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sexta-feira, 10 de maio de 2013
Pedro Nél Pereira - Uma longa vida de trabalho e honestidade - dois anos de saudades!
Por: José Mendes Pereira
Pedro Nél Pereira nasceu no dia 17 de Abril de 1922, na Fazenda Duarte, município de Mossoró. Se sair de Mossoró em um automóvel, gastará no máximo 10 minutos. Era filho de Manoel Francisco Pereira (Seu Néo) e de Herculana Maria da Conceição (Madrinha Herculana, como chamava a vizinhança, e netos e bisnetos a chamavam de Mãenanana ou ainda mamãenana).
Pedro Nél Pereira
Pedro Néo Pereira nasceu e se criou na Fazenda Duarte, propriedade de Francisco Duarte (Chico Duarte), tendo sido educado por dona Chiquinha Duarte, esposa do fazendeiro. Após o seu casamento continuou sendo morador do fazendeiro, só saindo de lá quando conseguiu comprar uma pequena propriedade, no dias de hoje pertence aos herdeiros.
Chico Duarte e dona Chiquinha Duarte
São poucos mossoroenses que não conheceram Pedro Nél Pereira; costumeiramente ele organizava no mês de Outubro a festa de São Francisco, e após o leilão, o fole gemia nas noites enluaradas do Sítio São Francisco, de sua propriedade.
Pedro Nél Pereira
Nos anos 40 prestava serviços ao exército brasileiro, em Natal, quando foi convocado para participar da guerra da Alemanha, juntamente com tantos outros mossoroenses. Mas para sorte de todos, quando estavam no navio para partirem, receberam a notícia que a guerra havia acabado.
Pedro Nél Pereira
Pedro Nél Pereira foi agricultor, membro efetivo de dois Conselhos Comunitários de Mossoró, membro efetivo do Sindicado dos Trabalhadores na Lavoura de Mossoró, durante 40 anos.
Pedro Nél é o segundo da fila.
Foi fundador da Capela de São Francisco de Assis, no Sítio São Francisco e suplente vereador de Mossoró. Pedro Nél Pereira recebera por merecimento patente 2º tenente do exército.
Era pai de 16 filhos: Nilton Mendes Pereira, Francisco Mendes Pereira (já falecido), Eneci Mendes Pereira, Antonio Mendes Pereira, Maria das Graças Pereira, José Mendes Pereira, Luzia Mendes Pereira, Anzelita Mendes Pereira, Antonio Mendes Sobrinho, Raimundo Mendes Pereira (falecido), Elizabete Mendes Pereira (falecida), Maria do Carmo Mendes Pereira (falecida), Laete Mendes Pereira, Eliete Mendes Pereira, Antonia Vera Lúcia Mendes Pereira e Lúcia do Carmo Mendes Pereira.
Pedro Nél Pereira faleceu no dia 10 de Maio de 2010, em Mossoró, aos 89 anos; não deixou nenhuma intriga durante o período em que viveu. Foi compadre de trinta e um casais, incluindo os padrinhos dos seus filhos. Durante a sua vida soube considerar todos os seres humanos. Jamais fez intrigas, apenas lutava para manter amizades sinceras sem menosprezar ninguém.
Hoje, 10 de Maio de 2013, está completando dois anos que ele partiu para a eternidade. Pedro Nél Pereira era pai do administrador deste blog.
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LAMPIÃO E MARIA BONITA NA REVISTA AVENTURAS NA HISTÓRIA: ALGUNS TÓPICOS A SEREM CONSERTADOS.
Por: João de Sousa Lima
Lendo a
revista Aventuras na História, edição 118, de maio de 2013, com o título: “Amor
e Morte no Cangaço”, texto do jornalista Rodrigo Cavalcante, encontrei algumas
falhas nas informações e proponho uma análise do jornalista para uma futura
correção.
No inicio do texto falando do nome de Lampião, fala-se Virgulino e o nome certo
é Virgolino (com O). Mais abaixo falando do local onde morreu Lampião fala-se
Grota de Angico e o nome certo é Grota “do” Angico. Seguindo o texto Rodrigo diz
que na Grota Lampião viveria longos 12 anos e a verdade é que aquele dia da sua
morte era a segunda vez que Lampião e seu grupo havia ido lá. Ainda na
seqüência do texto o jornalista diz que na Grota Lampião teve tempo suficiente
para se apaixonar, viver e morrer ao lado da baiana Maria Gomes de Freire.
Primeiro o nome de Maria Bonita é Maria Gomes de Oliveira e não existe esse
sobrenome Freire. Também não foi na Grota que Lampião se apaixonou e viveu com
Maria Bonita. Eles se conheceram no povoado Malhada da Caiçara, em Paulo
Afonso, Bahia. De Paulo Afonso à Grota do Angico temo no mínimo uns 50
quilômetros de distância e ainda o Rio São Francisco dividindo os dois estados,
Bahia e Sergipe.
Quando Rodrigo cita o escritor Euclides da Cunha, que escreveu o livro “Os Sertões”,
se referindo ao texto racista que chama o sertanejo de sub-raça, o jornalista
recai no mesmo erro de Euclides por não ter feito uma análise da frase para o
pensamento atual, pois não existe sub-raça, existe a raça humana e somos todos
descendentes de uma única ramificação. O que diferenciou o sertanejo por muitos
anos do resto do povo brasileiro foi a falta de políticas públicas, assistência
dos governantes do país que levavam os recursos e as tecnologias para o sul e
sudeste, além da região ser castigada por uma quase permanente seca os recursos
governamentais não se fizeram presentes nessa terra como apoio direto. Sofremos
com a alta taxa de mortalidade infantil, tivemos precárias instituições
educacionais, ausência de postos, agentes de saúde e médicos. Vivemos muito
tempo marcados pelo estigma da violência, da fome, da sede e das injustiças.
Hoje o quadro ainda necessita de reparos, porém vivemos em um país mais
justo. Temos problemas ainda, mais estamos interligados com o mundo através da
tecnologia que uniu o mundo, com os avanços nas áreas sociais, na moda, na
produção artística, comercial e industrial. Não somos mais “nação” de homens
iletrados, não vivemos do arco e da flecha, somos parte desse mundo, somos raça
humana.
Rodrigo falando do Sertão, das fronteiras do nordeste, diz que a cidade de
Paulo Afonso faz fronteira com alguns estados e entre eles com a Paraíba. Faz
fronteira com Pernambuco, Sergipe e Alagoas, aonde se chega com poucos minutos
de viagem, o estado paraibano está há muitos quilômetros de distância. Seguindo
Rodrigo diz que Lampião se engraçou por Maria “Da Déia” e na verdade o apelido
correto é Maria “De Déia”. Quando o jornalista cita o nome do ex-marido de
Maria Bonita ele o chama de Zé Nenê e o nome certo é Zé De Nenê.
Falando do primeiro encontro entre Lampião e Maria Bonita Rodrigo diz que o
cangaceiro deixou 15 lenços para Maria bordar com seu nome. Na verdade não se
tem essa quantidade em nenhum dos depoimentos deixados por quem presenciou a
cena. Antônia Gomes de Oliveira, irmã de Maria Bonita, foi uma das
que se encarregaram dos bordados e nunca citou essa quantidade de lenços, em
todos os seus informes ela sempre dizia: ...”Alguns Lenços”!
Na página 32 Rodrigo faz uma análise sobre as vestimentas dos cangaceiros.
Citando o chapéu ele diz que tinha a aba da frente levantada e na verdade as
duas abas são levantadas. Na apreciação número 6 falando da jabiraca, que
é o lenço que os cangaceiros e cangaceiras usavam, o jornalista coloca a
palavra cartucho e nunca ouvi nenhum depoimento que na jabiraca iam cartuchos,
os cartuchos iam nas cartucheiras e ainda em bornais e também nunca ouvi
nenhum remanescente ou pesquisador afirmar que a jabiraca servia de coador. A
jabiraca era uma peça de enfeite dos cangaceiros e era fechada ao pescoço por
grossas alianças e anéis de ouro. No item 10 Rodrigo diz que Maria Bonita tinha
uma luva com as inicias M.O.S.- Maria Oliveira da Silva. No início do capítulo
Rodrigo tinha dito que o nome de Maria Bonita era Maria Gomes de Freire, por
duas vezes ele errou o nome de Maria Bonita, o verdadeiro nome dela é Maria
Gomes de Oliveira.
Quando o repórter fala do cangaceiro Vinte e Cinco diz que o verdadeiro nome
dele é José Alves de Barros e na verdade é José Alves de Matos. Ele ainda
encontra-se vivo e lúcido e pode tirar essa dúvida, já estive por diversas
vezes com ele em Maceió e além de ser uma pessoa luzente conta a história
em seus detalhes.
Discorrendo sobre o armamento usado pelas mulheres no cangaço o jornalista diz
que elas usavam revólveres 28 e 32. Eu nunca ouvi falar desse calibre 28 em
revólver. O mais provável seria 38.
Na página 36 Rodrigo incorre novamente no erro de falar Grota de Angico e o
certo é Grota “DO” Angico. Seguindo ele chama o coiteiro Pedro Cândido e
na verdade é Pedro de Cândido, como foi vinculado nos noticiários da época e
que como se dirigem os amigos de Pedro sempre que ele é lembrado. Alguns
parentes do Pedro afirmam que seria Pedro de Cândida, pois Cândida seria a mãe
do coiteiro.
Se referindo as mortes na Grota do Angico o repórter fala que foram onde
pessoas e na verdade foram 12 os mortos daquele dia 28 de julho de 1938.
Morreram 11 cangaceiros, sendo 09 homens e 02 mulheres e um soldado chamado
Adrião Pedro de Souza.
Narrando sobre
as cabeças Rodrigo diz que elas permaneceram no Instituto Nina Rodrigues até
1962 quando foram enterradas e na verdade as cabeças foram enterradas em
1969, mais precisamente no dia 06 de fevereiro.
O repórter diz que Corisco foi morto quando estava se preparando para se
entregar, aproveitamento a Lei de anistia promulgada por Getúlio Vargas. Nunca
passou pela cabeça de Corisco se entregar, ele estava em fuga com sua
companheira Dadá, próximo a Barra do Mendes e foi seguido e cercado pela
volante do tenente Zé Rufino. Não houve troca de tiros por que Corisco estava
aleijado dos dois braços em decorrência de um tiro sofrido em um dos combates
acontecidos em Sergipe. O intuito do tenente Zé Rufino foi de se apoderar do
dinheiro e das jóias em ouro que o casal transportava na fuga.
Paulo Afonso
08 de maio de 2013
João de Sousa
Lima
Historiador e
Escritor
Membro da
ALPA- Academia de Letras de Paulo Afonso.
Membro do
GECC- Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará.
Biógrafo de
Maria Bonita.
Autor de 10
livros dos quais seis sobre o cangaço.
Enviado pelo o autor do texto: João de Sousa Lima
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
PROFESSOR ROMERO CARDOSO LANÇA "TEXTOS VIVOS"
O escritor
José Romero Araújo Cardoso está lançando o livro “TEXTOS VIVOS E REVERENCIADOS
DE UM IMORTAL NORDESTINO”, cujos textos foram organizados pela escritora
Marinalva Freire da Silva.
Romero é um
dos mais consagrados escritores e pesquisadores do Nordeste brasileiro. Tem se
dedicado com afinco em pesquisas de grandes personalidades culturais,
educacionais, empresariais do Brasil inteiro.
Marinalva escreve sobre a obra o seguinte: “Romero tem uma vida dedicada à pesquisa, é um estudioso assíduo da cultura e dos costumes nordestinos, principalmente de Mossoró, cidade que o acolheu como filho. Temas como Lampião, Luiz Gonzaga, Josué de Castro, lendas e folclores da região, cordel, Guerra dos Canudos, Padre Cícero do Juazeiro, aboio, seca entre outros são uma constante nos seus escritos”.
FONTE: http://www.carlosescossia.com/.
Enviado pelo pesquisador do cangaço capitão Alfredo Bonessi.
Adauto da Câmara - Parte I
Adauto
de Miranda Raposo da Câmara
De 1895 –
Nasceu em Mossoró, Adauto Miranda Raposa da Câmara. Bacharel em direito,
jornalista, professor, diretor de A República, deputado estadual, chefe de
Polícia, fundador do Colégio Metropolitano, no Rio de Janeiro. Historiador dos
mais ilustres do Rio Grande do Norte. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 17 de
outubro de 1952.
Advogado,
político, jornalista, educador e historiógrafo, nasceu a 14 de março de 1898,
no Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte. Foram seus pais Teódulo Adolfo
Soares da Câmara e Áurea Augusta Miranda da Câmara. Viveu os primeiros anos de
sua vida em Mossoró e São José de Mipibu.
Em 1907, sua
família transferiu-se para Natal, onde seu pai passou a exercer suas funções
como professor público. Dois anos mais tarde, o jovem Adauto Câmara
matriculou-se no Ateneu Norte-Riograndense, ali fazendo seus estudos básicos.
E, era ainda muito jovem quando se tornou funcionário dos Correios, na capital
potiguar.
Aos 22 anos,
seguindo os passos de seu pai, ingressou no magistério público estadual,
passando a lecionar História do Brasil, no Ateneu Norte-Riograndense. Por esse tempo,
já era aluno da tradicional Faculdade de Direito do Recife, onde se diplomou em
Ciências Jurídicas e Sociais, na turma de 1925. Volvendo ao Rio Grande do
Norte, passou a servir ao Governo José Augusto. E, ingressando na política,
elegeu-se deputado estadual para a legislatura de 1924-1926.
Parlamentar
atuante e homem de reconhecida cultura jurídica, reeleito, em 1928, renunciou
seu mandato para ocupar o cargo de Chefe de Polícia, durante o Governo Juvenal
Lamartine, no qual, posteriormente, foi Diretor da Imprensa Oficial (1930). Era
ainda muito jovem, quando iniciou no jornalismo. De colaborador, tornou-se
diretor d‘A Liberdade’ (1915-1916). Em 1917, participou da fundação do jornal ‘A
Nota’, que teve vida efêmera. Três anos mais tarde, participou da redação da
Revista do Centro Polimático. Inteligência fértil fundou ‘A Ordem’ (órgão do
Grêmio Literário Pedro Velho), redigiu ‘A Imprensa’ e foi ainda diretor e
redator de ‘A República’.
Em 1930,
eclodindo a Revolução, afastou-se do Rio Grande do Norte, fixando-se no Rio de
Janeiro, onde adquiriu “um colégio a beira da falência, no Méier,
transformando-o, graças à sua vocação e operosidade, num dos melhores
estabelecimentos de ensino médio da época: O Colégio Metropolitano”.
Intelectual de escrupulosa honestidade escreveu diversos artigos históricos,
realizou várias conferências e durante muito militou na imprensa carioca.
Sócio
correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
pertenceu à Academia Norte-Riograndense de Letras, onde ocupou a cadeira número
um, que tem como patrono o Padre Miguelinho, da qual foi seu fundador. Faleceu
no Rio de Janeiro, no dia 17 de outubro de 1952. Publicou o livro ‘História de
Nísia Floresta’, além dos seguintes estudos: ‘História da Revolução de 1817 no
Rio Grande do Norte’, ‘O Culto de baraúna’, ‘O Rio Grande do Norte na Guerra do
Paraguai’, ‘Câmara e Miranda Henriques’, ‘D. Manoel de Assis Mascarenhas’, ‘O
Padre João Manoel’, ‘O Último Senador do Império pelo Rio Grande do Norte’,
‘Amaro Cavalcanti’, ‘Henrique Castriciano’ e ‘Serões Genealógicos’.
De sua pena,
postumamente foram publicados os livros ‘Como Caiu a República Velha no Rio
Grande do Norte’ e ‘Diversos e Dispersos’ (2000). Este último reúne alguns dos
estudos acima citados. Era casado com a senhora Wanda Zaremba, de ascendência
polonesa, de cuja união nasceram dois filhos: Mário e Henrique.
Continua...
Continua...
Enviado pelo pesquisador:
José
Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo - Mossoró-RN
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