Seguidores

quarta-feira, 21 de junho de 2017

QUIXABEIRA,UM CANGACEIRO 'SÁBIO'

Material do acervo da pesquisadora Franci Mary Carvalho Oliveira

(...)Zé Cocada era um caçador de mocó. Não tinha dinheiro para comprar uma pistola.

Pediu emprestada a um cangaceiro, alegando uma vingança. A vingança se prendia a um moleque atrevido que teve o topete de pilheriar com sua filha donzela.

O cangaceiro Quixabeira respondeu:

"__ Cumpadi Zé, deixe isso cum noi que se arresorve na ponta du punhá, bala tá cara.

Cumpadi, arma de fogo, otomove e muié são trêis bijeto qui nunca o freguês deve imprestar"

Fonte: Lampião, Cangaço e Nordeste pg:254 (Aglae Lima de Oliveira) 

Foto: Google

https://www.facebook.com/josemendespereira.mendes.5/posts/1222909597820222?notif_t=like&notif_id=1498077640122330

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

#ESQUENTA PARA A GREVE GERAL


O Fórum dos Servidores Públicos do Oeste Potiguar, do qual a ADUERN faz parte, convida todos e todas para o #Esquenta da Greve geral.  Vamos realizar um conjunto de atividades preparativas para a mobilização nacional do dia 30/06. É hora de parar o país e barrar as reformas do ilegítimo governo de Michel Temer.

Amanhã (20/06)

Às 8h - Café da manhã  e conversa com trabalhadores/as às 8h na sede do INSS (Av. Aldemir Fernandes, 101, Bairro Aeroporto)

Às 9h – Panfletagem na Praça do Mercado Central

Dia 22/06

Às 17h – Plenária com sindicatos e Movimentos Sociais na sede administrativa do SINDVPREVS (Rua Auta de Souza, nº 52, Centro/Mossoró) para construção da  GREVE GERAL

Jornalista

Cláudio Palheta Jr.


Telefones Pessoais :


(84) 88703982 (preferencial) 

Telefones da ADUERN: 


ADUERN
Av. Prof. Antonio Campos, 06 - Costa e Silva
Cep: 59.625-620
Mossoró / RN
Seção Sindical do Andes-SN
Presidente da ADUERN
Lemuel Rodrigues

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

RNTV 1ª EDIÇÃO ESPECIAL - 90 ANOS DE RESISTÊNCIA - AO VIVO DE MOSSORÓ/RN


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

O CHEIRO DAS PRIQUITINHAS JUNINAS

*Rangel Alves da Costa

A cada ano, como uma diversa revoada, o período que antecede os festejos juninos vem trazendo consigo o cheiro das priquitinhas. Cheiro forte, marcante, bem característico de todo chinelo, sandália ou alpercata de couro cru.
São as priquitinhas juninas que são trazidas de outros estados - principalmente Bahia e Pernambuco - e passam a fazer parte das paisagens aracajuanas, pois estão por todo lugar, em toda esquina, debaixo de cada marquise.
Ainda são poucas pela cidade. Apenas num ou noutro lugar é possível avistar algum vendedor carregando penca de priquitinhas ou mesmo com elas expostas ao chão. Talvez seja a crise que também tenha alcançado os produtores artesanais dessas chinelas tão apreciadas pela população nordestina.
Mas a tradição do comércio dessas chinelas deverá se acentuar nos próximos dias ou semanas. O São João já se aproxima, as bandeirolas já enfeitam as lojas, os enfeites juninos já são avistados de banca a banca. E uma coisa que não pode faltar é a priquitinha.
E não pode nem deve faltar por muitos motivos. Não há São João, Santo Antônio ou São Pedro, sem priquitinha. Não tem sentido algum arrastar os pés por algum salão forrozeiro sem que seja levando consigo o cheiro da priquitinha. Todo nordestino que se preza faz da priquitinha sua companhia de toda hora no período festivo.
As priquitinhas são inseparáveis das mais autênticas quadrilhas juninas. Estão nos pés tanto dos dançadores como dos tocadores de forró. Os turistas, principalmente estrangeiros, ficam encantados quando se deparam com uma priquitinha nova, bem trabalhada, sedosa, com o seu cheiro tão peculiar e atraente.
Como diz o outro, tem até gente que não gosta, mas nunca houve nada melhor que ter uma priquitinha para usar nas devidas ocasiões ou mesmo a qualquer momento do dia. Não há contraindicação, somente proveito e prazer. Quando nova ou de pouco uso, a priquitinha é sempre leve, um pouco apertada, mas logo amaciada pelo uso.
Tem gente que ansiosamente espera esse período apenas para comprar seis ou mais priquitinhas e assim ter sempre reserva para usar o ano todo. Quando perguntado o porquê de tanto gosto pela chinelinha de couro cru, logo responde: Ora, se não tenha da outra, o jeito que tem é usar dessa priquitinha mesmo. Ao menos o nome e o cheiro me fazem lembrar alguma coisa.
Sem pretender erotizar a seriedade do texto, a verdade é que não se pode negar que a denominação de priquitinha a esse tipo de sandália de couro surgiu mesmo como referência à genitália feminina. Por motivos que não exigem maiores esclarecimentos, diziam que o cheiro da sandália nova era o mesmo da outra priquitinha em determinadas situações.
Deveras, peculiar é o cheiro da priquitinha junina. Mas neste aspecto, também em situações diferentes, pois apresenta cheiros diferenciados segundo seu estado de uso. Quando nova, intacta, a sandália possui o cheiro forte e adocicado, levado ao odor de suor. O mesmo cheiro sempre presente nas selas de couro cru, nos rolós, nos chapéus, nas indumentárias feitas pelos artesãos do couro. Só que com menor acentuação, menor exalação.
Com a constância do uso, a priquitinha vai perdendo a estranheza do cheiro forte. Sequer é sentido qualquer fragrância marcante. Apenas com o suor dos pés é que ela retoma um pouco de seu aroma suarento. Contudo, tudo desanda quando ela é molhada. Então é um deus nos acuda. E há até gente que diga que já não cheira mais a priquitinha, mas a outra coisa no mesmo sentido.
Realmente, quando a priquitinha, já usada, afadigada de tanto pisar, está molhada, passa a exalar um odor quase insuportável. Todo o cheiro é redobrado, triplicado, tornado quase em putrefação. Daí que muitas vezes os salões forrozeiros ficam empesteados da mistura do suor e das sandálias de um couro ainda cru, molhado e ainda secando ao sol.
Mas nada disso afasta o gosto e o prazer de estar usando um desses chinelos de couro. É a aparência junina amoldada ao conforto que ela proporciona. Igualmente se diga com relação à aparência matuta, caipira, nordestina e sertaneja. E gente há que possui uma alma nordestina tão grande que sempre usa chapéu de couro e alpercata de couro cru, mesmo nas capitais.
Contudo, não se vista mais a quantidade de vendedores de tempos atrás. No passado, essa época do ano era de ruas completamente tomadas por pessoas carregando pencas de priquitinhas. Agora são em número bem menor, mas oferecendo sempre, e a preço bom, o chinelo ao gosto da freguesia.
Será a feição junina em tempos novos que vem diminuindo suas tradições tão próprias? Também. Exemplifica-se em muitas situações, desde a ausência do autêntico forró à nudez das ruas outrora enfeitadas de bandeirolas.
Os dias e as noites juninas não são mais aquelas. As fogueiras foram praticamente esquecidas, as comidas típicas escassearam. Os fogos já não passeiam mais nos céus como antigamente. Apenas um mês. Um mês e suas priquitinhas para fazer relembrar.

Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

NA SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS 90 ANOS DA RESISTÊNCIA, O GABINETE DO POVO TEVE A HONRA DE HOMENAGEAR O PROFESSOR JOSÉ ROMERO DE ARAÚJO CARDOSO.

Por Franci Dantas

Romero é Graduado em Geografia, Especialista em Geografia e Gestão territorial e em Organização de Arquivos. É Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, pesquisador, professor adjunto da UERN e palestrante.






Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 




PASSARINHO - UM CABRA DO BANDO DE SINHÔ PEREIRA.

Acervo do pesquisador José João Souza
Ele faleceu em 1998

Marcos de Lima (Passarinho), nasceu em 22 de setembro de 1903, em Santa Cruz da Baixa Verde, na época distrito de Triunfo - PE. Entrou no cangaço em 1919, com 16 anos de idade, sob o comando de Sinhô Pereira. 

Quando Sinhô Pereira entregou o bando para Lampião Passarinho passou a integrar o grupo comandado por Cícero Costa, que agia na região de Conceição de Piancó - PB. Durante o período que esteve no bando de Cícero Costa, participou de vários encontros com o rei do cangaço, inclusive fazendo alguns ataques juntos, como o ocorrido na propriedade de José Trajano, no dia 06 de julho de 1921, no município de Conceição. 

Passarinho permaneceu no cangaço por 3 anos e 7 meses. Foi preso na cidade de Princesa Isabel - PB, em 24 de dezembro de 1923, condenado pelo júri local a 29 anos e 9 meses de cadeia. Recebendo ameaças de morte foi transferido para João Pessoa, onde cumpriu 7 anos e 9 meses na prisão. Ganhou a liberdade e foi morar em Campina Grande, depois em Pocinhos (quando conhece sua futura esposa dona Petronilha, mais conhecida por dona Pitu). 

Casa-se em Campina Grande e foi morar em Areial. Não teve filhos, mas criou um filho adotivo (Arinaldo) do qual ganhou três netos (uma mulher e dois homens). 

Em Areial, viveu por mais de sessenta anos. Faleceu no dia 15 de agosto de l998, aos 95 anos, e seus restos mortais estão no cemitério local.

Trecho extraído do livro: “Passarinho: um ex-cangaceiro de Lampião em Areial” (ainda em acabamento de autoria do pesquisador, Eudes Donato).


https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1191904237588185&set=gm.1788375318141638&type=3&theater

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

DONA DULCE - ULTIMA CANGACEIRA DE LAMPIÃO

https://www.youtube.com/watch?v=_-o6LDKiJkk

Publicado em 5 de mai de 2015
Dona Dulce - Ultima cangaceira de Lampião
Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

FÓRUM DAS ARTES - MOSSORÓ RN OS ARTISTAS PLÁSTICOS AÍRTON CILON, NAIDE BATISTA E RESPECTIVAS OBRAS.

Por Franci Dantas




Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

FÓRUM DAS ARTES - MOSSORÓ RN VALORIZAÇÃO DA NOSSA HISTÓRIA BRAVURA - LIBERDADE E RESISTÊNCIA RIO GRANDE DO NORTE UNIDO PELA ARTE.

Por Franci Dantas




Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

A GRUTA DA IMPRENSA: ILUSTRANDO UM TRECHO DE UMA CANÇÃO DE LUIZ GONZAGA.

 Por Edson Alencar

"Se apanho um casal, pros lados do Leblon, sei que vou parar na Gruta da Imprensa, viro o espelho, não falo,não vejo, vou dá meu bordejo, espero a recompensa."


O trecho acima é da canção Chofer de Praça, gravada por Gonzaga em 1950, e retrata um costume daquela década na Gruta da Imprensa: encontravam-se os namorados, havia passeios,piqueniques.


Esse cartão postal do Rio de Janeiro, situado numa curva da av. Niemeyer (esse Niemeyer não é o que construiu Brasília), deve o nome, Gruta da Imprensa, não aos arcos que sustentam o viaduto, construído em 1920 e batizado com o nome de Rei Aberto da Bélgica, visitante ilustre do Rio daquele ano, mas à mureta de concreto que delimitava a pista. E atrás da qual (ver fotos) os jornalistas esportivos cobriam as corridas automobilísticas.


Depois caiu no esquecimento. E tão esquecida estava que a 21 de abril do ano passado, quando o mar derrubou parte da ciclovia Tim Maia, justamente defronte do viaduto e da gruta, nenhum telejornal mencionou nem o nome do nobre, nem o do antigo observatório da imprensa.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

LAMPIÃO: DO INÍCIO AO FIM

Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=GkiLg3fUO4I

Uma história de vida, sofrimento e guerra no sertão. Os caminhos de Lampião como nunca foi mostrado.

O projeto

A minissérie documental em 5 capítulos irá mostrar todo o caminho traçado por Virgulino Ferreira, vulgo Lampião, desde seu nascimento até sua morte na Grota do Angico.

Mostraremos os lugares onde ocorreram as maiores batalhas, as grandes invasões de vilas e cidades, a ligação com os coronéis, com Padre Cícero e a intrincada rede de relacionamento de Lampião com seus aliados.


A série será pautada em depoimentos dos maiores pesquisadores da historiografia do cangaço e tendo como pontos de costura o maior acervo em vídeo gravado ao longo de 30 anos com remanescentes da época do cangaço como ex-cangaceiros, ex-volantes, ex-coiteiros e testemunhas oculares de suas ações.



Todo esse material foi gravado com recursos próprios até hoje. Esse rico acervo vai ajudar a uma melhor compreensão dessa que, sem dúvidas, é uma das maiores sagas do povo nordestino.


Não iremos julgar Lampião, iremos contar os fatos como aconteceram e mostrar em ordem cronológica a sua trajetória. Serão centenas e centenas de quilômetros que nossa equipe irá percorrer pelo sertão que Lampião pisou em quase todo o nordeste. Um trabalho gigantesco para podermos captar em imagens inéditas e de arquivo esse enorme ecossistema. Captação de imagens aéreas com drone, mostrando a região e fazendo o espectador ter uma ideia da geografia do lugar, pois em alguns locais a vegetação ainda é a mesma da época, em outros mudou, mas o relevo original permanece quase inalterado. Essas imagens aliadas a mapas e animações darão uma visão aproximada de como se desenrolaram os fatos e de como era difícil a locomoção das tropas e dos cangaceiros. Câmeras com estabilizadores de imagem mostrarão, de forma bem real, a visão que os ‘cabras’ tinham dentro das matas e a dificuldade de locomoção.


Qual o legado dessa minissérie? Deixar para as futuras gerações o registro em vídeo dessa importante parte da história, pois segundo Heródoto, é preciso pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro. Prepare-se para adentrar em uma história única em todo o mundo e, parafraseando Winston Churchill, uma história de sangue, suor e lágrimas. A minissérie também será transformada em um documentário longa para exibição em festivais e eventos relacionados ao tema cangaço.

Faça parte você também da realização desse documento. Contamos com sua ajuda.

Orçamento

A série será realizada segundo o cronograma abaixo:

Pré-produção - agosto a setembro/2017
Viagens e Gravações - setembro/2017 a março/2018
Edição, pós-produção e finalização - abril a junho/2018


O valor das contribuições será distribuído conforme gráfico acima:

https://www.catarse.me/lampiaodoinicioaofim

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

INVASÃO E RESISTÊNCIA - OS 90 ANOS DA DERROTA DE LAMPIÃO NO CONFRONTO COM O POVO DE MOSSORÓ – TERROR EM TERRAS POTIGUARES - PARTE III

Por José de Paiva Rebouças

Apesar do pedido do pai os cangaceiros chegaram à Fazenda Nova do coronel Joaquim Moreira, um idoso de 84 anos. Foi sequestrado por vinte contos de réis e teve a casa depredada.

Coronel Joaquim Moreira, sequestrado pelo bando de Lampião na Fazenda Nova. Fonte: Dantas (2005). - 2ª fonte da imagem: http://jotamaria-fogodacaicara.blogspot.com.br/

Quando soube do ocorrido, seu filho, Antônio Germano arregimentou uma pequena força para tentar acudir o pai. Entre Luiz Gomes e a Fazenda Nova, o herdeiro cruzou com uma volante da Paraíba no encalço de Lampião. Os grupos se uniram, mas só encontraram destroços na velha casa do coronel.

Um pouco à frente, os cangaceiros saquearam a casa grande da fazenda Bom Jardim, de propriedade de Francisco Fernandes de Oliveira. Na vizinha fazenda Diamantina, saquearam a casa de Antônio Fernandes e tomaram como guia o morador José Berto Silva.


Na fazenda Aroeiras, a mulher do coronel José Lopes, Maria José Lopes, reconheceu Massilon e foi presa como refém ao preço de 40 contos de réis. O coronel se negou a pagar o resgate. “Ela não vale 39 contos, que dirá 40”, conta Sérgio Dantas. Mesmo assim a idosa foi levada.

O cangaceiro Massilon 
Fonte da imagem: http://blogdomendesemendes.blogspot.com

No mesmo percurso, foram assaltados os sítios Panati e Juazeiro e a fazenda Caiçara. Ali, invadiram a propriedade de Francisco Tomás de Aquino, que não se encontrava. 

Antônio Dias de Aquino
 Fonte da imagem: http://jotamaria-fogodacaicara.blogspot.com.br/

Pouco depois, entraram na propriedade de Antônio Dias de Aquino, sequestrado como guia. 

Continuaremos amanhã com o título:
"Primeira resistência aos cangaceiros"

Fonte: Jornal De Fato
Revista: Contexto Especial
Nº: 8
Página: 15
Ano: 6
Cidade: Mossoró-RN
Editor: José de Paiva Rebouças
E-mail: josedepaivareboucas@gmail.com
Ilustrado por: José Mendes Pereira

http://blogdomendesemendes.blogspot.com