Licenciado em Letras e Literatura Brasileira pela Universidade de Brasília (UnB), pós-graduado em Linguagem Psicopedagógica na Educação pela Cândido Mendes do Rio de Janeiro, professor do Instituto de Português Aplicado do Distrito Federal e assessor de revisão de textos em órgão da Força Aérea Brasileira (Cenipa), do Ministério da Defesa, Luiz Serra é militar da reserva. Como colaborador, escreveu artigos para o jornal Correio Braziliense.
Serviço – “O Sertão Anárquico de Lampião” de Luiz Serra, Outubro Edições, 385 páginas, Brasil, 2016.
O livro está sendo comercializado em diversos pontos de Brasília, e na Paraíba, com professor Francisco Pereira Lima.
E-mail: franpelima@bol.com.br
Já os envios para outros Estados, está sendo coordenado por Manoela e Janaína,pelo
A chuva de
ontem é a mesma da chuva de agora, porém com outra significação, outra
simbologia, outro modo de avistá-la desde a janela ou a porta da frente. E
assim por que nos sertões de antigamente, a chuva caindo não vinha apenas com a
promessa de dias melhores, mas também com transformações naqueles instantes
molhados.
A chuva nos
sertões de ontem, ou de antigamente, parecia descendo envolta em mistério, em
magia, em encantamento. Também carregada de mito, lenda, do sobrenatural. Os
mais velhos com suas crendices, enquanto os mais jovens sempre reconhecendo na
chuvarada muito além de um simples fenômeno natural.
Também muito
se diferenciava a chuva ligeira daquela chegada como trovoada. Quando a chuva
caía sem grandes alardes na natureza, apenas como uma predisposição climática à
molhação da terra, então tudo era visto com alegria e prazer. Porém, se nuvens
negras, raios e trovões, antecedessem os pingos d’água, então um verdadeiro
deus nos acuda tomava conta de muitos.
Mesmo orando
pela chegada das chuvas grandes, mesmo todo dia implorando pela chegada de
pingo d’água, aquele sertanejo logo estremecia ante os roncos altos dos
trovões, as faíscas estridentes dos raios cortando os céus, os zunidos
aterradores que surgiam nos espaços acima das nuvens negras e carregadas. Em
instantes assim, as preces pedindo chuva se transformam em rogos de proteção,
as rezas de trovoada sem transmudam em pedidos de salvação da vida e da própria
terra.
Tal visão
concebida possui sua razão. O povo sertanejo era - e ainda continua - extremamente
religioso, tendo na fé e na máxima certeza de proteção divina as suas razões
maiores de existirem perante tantas agruras e sofrimentos causados pelas longas
e duradouras estiagens. E quando os céus acostumados ao sol escaldante de
repente se tornam enegrecidos, com trovões e relâmpagos, logo se imagina a
fúria divina ante os pecados humanos.
Logicamente
que todos desejam as chuvas fartas, as trovoadas, as enchentes, mas ainda assim
sempre temem quando os trovões e relâmpagos parecem não cessar e até ameaçar a
própria vida. As mãos se unem em orações, as portas são fechadas, todas as
luzes apagadas, restando somente os sussurros pedindo clemência. Nada que
brilhe ou reluza pode ficar sem panos cobrindo. O que se teme é que sirvam como
chamas aos raios e relâmpagos. Por isso que espelhos e panelas são recobertos
de panos ou escondidos debaixo das camas.
Mas quando a
chuva não é tempestuosa, com faíscas pelos céus e ribombos pelo ar, tudo se
transforma em encantamento. Até esperada chuva no sertão vai descendo como
verdadeiro milagre, como benção sagrada, como esperança maior de um povo. As
portas são abertas, os olhos gritam ante a terra molhada, os corações já
florescem a semente que logo será lançada a terra. Desde o primeiro bafo
subindo do chão à enxurrada que vai passando, tudo transformando a feição sertaneja.
Nos últimos
tempos, as secas persistiram trazendo mais sofrimentos. Desde mais de quatro
anos que o sertanejo olha para os céus e nada consegue avistar como esperança
boa. A seca continua implacável, o sol implacável e sem dar trégua, o calor de
fornalha esturricando corpos e plantas, ainda que pingos de chuva tenham caído
nos últimos dias. Desde a última quinta-feira que o tempo nublado de repente
faz pingar no chão. E também de repente uma chuva mais forte, mais alentada, de
escorrer pelo chão.
Noutros tempos
aqui em Poço Redondo, no sertão sergipano do São Francisco, bastava uma chuva
assim e a meninada já se danava a correr nua pelo meio da rua, a procurar
biqueiras, calçadas de cimento liso e empoçamento d’água. Era uma festa só. Mas
de vez em quando apontava uma mãe com chinelo na mão ou outra gritando da
porta: Venha pra casa agorinha mermo, seu fi da peste!
Nada que
verdadeiramente se compare ao banho de chuva. No passado a meninada corria sua
nudez sem problemas, sem olhares maldosos, deixando apenas fluir suas alegrias
pelas ruas molhadas, no riachinho que logo corria largo, por todo lugar. Mas
apenas um tempo de saudades. Hoje não se vive mais a infância como a
antigamente. O novo vai acabando com a doce meninice a cada modismo tecnológico
que surge. Infelizmente é assim.
ASCRIM/PRESIDÊNCIA
–MAGNO EVENTO DA ALAM– OFÍCIO 035/2017
MOSSORÓ (RN),
18.03.2017
CONFORME ANUNCIADO AMPLA E OFICIOSAMENTE, A ASCRIM FAR-SE-Á PRESENTE NA “SESSÃO
MAGNA” DA ALAM, HOJE EM MARTINS-RN, AS 19HS.
O
PRESIDENTE EXECUTIVO DA ASCRIM, ESCRITOR MOSSOROENSE FRANCISCO JOSÉ DA SILVA
NETO, LAMENTA NÃO PODER COMPARECER AO ANALOGÉTICO EVENTO, PLÊIADE DE
INTELECTUAIS, MAS HONRA-SE DESIGNAR A DIRETORA DE ASSUNTOS ARTÍSTICOS, MARIA
GORETTI ALVES DE ARAÚJO, PARA REPRESENTÁ-LO E ATUAR COMO DIGNA PRESIDENTE DA
ASCRIM, NAS SOLENIDADES DA ALAM, NESTA DATA.
NA OPORTUNIDADE, COMUNICA QUE A RECÉM ELEITA 2ª SECRETÁRIA DA ASCRIM, ESCRITORA
MOSSOROENSE VANDA MARIA JACINTO, EMBORA TER-SE PREPARADO PARA COMPARECER, EM
JÚBILO, JUSTIFICA SUA AUSÊNCIA POR MOTIVOS DE ORDEM SUPERIOR.
ALMEJANDO SUCESSO E PARABENIZANDO O REQUINTE DO EVENTO DA ALAM,
SAUDAÇÕES
ASCRIMIANAS,
FRANCISCO JOSÉ
DA SILVA NETO
-PRESIDENTE DA
ASCRIM
De: FRANCISCO
VIEIRA FILHO <franvieirafilho@gmail.com>
Enviado: sexta-feira, 10 de março de 2017 00:22
Para: Jubileus Jubileus
Assunto: CONVITE
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.
Fotografias:
Carlos participando de uma reunião na AMAP e ao lado de Edme Tavares nas
primeiras discussões sobre o Bicentenário de Padre Rolim (1999) Do acervo do
Jornal GAZETA DO ALTO PIRANHAS).
Faleceu nos
primeiros minutos da madrugada deste sábado, 18, em João Pessoa, onde residia,
o engenheiro cajazeirense Carlos Roberto Pereira de Souza, aos 69 anos. Ele era
engenheiro civil dos quadros do Departamento de Estradas e Rodagem da Paraíba e
advogado.
Carlos foi presidente do Rotary, no biênio 1984/85, depois de ter ocupado
várias comissões e avenidas. Quando foi residir em João Pessoa foi readmitido e
continuou prestando relevantes serviços à causa rotária.
Carlos foi aluno do velho e tradicional Colégio Diocesano Padre Rolim e
recentemente, ao lado dos colegas de turma, comemorou os cinqüenta anos de
conclusão do Curso Ginasial.
Carlos Roberto, carinhosamente chamado de Luluzinha pelos amigos, foi uma
espécie de “Primeiro Ministro” durante as últimas gestões do prefeito Epitácio
Leite Rolim, quando ocupou as pastas de Planejamento, Administração e Finanças
e prestou relevantes serviços a cidade de Cajazeiras.
Teve uma participação ativa, ao lado do Deputado Edme Tavares nas comemorações
do Bicentenário de nascimento de Padre Rolim.
Como engenheiro do DER, sempre esteve atento e vigilante aos projetos que eram
desenvolvidos naquele órgão e nos repassava as informações como andavam todos
eles, principalmente os relacionados à construção do IML, Aeroporto e mais
recentemente o do asfalto da estrada de Boqueirão.
Carlos Roberto era casado com a cajazeirense Zilmar Gomes, odontóloga, com quem
tinha três filhos Tárik (advogado), Vioska (enfermeira) e Toríbio (médico), que
teve recentemente trabalhando em Cajazeiras.
O seu corpo está sendo velado no Parque das Acácias, em João Pessoa, onde
sepultado será às 17h00 deste sábado.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.
Material do acervo do pesquisador do cangaço Antonio Corrêa Sobrinho
Na matéria
abaixo, entrevista sobre cangaço concedida ao jornal "Diário da
Manhã", e publicada no "O Estado de S. Paulo", edição de 29 de
junho de 1927, pelo professor da Faculdade de Direito do Ceará, RAIMUNDO GOMES
MATOS (não confundir com o homônimo deputado cearense), uma informação por ele
dada me causou surpresa e despertou meu interesse: a de que no município de
Aurora, Ceará, em 1927, LAMPIÃO OFENDEU GRAVEMENTE TRÊS SENHORAS CASADAS, sendo
uma delas sobrinha do major Moisés Figueiredo, este, como sabemos, na época, o
chefe das forças policiais cearenses no combate ao cangaço na região
alencarina, autoridade esta, inclusive, parente afim, na condição de cunhado,
do famoso coronel Isaías Arruda, ambos considerados, por muitos, protetores e
até fornecedores de armas e munição ao terrível e maioral bandoleiro Lampião.
Notícia de
fato esta que não me recordo ter lido em algum lugar, senão agora, neste
nonagenário texto jornalístico, que reputo de considerável valor informativo,
pois oriunda de um catedrático, o sobredito professor Raimundo Gomes de Matos,
que, segundo o site "Portal da História do Ceará", é filho do
Crato/CE, onde nasceu em 10 de outubro de 1885, que se formou em direito e
militou como advogado nos tribunais do Nordeste, alcançando fama de bom orador
e excelente criminalista. Ingressou no quadro de professores da Faculdade na
qual se formou e foi seu diretor por cerca de dez anos. Jornalista, fundou e
dirigiu “O Jornal” (1916) e colaborou assiduamente na imprensa de Fortaleza. Li
que é nome de rua em Fortaleza, não sei se procede. Não tenho a data do seu
falecimento.
Pois bem, são
informações como esta, versando sobre o que teria ocorrido no passado, que
lemos a toda hora, aqui e ali, principalmente as que nos chegam pelo conduto de
mentes presumivelmente decentes, cultas, conhecedoras das coisas e atentas aos
acontecimentos de sua era, repito, como esta que aqui trazemos para estudo,
que, quando não ratificadas ou, pelo menos, citada pela pesquisa como provável
fato, que espero não acontecer com a mencionada informação, só me levam a
desconfiar e, não raro, desacreditar no que me dizem do passado dos homens, do
que realmente, efetivamente, eles fizeram ou deixaram de fazer.
O CANGAÇO NA
ENTREVISTA DE UM CATEDRÁTICO DE DIREITO DO CEARÁ
Recife, 27 – O
professor Raimundo Gomes Matos, catedrático da Faculdade de Direito do Ceará,
entrevistado pelo “Diário da Manhã” sobre o cangaço fez as seguintes
declarações:
“O banditismo é uma instituição nacional, ao mesmo tempo que constitui uma
profissão. Os politiqueiros e mandões de aldeia são os maiores responsáveis
pelo banditismo porque armam facínoras contra os seus adversários.
Muitas vezes os bandidos, ombreados por soldados de polícia, fazem com estes
causa comum.
Lampião, hoje ferozmente perseguido na Paraíba, teve ali a sua escola de
bandidos, prestando serviços políticos a diversos chefes.
Pernambuco, Alagoas, Bahia, Ceará possuem numerosas escolas desse gênero, cujos
professores são os chefes políticos que aliciam os “cabras”.
Enquanto perdurar esse regime, podem os malfeitores ser perseguidos, mas o
banditismo existirá, ressurgindo hoje ou amanhã.
Lampião
bivacou vinte e três dias no município cearense de Aurora, a meia légua de
estrada de ferro de Baturité, nas proximidades da fronteira paraibana. Ali
curou feridos e refez as tropas.
O major Moisés Figueiredo, delegado militar de Aurora, comunicou aos seus
superiores o fato, mas nenhuma medida foi por aqueles tomada. Apenas o vigário
da freguesia, ante a absoluta falta de garantias, reuniu o seu rebanho, na
Matriz, entregando as ovelhas ao patrocínio de S. José.
Durante a sua estadia no referido município Lampião ofendeu gravemente três senhoras
casadas, sendo uma delas a sobrinha do próprio major Moisés.
Quanto à visita de Lampião a Juazeiro, o entrevistado declarou que padre Cícero
é o homem de maior prestígio pessoal do Brasil, mas de um prestígio manso e
evangelizador que representa uma verdadeira providência para o alto sertão,
onde não chega a ação do governo ou chega deturpada.
Tendo o Dr.
Artur Bernardes incumbido o deputado Floro Bartolomeu de armar mil homens para
combater a coluna Prestes, aquele parlamentar recorreu a Lampião, mandando-o
chamar. Em seguida, embarcou para o Rio, a chamado do presidente da República,
vindo ali a falecer.
Nesse ínterim, chegou Lampião a Juazeiro, mostrando ao padre Cícero a carta que
acabava de receber do deputado.
Padre Cícero, que é homem forrado de um espírito de moralidade mal
compreendida, entendeu que se prendesse Lampião, praticaria uma traição. Assim
preferiu arrostar as responsabilidades que poderiam advir.
Demais concluiu o professor Matos, padre Cícero não é governo, nem polícia para
prender bandidos. Fonte: facebook Página: Antonio Corrêa Sobrinho Grupo: Lampião, Cangaço e Nordeste
Em 17 de março
de 1995 a empresa Telecomunicações do Rio Grande do Norte - TELERN, inaugurava
o sistema de telefonia celular móvel em Mossoró. A primeira ligação foi feita
pelo então prefeito Dix-huit Rosado para o seu filho, Mário Rosado, que se
encontrava em São Paulo. O gesto marcou o início da comunicação por aparelhos
celulares em nossa cidade.
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Mais um dia
triste para a cidade de Mossoró, faleceu hoje pela manhã a professora e
radialista JACY GURGEL, uma figura muito querida na cidade. Vai aqui os
sentimentos a toda família da então professora falecida.
Jacy Gurgel
Fernandes nasceu no dia 16 de fevereiro de 1944, na cidade de Caraúbas-RN.
Filha do Dr. Sebastião Maltez Fernandes e Maria de Lourdes Gurgel Fernandes.
Ela foi a segunda filha de um parto de gêmea, Lêda, era sua outra irmã, que
faleceu prematuramente.
Aos dois anos de idade passou a residir no município de Mossoró, quando veio
com seus pais, onde nesta urbe aprendeu suas primeiras letras, estudando numa
escola particular “Jesus, Maria e José”, que ficava na Rua Coronel Gurgel, de
propriedade da professora Maria Gurgel; mais tarde passou a estudar no Colégio
Sagrado Coração de Maria, nesta época era muito estudiosa e sua grande paixão
era a língua francesa, mas a freira que ensinava tinha adoecido e Jacy passou a
lecionar a língua estrangeira, ao mesmo tempo era estudante; mais adiante foi
se profissionalizar no magistério, no Grupo Escolar Normal de Mossoró. Após que
terminou o curso, passou a lecionar na Escola Normal de Mossoró, no Colégio
Sagrado Coração de Maria, no Colégio Estadual (atualmente Escola Estadual
Jerônimo Rosado) e no Curso Pedagógico, na Universidade do Estado do Rio Grande
do Norte - UERN.
Na década de 60, formou-se no Curso de Letras, onde passou em
primeiro lugar, pela Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte – FURRN.
Ela passou muitos anos lecionando as seguintes matérias: Literatura Brasileira,
Literatura Portuguesa e Literatura Norte-riograndesse. Esta amante das letras
foi diretora do Centro de Educação Integrada Professor Eliseu Viana.
Sua ligação com o rádio iniciou no ano de 1963, quando recebeu o convite do
monsenhor Américo Vespúcio Simonetti para trabalhar na Rádio Rural de Mossoró,
assim quando foi inaugurada. Nesta Emissora ela passou a editar e a apresentar
o programa “A Rural Sua Amiga”, em substituição da radialista Socorro
Fernandes. Depois ela passou a apresentar o jornalismo na Rádio Rural; com o
passar dos anos ela saiu da Rádio e retornou novamente depois e ocupou o cargo
de diretora da programação.
No ano de 1988 ela recebeu o convite do Padre Sátiro Cavalcanti Dantas para
integrar na Rádio Santa Clara, que iria ser inaugurada neste ano. Nesta
Emissora ela foi diretora da programação, onde montou toda programação da
rádio; Jacy Gurgel chegou a produzir e apresentar nesta FM os programas: “FM Mulher”,
“Poemas e Canções”. Na Rádio FM Santa Clara ela permaneceu até o ano de 2001,
quando deixou definitivamente o rádio e, passou há dedicar seu tempo a sua
família.
Para ela o rádio é “Uma coisa mais perto do povo e é o imediatismo da
notícia.” Ela ainda foi a primeira mulher a presidir o Rotary Clube de Mossoró,
a partir do dia 07 de julho de 1995, permaneceu durante dois anos, neste posto.
A solenidade da sua posse ocorreu nas dependências do Restaurante O Travessia,
e contou com a participação de diversas autoridades.
“Cabra Marcado
para Morrer” é o melhor documentário do cinema brasileiro, de acordo com
votação da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), realizada
entre seus críticos associados e convidados.
A pesquisa
também mostrou que Eduardo Coutinho, diretor do filme lançado em 1984, é o mais
importante realizador do gênero no país, ao ter três de suas obras entre as
cinco melhores produções documentais.
“Jogo de Cena”
(2007) e “Edifício Master” (2002) ficaram em segundo e quarto lugares,
respectivamente. “Santiago” (2007), de João Moreira Salles, ocupou o terceiro
posto, enquanto “Serras da Desordem” (2006), de Andrea Tonacci, com o quinto.
“A escolha por
‘Cabra Marcado’ não é uma surpresa. O que chama a atenção é essa forte presença
de Coutinho, tão significativa que hoje podemos afirmar, sem receio, que sua
obra paira muito acima do restante da produção nacional”, analisa Paulo
Henrique Silva, presidente da Abraccine.
Outros filmes
de Eduardo Coutinho entre os 100 melhores são “Santo Forte” (1999), na 19ª
colocação, “Peões” (2004), na 33ª, “O Fim e o Princípio” (2005), na 52ª,
“Theodorico, o Império do Sertão”, no 63º lugar, “Moscou” (2009), na 80ª, “As
Canções” (2011), na 84ª.
O levantamento
é o ponto de partida para o livro “Documentário Brasileiro – 100 Filmes
Essenciais”, que será lançado no segundo semestre de 2017 pela Abraccine, em
conjunto com o Grupo Editorial Letramento.
A pesquisa
levou em consideração filmes de diversas épocas e duração. “Ilha das Flores”
(1989), de Jorge Furtado, é o curta mais bem colocado, na sexta posição. “Di”
(1977), de Glauber Rocha, chegou em nono, e “Aruanda” (1959), de Linduarte
Noronha, em décimo.
O trabalho
mais antigo presente na lista é “São Paulo, Sinfonia da Metrópole” (1929), de
Adalberto Kemeny e Rudolf Rex Lustig, em 28º lugar. Ao todo, foram citados 649
documentários nacionais.
Paulo Henrique
assinala que a pesquisa comprova um embaçamento da fronteira entre documentário
e ficção, ao surgiram filmes que nitidamente recorrem a expedientes ficcionais,
como “Branco Sai, Preto Fica”, de Adirley Queirós, e “O Céu Sobre os Ombros”,
de Sérgio Borges.
O presidente
da associação de críticos também observa a vitalidade da produção atual, com
filmes lançados recentemente já presentes na lista, em especial “Martírio”, de
Vincent Carelli, e “Cinema Novo”, de Eryk Rocha.
“O grande
número de documentários realizados nos últimos 20 anos é significativo da força
que o gênero conquistou, não só pela facilidade dos meios de produção, mas
também como fruto do interesse do brasileiro por sua cultura”, afirma Paulo
Henrique.
LISTA COMPLETA
1. Cabra Marcado para Morrer
2. Jogo de Cena
3. Santiago
4. Edifício Master
5. Serras da Desordem
6. Ilha das Flores
7. Notícias de uma Guerra Particular
8. Ônibus 174
9. Di
10. Aruanda
11. O Prisioneiro da Grade de Ferro
12. O País de São Saruê
13. Viramundo
14. ABC da Greve
15. Jango
16. Garrincha, Alegria do Povo
17. Imagens do Inconsciente
18. Estamira
19. Santo Forte
20. Janela da Alma
21. Conterrâneos Velhos de Guerra
22. A Opinião Pública
23. Martírio
24. Cidadão Boilensen
25. Entreatos
26. Maioria Absoluta
27. Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos
28. São Paulo – Sinfonia da Metrópole
29. Uma Noite em 67
30. Corumbiara
31. Elena
32. Justiça
33. Peões
…. Cinema Novo (2016)
35. A Música Segundo Tom Jobim
36. Memória do Cangaço
37. Arraial do Cabo
38. O Poeta do Castelo
39. Que Bom Te Ver Viva
40. A Paixão de JL
41. Terra Deu, Terra Come
42. Carro de Bois
43. Socorro Nobre
44. Mato Eles?
45. Lixo Extraordinário
46. A Cidade É uma Só?
47. Soy Cuba, o Mamute Siberiano
48. Os Anos JK – Uma Trajetória Política
49. Tudo É Brasil
50. Iracema, uma Transa Amazônica
51. Loki – Arnaldo Baptista
52. O Fim e o Princípio
53. Nelson Freire
54. Doméstica
…. Braços Cruzados, Máquinas Paradas
56. Dzi Croquettes
57. Brasília – Contradições de uma Cidade Nova
58. Triste Trópico
59. O Dia que Durou 21 Anos
60. Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei
61. Pan Cinema Permanente
62. Diário de uma Busca
63. Theodorico, o Imperador do Sertão
64. Os Dias com Ele
65. Um Passaporte Húngaro
66. Mataram Meu Irmão
67. Juízo
68. Pacific
…. Branco Sai, Preto Fica
70. Maranhão 66
71. No Paiz das Amazonas
72. Cássia Eller
73. Linha de Montagem
74. Nelson Cavaquinho
75. O Porto de Santos
76. O Mercado de Notícias
77. Vinícius
78. Orestes
79. Glauber, o Filme – Labirinto do Brasil
80. Moscou
…. Andarilho
82. O Céu sobre os Ombros
83. 33
84. As Canções
85. Os Doces Bárbaros
86. Já Visto Jamais Visto
…. Esta Não É a Sua Vida
88. Raul – O Início, o Fim e o Meio
89. Subterrâneos do Futebol
90. Wilsinho Galileia
91. O Tigre e a Gazela
92. A Alma do Osso
93. Hércules 56
94. Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz
95. Homem Comum
96. As Hiper Mulheres
97. Lacrimosa
98. Imagens do Estado Novo 1937-1945
99. Nem Tudo É Verdade
100. Bethânia Bem de Perto
Enquanto capitão, Salomão do Nascimento Rhem assessorou Felippe Borges de
Castro, enveredando o interior, na caça a Corisco.
O cangaceiro Corisco
Imagem posterior, de quando concorreu a deputado, pela Bahia.
Material extraído do blog: http://cangaconabahia.blogspot.com.br/2017/03/salomao-do-nascimento-rhem.html do baiano professor e pesquisador do cangaço Rubens Antonio
EM 2017,
MOSSORÓ COMEMORARÁ: 60 ANOS DE FUNDAÇÃO DO ICOP, 90 ANOS DA INVASÃO DE LAMPIÃO
E 90 ANOS DO ESTABELECIMENTO DO DIREITO DA MULHER VOTAR NO BRASIL.
Professora Celina Guimarães Viana 1ª mulher votar no Brasil
No dia 25 de
novembro de 1927, a Professora Celina Guimarães Vianna requereu ao Poder
Judiciário de Mossoró, o direito para ser incluída na lista de eleitores,
tornando-se portanto, na primeira mulher eleitora de nosso País. Este fato teve
repercussão em todo território nacional, por ter sido a primeira mulher a
adquirir o direito de votar no Brasil e a segunda na América Latina.
Benedito
Vasconcelos Mendes
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso