Sempre ouvir muito falar no mítico jasmineiro plantado no horto da casa da poetisa potiguar Auta de Souza, na bela cidade de Macaíba, mas pouco sabia de sua história.
Até que um dia, pesquisando nas velhas páginas de “A Republica”, encontrei na edição do dia 3 de julho de 1930, um interessante artigo da igualmente consagrada poetisa potiguar Palmyra Wanderley, sobre esta famosa planta da família das Oleáceas.
Nascida em 12 de setembro 1876, na cidade de Macaíba, Auta Henriqueta de Souza foi uma mulher extremamente marcada pela morte. Perdeu a mãe quando tinha três anos e o pai pouco tempo depois. Apesar de viver em uma cidade próspera e progressista, um dos principais centros de decisões políticas no Rio Grande do Norte daquela época, ela e seus irmãos, Henrique Castriciano, Eloy de Souza e Irineu Leão, vão para o Recife, onde ficam sob a guarda da avó materna, Silvina Maria da Conceição de Paula Rodrigues, conhecida como Dindinha.
Na capital pernambucana Auta foi primeiramente alfabetizada por professores particulares, depois foi matriculada no Colégio São Vicente de Paula, no bairro da Estância.
Mas o calvário de Auta de Souza continuou. Aos doze anos vivencia a morte de Irineu, carbonizado pelas chamas de uma lamparina que foi derrubada por acidente. Dois anos depois a tuberculose, causa da morte de seus pais, é diagnosticada em seu corpo e ela teve que interromper seus estudos.
Retorna ao Rio Grande do Norte e, em busca de cura, realiza uma longa viagem pelo interior do estado.
Segundo seus biógrafos, tempos depois Auta se enamorou pelo jovem Promotor Público de Macaíba, João Leopoldo da Silva Loureiro, onde manteve uma casta relação que durou mais de um ano. Estava decidida a unir-se a este rapaz, mas a doença seguia adiante. Seus irmãos lhe convenceram a renunciar e a separação foi cruel para a já sofrida jovem. O Promotor logo foi transferido da região e em seguida faleceu da maldita tuberculose.
Em meio às doses de sofrimento, Auta produzia seus versos, que foram publicados em jornais e revistas do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e de Natal.
Logo grande parte de seu trabalho seria reunido em um manuscrito, que primeiramente se intitulou “Dhálias”. Seus irmãos Henrique e Eloy, políticos e escritores no estado, levam o manuscrito para a Capital Federal, no Rio de janeiro, para que o amigo e poeta Olavo Bilac lesse o material. Bilac, o mais importante poeta brasileiro da época, se encanta com os escritos de Auta e prefacia os originais. A obra é então criada com seu nome definitivo; “O Horto”.
O livro foi publicado pela primeira vez em 20 de junho de 1900. Continha 114 poemas, colocados em 232 páginas e se tornou um enorme sucesso.
Em pouco tempo os jornais paraibanos “O Commercio” e “A União”, publicam no mesmo dia, 8 de julho de 1900 (um domingo), vastas e positivas matérias sobre o livro. Logo outros periódicos, de outras localidades, vão fazer o mesmo e em pouco tempo a primeira edição se esgota. No futuro outras edições de “O Horto” serão publicadas.
Mas Auta de Souza pouco aproveitaria deste momento. A doença avançou e ela faleceu aos 24 anos, no dia 7 de fevereiro de 1901. A capital do Rio Grande do Norte enterrou a jovem revelação das letras no Cemitério do Alecrim, em meio a uma forte comoção.
Na narrativa de 1930, a poetisa Palmyra Wanderley conta que estava na sua casa, quando foi mexer em velhas cartas amareladas que ficavam uma caixa de madeira, com um determinado símbolo marcado a fogo na tampa.
Esta ilustre dama das letras potiguares, então com 36 anos, acreditava que lendo velhas missivas, renovaria a sua alma. Mas estranhamente o que lhe chamou atenção não foi alguma carta, mas uma foto. Uma foto que a poetisa considerava preciosa.
Segundo sua narrativa, a imagem congelada no tempo mostrava um jasmineiro laranja, com muitas folhas e que projetava a sua sombra na areia.
Na base da simples fotografia estava escrito em uma “letra máscula”, segundo sua definição, a seguinte mensagem; “- O jasmineiro de Auta, plantado pela poetisa no pomar de sua residencia em Macahyba”.
Segundo Palmyra, o autor da mensagem não era outro senão Henrique Castriciano, irmão da brilhante Auta de Souza.
Henrique, considerado pelo paraibano Rodrigues de Carvalho (autor do livro Cancioneiro do Norte) como “um gênio”, havia doado a Palmyra aquele instantâneo numa clara manhã de abril. Quando contou a história do jasmineiro e o que ele significava, seus olhos ficaram marejados de saudade.
Ao longo do texto, a definição que Palmyra faz de Auta de Souza era de uma “poetisa santa”, que havia utilizado suas mãos de doente resignada, para plantar no quintal de sua casa aquele jasmineiro frondoso.
Para Palmyra, que tinha apenas sete anos quando Auta de Souza faleceu, a poetisa de Macaíba era certamente uma espécie de heroína diante de toda sua sofrida história, se não uma de suas maiores influências.
Ela informa que em certa época havia chegado aos ouvidos de Henrique Castriciano que jovens delinquentes haviam tentado destruir esta preciosa Oleácea. Indignado, o irmão da falecida Auta de Souza partiu para saber o que ocorria. Mas voltou de Macaíba com a alma e o espirito renovados, pois a população local protegia o jasmineiro. Sobre sua sombra casais de pássaros “se casam” e as crianças de Macaíba brincavam e cantavam os versos de Auta. Noivas seguiam ao local, fazendo votos para uma boa união. O texto deixa no leitor a ideia que o local seria uma espécie de “santuário”, preservado pelo povo de Macaíba em memória de sua amada e sofrida autora.
Palmyra finaliza o texto apontando Auta de Souza como “-A maior poetisa mística de todos os tempos. E a mais magoada de todas as aves humanas que cantaram, em lágrimas, as melodias do coração”.
O jasmineiro original já não existe. Mas outra planta, segundo dizem descendente direta da original, está plantada no mesmo local, atualmente fazendo parte da Escola Estadual Auta de Souza.
Cidades
Amigas:Povos Irmãos...Com essa apresentação o pesquisador e professor Orlando
Nascimento Carvalho, grande anfitrião da chegada triunfal do Cariri Cangaço
pela primeira vez em território baiano, justificou a sensacional programação do
Cariri Cangaço Poço Redondo em Pedro Alexandre ou, na Serra Negra. "Aqui
nossos povos cresceram juntos e a história de um se confunde com a história do
outro: Pedro Alexandre na Bahia e Poço Redondo em Sergipe; seja bem vindo
Cariri Cangaço 2018".
Pela primeira
vez o empreendimento Cariri Cangaço chega em terras baianas, a estreita
ligação; os laços afetivos e históricos entre os dois municípios, um na Bahia e
o outro em Sergipe, umbilicalmente unidos; proporcionou contemplar dentro do
Cariri Cangaço Poço Redondo 2018 uma programação especial em Pedro Alexandre. É
inegável a força, a tradição e a história da Serra Negra, como costumava
citar o Caipira Alcino Alves Costa. Terra dos Carvalhos; os lendários João
Maria e seu irmão, Liberato Carvalho; base da valente e destemida volante de Zé
Rufino,terra de homens de uma coragem incomum como Zé Serra Negra, João Doutor
e Serra Negra... Aqui se fez história, aqui está fincada um pedaço dessa
importante saga sertaneja, por aqui aportou o Cariri Cangaço.
Clique no link para ver todo o material, inclusive as fotos...
Caso polêmico
e violento, porque o cangaceiro José Baiano ferrava as mulheres com ferro
quente, como se faz com o gado? A marca era as iniciais de seu nome JB.
As expressões sertanejas: “É hoje que a porca torce o rabo”; “vamos ver quem tem roupa na mochila”; ou “é a hora da onça beber água”, se encaixam muito bem no jogo Brasil X Bélgica. Bem que nos deram dois dias de jejum, da Copa. Esses dois dias foram monótonos sem bola e de anseio por espetáculo. É o reflexo de uma paixão nacional que não respeita fronteiras interestaduais. Movido a futebol, cachaça e sofrimento, vai o brasileiro tentando esquecer golpistas, ladrões e traidores, com os gritos de gol na velha Rússia. Esse desabafo nacionalista tem prosseguimento hoje diante da rica nação belga. E se sair à vitória tão aguardada, pelo menos se alivia o peito por algumas horas, enganando as decepções pátrias.
Continuamos sempre colocando palavras e expressões sertanejas em nossos escritos, tentando não deixar morrer nossos usos e costumes. E quando os sertanejos estão diante da telinha, ansiosos pelo jogo, Maria se aproxima e diz: “Chegou a hora da onça beber água”. Quer dizer, a hora da decisão. José confirma a frase de Maria: “Isso mesmo, hoje saberemos que tem roupa na mochila”, isto é, quem será o mais poderoso, o grande vencedor. E assim, não somente o Sertão de meu Deus, mas também os diversos lugares povoados do Brasil aguardam a hora da bola que poderá trazer satisfação ou desgosto. Quem bebe, começa logo cedo à torcida etílica, quem não bebe vai à pipoca com manteiga.
E por falar em manteiga, chega o sebo. Sebo de carneiro capado, como se diz por aqui, para o Tite passar nas canelas de William. Acelerar mais ainda o nosso “Foguetinho” em cima dos gringos é desejo da galera. Os que não gostam de futebol ficam de cara amarrada e vão cumprir missão de c... de ferro no trabalho. E nós já estamos observando o corre-corre na rua em busca de bebidas nos supermercados ou cadeiras desconfortáveis das mesas de bar. Os automóveis passam com bandeirinhas tremulantes jogando força para o território russo. Bem, da nossa parte não corremos tanto, quem deve correr são eles, os que têm procuração para desbancar os galegos, será? Vamos aguardar a hora da PORCA TORCER O RABO.
Sobre a presença de homossexuais em programas da Rede Globo
tenho certeza que o apresentador do (SBT) Ratinho não está menosprezando
ninguém, e nem usando preconceito com os gays, apenas protestando a inclusão de homossexuais em filmes como por exemplo: de cangaceiros, quando se sabe que isso nunca
existiu no cangaço.
O apresentador tem razão de protestar a participação de homossexuais, não pelo fato deles serem diferentes, é porque segundo os
remanescentes do cangaço, isso não existiu lá nos bandos.
om essas informações
mentirosas o apresentador está apenas protestando para que não criem mentiras e
depois se tornem verdades.
O Ratinho tem razão. Vejam que ele não está
ferindo nenhum homossexual.
Valdemar
Caracas, ex-funcionário da RVC (Rede Viação Cearense), foi testemunha ocular da
entrada de Lampião e seu bando de cangaceiros em Juazeiro do Norte-CE.