhecer, conviver, viver, sentir e dizer: Eu amo e tenho orgulho de ser sertanejo!


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

UM DETALHE DO MEU LIVRO


UM DETALHE DE MEU LIVRO que por conta do adiamento do CARIRI CANGAÇO de Paulo Afonso para junho deste ano, SÓ o disporei aos amigos neste evento. Está quase pronto. Leia uma pitadinha dele:

LAMPIÃO - Coronéis, Capangas e Jagunços.

O Sonho de um Sonhador

Trago aqui, um sonho que tive, a respeito da ida de Lampião a Juazeiro, para incorporar-se ao Batalhão Partriótico:

Parece que eu estava lá. Em minha mente buliçosa, viajava antes que um piscar de olhos estalasse, vendo aquela alegria contagiante. Lembrou-me, mal comparando, e que Deus me perdoe, do Rei Davi, quando voltava à Jerusalém com a Arca da Aliança, recuperada dos Filisteus, onde o povo cantava e tocava seus instrumentos cantando e louvando a Deus por Davi a ter recuperado.


Marchei junto com eles sem que eles me notassem. E notei a satisfação no rosto de Virgulino Ferreira da Silva, que queria se ver livre de Lampião, e esta era sua oportunidade. Queria ser uma pessoa comum. Era seu sonho e eu no meu sonho, entrava no seu sonho. Queria criar seu gadinho e ter sua roça de algodão e macaxeira. Talvez até mesmo em seus sonhos proféticos, tenha visto sua Maria Bonita, esperando por ele, para criarem em paz os seus filhos.

Infelizmente os homens de poder e os invejosos, não deixaram, uma pena...


Às três horas da tarde, entrou o Rei do Cangaço, em Macapá, com seu grupo. Viajando em meus sonhos e pensamentos, os vejo, e minha alegria de admirador não do bandido que era, mas de um homem que fez sua história e deixou gravado nos corações dos nordestinos, e porque não dizer, do Brasil e do mundo quase todo, na escrita e na tradição boca a boca. Todos montados, firmes e olhando pra frente com seus corpos retesados, garbosos, trotando pomposamente, em desfile como sendo os salvadores do povo cearense contra a coluna que queriam destruir as terras de ‘Padim Ciço”.

Lampião com porte de majestade, o Rei dos cangaceiros ia na frente, em um cavalo que imagino branco, mas que segundo o povo, era ruço. Estava ladeado à sua direita por seu irmão Antônio e à esquerda por seu Lugar-Tenente o cangaceiro Sabino, “os três puxando a fila dupla, marchando de costado, com vinte e três pares de cavaleiros e fechada por Luís Pedro, sozinho.”


Ao parar a tropa quase que real, defronte da casa do Tenente Barroso. Desceram dos cavalos e formando um semicírculo e segurando suas montarias, onde após os cumprimentos, cordiais e de estilo, o “Tenente Barroso passou em revista a tropa lampiônica. Um a um, foram, minuciosa e demoradamente, apresentados por Lampião, os seus guerrilheiros e explicada a origem de seus nomes de guerra: — Antônio Ferreira (seu irmão), Sabino (lugar-tenente), Seu Chico, Maçarico, Aragão, Jurema, Nevoeiro, Pinica-Pau, Tenente, Mormaço, Cobra Verde, Andorinha, Moita-Brava, Açucena, Cuscuz, Luís Pedro, Moreno, Três Pancadas, Três Cocos, Chumbinho, Pensamento, Juriti, Meia Noite, Criança, Cancão, Coqueiro, Sabiá, Chá Preto, Barra Nova, Bentevi, Lasca Bomba, Azulão, Gato Bravo, Beija Flor, Bom Devera, Pai Velho, Maquinista (literato e secretário), Cravo Roxo, Jararaca, Candeeiro e seu irmão Vareda, Serra do Mar, Lua Branca e seu irmão Vinte e Dois, Colchete, Delicadeza, Fogueira, Arvoredo e Cajueiro.”


Maioria dos cangaceiros, cabras acostumados aos combates era pernambucanos. Uns de Vila Bela, outros de Floresta e do Pajeú de Flores. Mais alguns de Triunfo. Tirando Pai Velho sendo o mais idoso, o resto da cabroeira entre 18 e 30 anos de idade. “E com exceção de alguns curibocas e dois negros, os demais de cor branca, ou amorenados. Na residência de uma idosa senhora, D. Generosa, se reuniram Lampião e seu Estado Maior (Antônio Ferreira, Sabino e Luís Pedro) juntamente com os Tenentes Luís Rodrigues Barroso e Veríssimo Alves Gondim (comandante de volante), o sargento Antônio Gouveia e outros agaloados componentes da polícia militar cearense, para uma conversa informal, amistosa e animada, servida de galinha assada e regada a vinho cerveja. Lá fora, cangaceiros, soldados e povo em perfeita harmonia. Quase consumido o estoque de cigarros, fósforos, bolachas, vinho e perfume da bodega do comerciante Moisés Bento, que gostava de "despachar" os cangaceiros, fregueses esses bons pagadores.”


Positivamente Lampião não gostava de dever a ninguém, exceto sua ira revoltada contra o sistema que o oprimia e por isso requisitou, pagando corretamente, todas as galinhas dos quintais para manutenção de seu bando. Depois, no meio da rua, ordenou Lampião ao sanfoneiro tocasse "Mulher Rendeira". E, enquanto improvisava loas, os cabras, em roda formada, xaxavam e cantavam o famoso estribilho:

— "Olê Mulé Rendêra , ô, mulé rendá, Chorô pru mim num fica Saluçô vai no borná"



Inda que a vibração dos acordes desta canção guerreira contagiasse os militares, contagiou mais ainda todo o povo. De súbito, entusiasmados, todos imitavam os alegres visitantes...


As horas foram inesquecíveis para aquele povo, de alegria e festa, as que Lampião veio trazer àquele pedaço de sertão perdido no Cariri! Durante as despedidas, entregou Lampião ao Tenente Veríssimo um bonito revólver niquelado "Chimite" ("Smith & Wesson"), para ser oferecido, como presente, a seu amigo ausente - Capitão Honorato dos Santos Carneiro, da polícia do Ceará.

BIBLIOGRAFIA: Frederico Bezerra Maciel, A Guerra de Guerrilhas.
Capas de meus ebooks.


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EDUARDO LIMA



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A GRANDE FRANCINE ( ESPERANÇA DO NORDESTE )



Obrigada pelo texto tio Veridiano Dias Clemente eu amei
A GRANDE FRANCINE ( Esperança do Nordeste )

Essa.menina tão bela
Das bandas do Ceará
Toca muito e faz cantar
Multidões de gente grande
É a promessa do Nordeste
Terra da cabra da peste
Sua fama se expande

Se botar no microfone
Ela encanta em toda festa
Sanfoneira da mulestra
No Nordeste só dar ela
Canta, toca, e nos encanta
Parece mais uma Santa
Por ser humilde e tão bela

É como se fosse Cinderela
Que traz pra gente os sonhos
D'aqueles sonhos medonhos
Escutando o seu cantar
Essa forrozeira do Nordeste
Na terra de cabra da peste
Não tem como não amar

POETA VERÎ DE CARUARU-PE
MALABARISTA DE PALAVRAS
Vitória de Santo Antão- PE

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PREPAREM A CARNE SECA, A FARINHA E A RAPADURA... SEM ESQUECER DA "ZINEBRA" E DA "GASOSA"... QUE TAMBÉM NÃO PODEM FALTAR NO BORNAL... PORQUE VEM COISA BOA POR AÍ...


O nosso amigo e confrade José Francisco Gomes de Lima (Grupo "Lampião - Governador do Sertão) esteve recentemente na cidade de Barro/CE, cidade que por inúmeras vezes visitei durante a década de 1990, e acompanhado do historiador e pesquisador Sousa Neto (Barro/CE), gravou um vídeo na antiga casa do coronel José Inácio de Souza "Zé Inácio do Barro", mostrando a antiga casa que no passado abrigou e serviu de coito para cangaceiros renomados tais como: Sinhô Pereira, Luiz Padre, Lampião, entre tantos outros nomes do cangaceirismo nordestino.

Nesse vídeo vocês conhecerão o lado externo e interno da casa e o mais importante... ouvindo parte da história através de um dos maiores conhecedores da história envolvendo o celerado coronel e seus "pupilos"... quero dizer... cangaceiros.

Em breve no canal... CANGAÇOLOGIA.


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FRANCISCO PEREIRA LIMA



Professor Francisco Pereira Lima! Um amigo impar, grimpador e pesquisador de bons livros na história do cangaço e nordeste. Este faz a diferença. Onde existir um livro raro ou esquecido ele trás para você! Conselheiro do cariri cangaço. 

Avante Professor.


O FILHO DO DIABO

Por João Filho de Paula Pessoa

Em Agosto de 1935, após um combate, Dadá entrou em trabalho de parto nas entranhas da caatinga e nasceu um menino filho de Corisco, o Diabo Loiro. Oito dias após o parto, Dadá e Corisco mandaram a criança juntamente com uma carta ao Padre José Melo Bulhões, pároco de Santana de Ipanema/Al, pedindo-lhe para criar e educar seu filho. 

Padre Bulhões recebeu a criança e a criou juntamente com sua irmã, dando-lhe amor, carinho, educação, nome e sobrenome, Sílvio Bulhões. Aos nove anos de idade, Sílvio que sempre soube que era adotado, teve um sonho que estaria num lugar desconhecido, com sons de estampidos e um homem apareceu e teria lhe chamado de filho. 

Sílvio contou à Pe. Bulhões que ficou intrigado com aquela história, mas minimizou o sonho junto à seu filho. Uns quinze dias após, Sílvio encontrou num baú de sua casa, algumas revistas antigas, dentre estas uma que tinha Corisco e Dadá na capa e, surpreso, levou a revista ao padre dizendo que tinha sido aquele homem que lhe apareceu no sonho, com aquelas mesmas roupas. Assim, diante daquela situação Pe. Bulhões resolveu contar toda a verdade a Sílvio sobre sua origem e seus pais verdadeiros. Sílvio somente conheceu sua mãe biológica, Dadá, aos dezoito anos de idade em Salvador. 

Em 1969, juntamente com Jorge Amado, ajudou sua mãe Dadá a reaver o crânio e o braço de Corisco que eram expostos no Museu Antropológico de Salvador, há quase trinta anos, dando um enterro digno à seu pai em 1970. 

Dadá faleceu em 1994 e em 2013, já com uma idade mais avançada, Sílvio cremou os restos mortais de Corisco e jogou as cinzas no mar, para que após sua morte, não houvesse a possibilidade de nova exploração daqueles restos mortais. 

Sílvio Bulhões sempre declarou muito orgulho às suas origens, é economista e professor aposentado, constituiu família e reside em Maceió/Al, contribuiu muito para a história do Cangaço e encontra-se hoje com 85 anos de idade. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 30/01/2020.


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LIVRO DO LUIZ RUBEN F. A. BONFIM.



Essa é a "boneca" do meu próximo livro que será lançado em junho com 430 páginas. Na capa utilizo o trabalho do ilustrador e designer Ricardo Rocha, meu primo irmão.