Seguidores

domingo, 25 de setembro de 2016

RELAÇÃO DE LIVROS À VENDA (PROFESSOR PEREIRA - CAJAZEIRAS/PB).


O MAIOR ACERVO DE LIVROS À VENDA SOBRE OS TEMAS NORDESTE E CANGAÇO. GARANTIA DE QUALIDADE E ENTREGA DO MATERIAL.

franpelima@bol.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NO LEITO DAS ÁGUAS GRANDES

*Rangel Alves da Costa

Conheço um leito de rio, tão magistral e tão formoso, tão pujante e tão belo, tão imponente e tão vasto, que costumei a chamá-lo de leito das águas grandes. Não sei se tal percepção, de ser aquele leito o maior e mais belo de todos, é apenas fruto da memória e da recordação, vez que comigo as relembranças de ser aquele rio tudo aquilo que os livros diziam: O grande São Francisco, o imenso e caudaloso Velho Chico!

Hoje, infelizmente, de vez em quando ouço dizer que o São Francisco não é mais sequer a sombra daquele rio imponente de outrora. E no mesmo sentido a assertiva de o Velho Chico estar nas suas últimas forças, nos seus últimos suspiros, em estado de verdadeira penúria. Na verdade, meus olhos avistam o leito padecente, magro, numa finura e esmorecimento inimaginados para um rio daquele porte, mas simplesmente teimo em não acreditar.

Ora, meu Deus, o menino nunca quer que o seu boizinho de barro se quebre, o menino nunca quer que sua bola de meia desapareça, o menino nunca suporta ter de abandonar sua bola de gude, seu cavalo de pau, seu brinquedo infantil. A isto se denomina amor, fidelidade, desejo de ter sempre consigo. Assim também com o meu rio, cujo leito fica a apenas catorze quilômetros de onde estou agora, margeando o meu sertão sofrido de seca, acolhendo a vida ribeirinha que ainda resta nos seus costados. Também sou ribeirinho, pois nascido nesse vasto e belo mundo do Sertão do São Francisco. Sou sergipano de Poço Redondo.

Por isso mesmo sei que o meu rio está muito diferente de outros idos, que agora está combalido e já sem águas nem forças suficientes para que embarcações sigam de canto a outro. Sei que o meu rio não é mais moradia constante do surubim, da tubarana e tantos outros peixes grandes que fartavam as panelas ribeirinhas e sertões adentro. Também sei que as velhas carrancas não mais despontam nos horizontes protegendo as novas e velhas embarcações. Sei ainda que a povoação do rio, tanto o pescador como o habitante de suas margens, agora se vê apenas com as memórias dos tempos de fartura e de doce sobrevivência.


As povoações ribeirinhas, principalmente aquelas pequeninas que foram surgindo às margens durante as primeiras penetrações aos sertões, sofrem agora de abandonos indescritíveis. As cidades ricas, de suntuosos monumentos, de casarios imponentes e comércios prósperos, agora se veem estagnadas, paradas no tempo, sem perspectivas futuras. Melhor sorte não há naqueles lugarejos e aldeias beiradeiras, tendo de suportar agora um empobrecimento crescente e doloroso.

Do verdadeiro rio, daquele São Francisco de tempos passados, de antes da instalação das usinas hidrelétricas ao longo do seu leito, restam somente as histórias, as memórias, as relembranças e as saudades. Restam também as lendas, as crenças, as culturas e as tradições ribeirinhas, mas nada que se sustente sem que o povo do lugar se mantenha como sua voz. E o povo ribeirinho também está escasseando, sumindo, se mudando para lugares outros onde haja melhores perspectivas de vida. Mas me permito ficar com as saudades.

Eternizo – e certamente eternizarei para o sempre na minha memória – o leito das águas grandes. Aquele leito onde as grandes embarcações aportavam apara trazer e levar pessoas, alimentos e tudo aquilo que servia de sobrevivência à vida sertaneja. Aquele leito tomado de canoas e pequenas embarcações e seus pescadores lançando redes e logo trazendo a fartura. Aquele leito de homens e mulheres sentados nas calçadas altas para apreciar as belezas das chegadas e partidas, mas principalmente das águas que sempre pareciam com novos fascínios.

Neste leito das águas grandes ainda mora a minha memória e a minha saudade. Hoje o rio é outro rio, mas continua em mim aquele mesmo rio. Sempre o mais belo e o mais fascinante de todos os rios. Um rio onde me alento na mesma poesia de Pessoa: o mais belo rio, pois o rio que passa na minha aldeia. A minha aldeia sertaneja.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O QUE É SER FILÓSOFO?

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Preliminarmente compreendemos de que filósofo é justamente aquele indivíduo que pensa as grandes questões e ou indagações da humanidade, inclusive pelo fato de que quase ninguém tem tempo reservado direta e ou indiretamente para pensar em tais indagações. Assim sendo, aquilo que chamamos de filosofia é justamente o surgimento do lugar que por si só é destinado a poucas pessoas. Desse modo temos cidadãos filósofos e cidadãos não filósofos, tendo em vista que os não filósofos sempre estão preocupados em trabalhar, melhorar de posição social, ganhar dinheiro com força, além de aproveitar a vida enquanto ela existe em todos os sentidos da palavra, motivo pelo qual tais indivíduos nunca dispõem de tempo para abstrações, levando-se em consideração que já estão massificados, alienados e ou coisificados, socialmente falando, um exemplo típico disso, é o caso de centenas de indivíduos que não foram aprovados em um concurso público federal, estadual e ou municipal, aceitam um contrato de trabalho pró-tempore, que não tem qualquer tipo de garantia do antes e do depois das eleições federais, estaduais e ou municipais, aí ficam sendo objetos e ou coisas nas mãos de quem arranjou o contrato, sendo obrigados a votar para de vereador a presidente da República no candidato indicado pelo sistema. Isso é uma vergonha alienadora, porém, existem em grande escala no Brasil, na Paraíba e em Santa Rita.
              
Assim é a filosofia de vida de tais indivíduos que se deixam manipular pela nova tipologia coronelesca da politicagem nacional. Isso é gente sem saber para onde vai e incapaz de construir e o reconstruir seu próprio futuro, quanto mais do país, da Paraíba e muito menos de Santa Rita. É o renascimento do voto de cabresto, pior do que o voto comprado em dia de eleição, algo que garante a continuidade dos conchavos que dilapidam o erário nacional, estadual e municipal. A cidade onde vive o cidadão pode estar transformada em lixo em todos os sentidos, porém, o dinheiro dos serviços públicos: educação, saúde, limpeza e iluminação pública, manutenção dos próprios municipais, esportes, lazer, obras estruturantes, etc., etc., sai na urina, pois, tudo pode feder, porém não incomoda os donos do poder de quatro em quatro anos. É o povo depois do dia das eleições é novamente rolete chupado, bagaço.... Ambos os casos são equivalente e irmão gêmeos. Essa gente não tem filosofia de vida, nem para si e muito menos para a sociedade, pois a Filosofia, mesmo depois de decorridos mais de dois mil anos de sua criação na Grécia Antiga, porém, ainda atualmente em pleno século XXI, o ato de filosofar em si falando em sentido amplo é ainda um bicho de sete cabeças e ou bicho papão. E tal raciocínio, ainda que por dedução, se complica ainda mais quando um adolescente, que representa parte do futuro de nossa nacionalidade fala para seus pais e demais membros da família de que vai prestar processo seletivo para se graduar em Filosofia. E assim, os pais e demais familiares descobrem que o filho deve estar faltando um parafuso na cabeça, tem algo errado. E até porque vão surgindo indagações do tipo: o que você meu filho tem na cabeça? Ficou louco? Como você vai ganhar dinheiro para tirar seus pais da vida de sacrifício que vive? Esse curso não dar dinheiro? Como arranjar emprego? E por fim, ficam calados os pais para ver se o filho esquece aquela coisa de adolescente em querer ser filósofo.
                
Em breve fala, podemos enfatizar de que a sociedade do espetáculo contemporâneo, condena as abstrações, pois vive preocupada direta e indiretamente em formar e ou tornar útil para capitalizar todo e qualquer movimento da vida, o que vale dizer que a filosofia, tem que se tornar mercadoria, assim como as demais ciências, a exemplo da política, da gestão pública, da educação, da medicina, do direito, da contabilidade, etc., já são movidas pelo fluxos direto e indireto do lucro em sentido meramente comercial, apesar de sabermos de que a Filosofia é inegavelmente a matriz e ou paradigma de todas as ciências que a humanidade conhece, porém, isso não retira o mito popular de que o filósofo é o indivíduo estranho, sempre representada por um ser do sexo masculino e de discurso e ou fala rebuscada, onde os demais indivíduos da sociedade não o entendem o que pensa, fala e age, não obstante, mesmo assim, é aceito por todos os membros ativos e passivos da sociedade antiga, moderna e contemporânea.


Enviado pelo o autor

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A MAIOR EDIÇÃO DE LIVROS DO MUNDO - E OS MANDANTES DESPREZAM

Arte de Rogério Dias



Adendo: 
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Se todos que escreveram para a "Coleção Mossoroense, pelo menos as centenas de pessoas que estão vivas, criassem uma Associação para proteger a este maior acervo do mundo, seria resolvido logo o abandono à Coleção Mossoroense. Como assim? Formando uma associação com os escritores colaboradores, todos, juntos, passariam a cobrar do prefeito e da Câmara Municipal (vereadores) para que urgentemente aprovem  uma verba para a conservação do acervo da "Coleção Mossoroense".

Em anos passados, principalmente nos anos 70, fui um dos que linotypicamente fazia a composição de vários livros que foram compostos nas oficinas da Editora Comercial S/A, à rua Alfredo Fernandes 171, em Mossoró-RN. 


Todos estes livros eram compostos sobre a responsabilidade do professor, engenheiro agrônomo e historiador Dr. Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, um dos maiores incentivadores para que fizessem os registros dos acontecimentos da cidade e de outras localidades.


Hoje, sabe-se que este acervo está indo de ladeira abaixo, porque quem deveria salvá-lo da extinção, que é a Prefeitura Municipal de Mossoró, não tem o mínimo interesse de ver a continuidade deste acervo para as gerações futuras. 

Imagine bem se voltasse a viver aqui entre nós, o que diria o Dr. Jerônimo Vingt-un Rosado Maia, que levou quase toda sua vida cuidando da "Coleção Mossoroense", deixando de estar em casa para cuidar dela, e ao vê-la desprezada, empoeirada (com certeza, o cupim e as traças passeando sobre os montes de livros, que são os primeiros que chegam para destruírem, devorarem), as lágrimas rolariam imediatamente, e Dr. Jerônimo Vingt-un Rosado Maia diria: 

" - Vivi minha vida amando este monte de livros, hoje o vejo assim, sendo destruído, por falta de responsabilidade, por quem não merece nem pensar em dirigir uma cidade! Minha coleção amada está se acabando!"


Vejam o que disse Aline Linhares do blog: 
http://alinelinhares.com.br/falta-respeito-e-pagamento

FALTA RESPEITO E PAGAMENTO

"Sem pagamento desde abril de 2013, que deveria ser feito pela prefeitura de Mossoró, a fundação Vingt-un Rosado terá que sair de sua casa. Para onde irão quase 1 milhão de livros da Coleção Mossoroense, que está sendo despejada hoje com todo seu acervo? Pro lixo? É assim que a cultura (verdadeira de Mossoró) é tratada? #luto".


Tem que ser criada logo uma associação com os escritores que têm livros nas péssimas condições da “Coleção Mossoroense”, do contrário, o que eles escreveram não serão apresentados ao futuros mossoroenses.  

 Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

LANÇAMENTO DO LIVRO "HISTÓRIA DA MINHA VIDA PROFISSIONAL"

Por Benedito Vasconcelos Mendes

O lançamento do livro  "História da Minha Vida  Profissional", de autoria do Professor Benedito Vasconcelos Mendes, ocorrido no dia 22-9-2016, na Academia Norte-rio-grandense de Letras foi um acontecimento cultural de grande significado para as letras potiguares. Quase todas as Academias de Letras e várias outras instituições culturais do Rio Grande do Norte estiveram presentes a este evento, principalmente, os Imortais da ANRL, que, em grande número, prestigiaram este lançamento.






Enviado pelo o autor do livro HISTÓRIA DA MINHA VIDA  PROFISSIONAL"Benedito Vasconcelos Mendes

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O FENÔMENO DO CANGAÇO

Por Analucia Gomes

Vendo o documentário postado no grupo Historiografia do Cangaço onde o historiador Frederico Pernambucano com muita propriedade fala sobre a Estética do Cangaço, vários questionamentos começaram a se elucidar para mim. Devo dizer que respeito à opinião dos historiadores e as pesquisas fundamentadas como sendo o Cangaço um grupo de bandoleiros, bandidos, criminosos e a pessoa do “Lampião” ser denominada de facínora, que apontam Lampião simbolizando a brutalidade, o mal, uma doença que precisava ser cortada. Entretanto, e ao contrário do que muita gente pensa, os cangaceiros nem sempre eram hostilizados pelos moradores do sertão. Pelo contrário: muitos deles foram admirados e respeitados. 


Não pretendo fazer nenhuma contestação e nem desmerecer as pesquisas, todas buscaram a verdade embutida em suas publicações. Todavia, existem os historiadores que catam em suas pesquisas capturar o que representou e representa até hoje o movimento do Cangaço. Para Pernambucano, os cangaceiros não eram criminosos comuns, que não arriscavam se misturar ao ambiente para não serem notados. Não se camuflavam, nem se escondiam, faziam do estardalhaço visual e verbal, seu cartão de visita. 

Alguém pode me questionar, mas eu escolho em qual lado da história eu prefiro ficar. Vale pra mim o que o Cangaço proporcionou nas artes: poesia, música, dança, artezanato, cinema, TV, literatura de cordel (outros) e na estética que influenciou e dita moda na contemporaneidade. "Sem Lei, sem Rei e feliz..." Nós temos leis que não nos favorecem na grande maioria, somos submetidos a um Rei mal coroado e o que é pior... Somos felizes? 

Analucia Gomes.

https://www.facebook.com/groups/ocangaco/1321464224533359/?notif_t=like&notif_id=1474821010124841

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

A VISTA ESQUERDA DE LAMPIÃO


Virgolino Ferreira da Silva teve um problema sério nas vistas. Desde muito novo que uma doença denominada Leucoma afetou, cronicamente, uma das vistas dele, à direita, terminando em uma total cegueira da mesma com a “ajuda” de um pequeno espinho, pêlo, de um cacto da flora catingueira, cactácea, pequena ‘palma’, sertaneja chamada por alguns de ‘Palmatória’, o Quipá, Opuntia Inamoema ou Tacinga Inamoema.


O Leucoma é uma opacidade corneana quando a córnea toma aspecto branco em toda sua extensão ou em parte. O mesmo pode ser congênito ou se desenvolver após doenças infecciosas, principalmente herpes ocular ou traumas, o que achamos que ocorreu com o futuro “Rei dos Cangaceiros” por ter se tornado tangerino, almocreve e vaqueiro desde tenra idade, e tenha sofrido alguma pancada ocorrendo o trauma, já que não encontramos a doença em nenhum dos irmãos e/ou irmãs dele. Além disso, o leucoma é uma opacidade que pode se localizar centralmente e também provocar alterações na curvatura corneana, diminuindo a visão.

Perder uma das vistas, para Lampião, não foi um problema que o impediu de dar prosseguimento ao ‘reinado’. Pelo contrário. Ajuda-o no manejo e mira das armas longas como rifles, fuzis e mosquetões. Porém, sem elas, ficando totalmente cego das duas, não tinha como continuar.


Em determinada ocasião, segundo historiadores, o ‘Rei Vesgo’ ver-se acometido de uma doença em sua vista esquerda. Não sabemos relatar aos amigos se foi uma infecção contraída, ou mesmo transmitida da que acometeu sua vista direita, tão pouco, se devido a algum ‘novo’ trauma sofrido.

Passando, o chefe mor do cangaço, a sentir “queimor intenso e fortes dores no olho esquerdo, além de lacrimejamento, prurido intenso e diminuição da acuidade visual”, começa a sentir temor pela ‘escuridão’ total. Resolve pedir ajuda aos amigos, coiteiros, na tentativa de curar aquele mau.

O ‘coronel’, em sua pessoa de ‘autoridade’ dominante regional, não foi amigo de cangaceiros simplesmente por ser. Pelo contrário, suas amizades baseavam-se em troca de ‘favores’ e negociatas.

Em todos os sete Estados nordestinos por onde seu ‘reinado’ se estendeu, Lampião lançou sua ‘rede’ capturando adeptos de todas as partes sociais que existiam na época. Na ocasião da doença em sua vista esquerda, ele procura ajuda com o ‘amigo’ coronel Manoel Maranhão, no Estado das Alagoas. Esse, não podendo fazer muito, se junta ao amigo cangaceiro, e envia um emissário, que transpõem a divisa de Estado e vai levar o pedido de ajuda a um dos maiores coiteiros de Lampião em terras pernambucanas, que se encontrava na ocasião na fazenda Formosa, o coronel Audálio Tenório de Albuquerque, grande latifundiário nos Estados de Pernambuco e Alagoas.


No momento em que é sabedor da ocorrência, o coronel Audálio não se faz de rogado, parte imediatamente para fazenda do amigo fazendeiro, coronel Manoel Maranhão, a fim de socorrer seu protegido.

Inteirando-se do que acometeu a vista ‘boa’ do Capitão, o coronel Audálio Tenório parte para Capital pernambucana para falar com um, na ocasião, dos mais afamados oftalmologistas do Nordeste, o Dr. Isaac Salazar.


“(...) Nesta época o capitão já se encontrava em decadência, não tinha a mesma força, o clímax do cangaceiro é aos 25 anos, as volantes tinham ordem de matar para depois conversar, era lei qualquer cidadão ficar com os bens do cangaceiro caso o matasse, todo mundo queria ficar rico, os jornais noticiavam diariamente as estripulias e as maldades do cangaço, as estradas que cortavam os sertões permitiam o envio de caminhões de soldados e munições, as mulheres e os filhos passaram a ser uma das preocupações dos cangaceiros, os coiteiros sumiram, o cangaço perdia a força, a lei era matar(...).” (Iderval Reginaldo Tenório)

Iderval Reginaldo Tenório

Sem poder levar o ‘paciente’, o coronel Audálio segue sozinho e, lá chegando, faz um relato pormenorizado de todos os sintomas da doença, sempre referindo ao médico que se trata de um dos seus vaqueiros de uma das suas fazendas.

“(...) o médico prescreveu alguns medicamentos, injeções, pomadas, colírios e bandagens, dias depois chegava na sua fazenda o Coronel com todos os medicamentos e o capitão inicia o milagroso tratamento, a vista foi melhorando, aos poucos foi clareando, como trunfo, cheio de alegria e de vida(...).” (Iderval Reginaldo Tenório).


O Coronel Audálio Tenório de Albuquerque foi muito ligado, também, a altas autoridades militares nas Alagoas. Eleito deputado Estadual por Pernambuco em 1966, teve seu mandato cassado pelo regime militar implantado no País. Em sete de dezembro de 2012, o jornal Diário de Pernambuco publica que, passados 50 anos, o Governo ‘devolve’ seu mandato, mesmo o coronel já tendo morrido... Nas quebradas do Sertão.


Foto lampiãoaceso.com
cariricangaço.com
Benjamin Abrahão


blogdomendesemendes.blogspot.com

MULHER RENDEIRA

Por Fidias Diniz
https://www.youtube.com/watch?v=yxjWPUJmVvA

LAMPIÃO, o cangaceiro VOLTA SECA, entre outros eram compositores. Músicas que até hoje embalam o folclore nordestino. 


Fonte: facebook
Página: Fidias Diniz

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

POMBAL REVIVE CANTANDO O QUE LEANDRO SONHOU

Por Daudeth Bandeira

Como quem ouve um estalo,
Um velho nó se desmancha,
E a poesia deslancha,
Num fenomenal embalo,
Um novo canto de galo,
No espaço reboou,
Ao mundo anunciou,
Que o passado está voltando,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.

A história se renova,
Nos seus melhores capítulos,
Um vate recebe títulos,
Nas profundezas da cova,
O solo fértil comprova,
Que ele, um dia ocultou,
E o grão que ele semeou,
Graças a Deus vem brotando,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.

Leandro Gomes de Barros,
De expressões romanescas,
As estórias pitorescas,
Nos seus trabalhos bizarros,
São como flores nos jarros,
Que o tempo as fossilizou,
Mas o calcário rachou,
E o perfume está vazando,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.

Pombal lamentou chorosa,
Quando Leandro morreu,
E o cordelismo perdeu,
A joia mais preciosa,
Numa nuvem se ocultou,
Agora a nuvem passou,
Ressurge o astro brilhante,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.

Com discurso, festa e brilho,
Festival, livro e programa,
Pombal eterniza a fama,
Do seu talentoso filho,
Seus versos são como o milho,
Que a esmo se debulhou,
O passado esparramou,
E o presente está juntando,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.

Nos versos de um menestrel,
No tilintar da viola,
Na fachada de uma escola,
No rodapé de um painel,
Num folheto de cordel,
Lido por um camelô,
No intervalo de um show,
Nesses momentos é quando,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdsomendesemendes.blogspot.com

LAMPIÃO POUPA VIDA DE UM SERTANEJO

Por Lourival Custódio Filho

Caro Amigo Geraldo Júnior //veja interessante o perfil de Lampião// Quem leu conta um dia, a inteligência da vítima venceu a morte.

Virgulino Ferreira invadiu com a sua cabroeira um pequeno povoado. Zé Baiano arrombou logo a porta da entrada da casa da fazenda, não quis saber, foi logo amarrando no moitão de madeira da casa, e disse:

- Cadê o dinheiro, esta aonde?

E com o punhal pinicava a garganta do sujeito. Na mesma hora entra Lampião e diz:

- Fale logo se não você morre!

- E o dono da casa, amarrado, toma coragem e fala, ainda com o último suspiro de medo e diz:

- Boa tarde! Com quem eu tenho o prazer de falar?

E Lampião responde:

- Com o capitão Virgolino, seu cabra!

- E o dono da casa responde:

- Há capitão, gosto muito do senhor! Grande honra capitão, em te conhecer! Esse cara quer me matar, me amarrou capitão! Veja capitão, tenho vários recortes de jornal na minha parede que coleciono do senhor. Se eu não tivesse amarrado, iria querer te dar um grande abraço, capitão! Sou seu amigo, capitão!

E na mesma hora Virgolino se emocionou e disse ao zé baiano que estava com uma cara feia zangado:

- Um caboco desse não se mata!!!!! Se prepare que você vai ser um de meus meninos! 

E na mesma hora ordenou que o próprio Zé Baiano desse armas, munições, chapéu e um cavalo para o cabra e se foram:

Depois de 03 dias o cabra fugiu.

Fonte: Extraído do livro “LAMPIÃO NA BAHIA” de Oleone Coelho Fontes. 

TEM DÚVIDAS?  É só comprar o livro.


Informação do http://blogdomendesemendes.blogspot.com: Acho que este livro você irá encontrá-lo com o professor Pereira, lá em Cajazeiras. Aqui está o seu e-mail para um futuro pedido: franpelima@bol.com.br

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

DELMIRO GOUVEIA

Por Guilherme Machado

Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, mais conhecido como Delmiro Gouveia (Ipu, Ceará, 5 de junho de 1863 — Pedra, Alagoas, 10 de outubro de 1917), um industrial brasileiro, foi um dos pioneiros da industrialização do país, e do aproveitamento do seu potencial hidroelétrico, tendo construído a segunda usina hidroelétrica do Brasil, sendo a primeira a Usina de Marmelos construída por Pacifico Mascarenhas, inaugurada em 11/12/1898, conforme o historiador Abílio Barreto (Alysson Mascarenhas.

Nasceu na Fazenda Boa Vista, no município cearense de Ipu, sendo filho natural do cearense Delmiro Porfírio de Farias e da pernambucana Leonila Flora da Cruz Gouveia. Sua família transferiu-se em 1868 para o estado de Pernambuco, onde se estabeleceu na cidade de Goiana, mudando-se para o Recife em 1872.

Com a morte de sua mãe teve que começar a trabalhar aos 15 anos de idade, em 1878, inicialmente como cobrador da Brazilian Street Railways Company no trem urbano, denominado maxambomba. Posteriormente chegou a Chefe da Estação de Caxangá, no Recife. Foi despachante em armazém de algodão.

Em 1883 foi ao interior de Pernambuco, interessado no comércio de peles de cabras e de ovelhas, que passou a negociar, tendo obtido grande sucesso. Em 1886 estabeleceu-se no ramo de couros e passou a trabalhar, por comissão, para o imigrante sueco Herman Theodor Lundgren (Casas Pernambucanas) e para outras empresas especializadas nesse comércio, como a Levy & Cia. Trabalhava também por conta própria. Em 1896 fundou a empresa Delmiro Gouveia & Cia e passou a alijar seus concorrentes do mercado, empregando os melhores funcionários das empresas concorrentes.


http://blogdomendesemendes.blogspot.com

METEMPSICOSE

Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Mundo, histórias transcritas de cada ser...
Esperanças...
Travessias...
Visões...
Transmigrações...
Migrações...
Mudanças...
Passagens...
Partidas...
Desterros...
Sonhos...
Vidas...
Perigos...
Ilusões...
Nascimentos...
Mortes...
Ilusões desveladas...
Olhares que se cruzam na multidão...
É o vale tudo ou nada...
Gotas do rio e do mar...
Que se junta à poeira dos pés...
Como lágrimas de inocentes...
Sem vez, sem voz e sem pão...
O amanhã vai ser melhor...
Utopias do povo...


Enviado pelo o autor


http://blogdomendesemendes.blogspot.com