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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O TRE decide retirar por enquanto a coroa da rainha do Rio Grande do Norte Doutora Rosalba Ciarlini

Por José Mendes Pereira


"Mossoró quando não é administrada por Rosado de calça, é administrada por Rosado de Saia".

Crispiniano Neto

A coroa do governo do Rio Grande do Norte saiu ontem da cabeça que não pensou antes, e que segundo as acusações contra a governadora Rosalba Ciarlini Rosado, prejudicou a campanha da Larissa Rosado, que era candidata a Prefeita Municipal de Mossoró. As pesquisas indicavam que ela ganharia com uma enorme maioria.

Estas acusações contra a governadora do Rio Grande do Norte deixaram a população de Mossoró triste, vez que jamais político nenhum chegou a ser tão admirado quanto a Rosalba Ciarlini.

Governadora do RN afastada - Rosalba Ciarlini

Rosalba Ciarlini foi prefeita da cidade de Mossoró por três mandatos, e bem administrados. Senadora, e agora governadora do Rio Grande do Norte, o maior cargo político de um Estado. Querida por todos os mossoroenses, mesmo pelos seus adversários, que não misturam o respeito por ela em razão da política.

 Prefeita de Mossoró cassada - Cláudia Regina

Rosalba Ciarlini foi vitoriosa na campanha municipal de Mossoró, quando apoiou a Cláudia Regina, tirando o pão da boca de uma mossoroense, para alimentar a fome política de uma cearense, lá da cidade de Aracati. 

 Deputada Larissa Rosado

Mas a única prejudicada foi a Larissa Rosado, que fez os seus gastos pessoais, tentando assumir a administração municipal de Mossoró, e com sabotagens feitas por políticos desmerecedores de elogios, tomaram na raça e na marra (segundo as pesquisas), o direito de quem realmente merecia ocupar o cargo de Prefeito de Mossoró. O certo é que a Drª. Rosalba Ciarlini traiu o seu próprio sangue. Prima legítima da mãe da Larissa, mas fez de tudo para eleger uma cearense e prejudicar a sua parenta. 


Desde os tempos do patriarca da família "Rosado" Jerônimo Rosado Maia, que Mossoró vem sendo administrada por esta prole de nome e renome, e só perdeu o poder em 1968, quando o então afamado político do Rio Grande do Norte,

 Aluísio Alves

o ex-governador Aluísio Alves, com força, com raça, com estratégia e sabedoria, tomou o poder da família Rosado, entregando-o a Antonio Rodrigues de Carvalho, um cidadão de Capim Macio, lá das terras de Upanema, no Estado do Rio Grande do Norte.

 Ex-prefeito de Mossoró Antonio Rodrigues de Carvalho  

E agora Drª. Rosalba Ciarlini Rosado, como a senhora irá se defender das acusações?

Eu também fui  um dos seus eleitores, tantas vezes que a senhora foi candidata. Saiu de um grupo "Rosado" para apoiar outro grupo Rosado, e que todos fazem partes do seu "Jerônimo Rosado Maia".

Por que apoiou uma cearense quando a Dª. sabe que "Rosado" é merecedor de elogios e respeitos?  Deveria ter conservado, que há 45 anos, quem mandava em Mossoró era "Rosado".

A senhora traiu feio os seus familiares. E agora! Está sem coroa de rainha do Rio Grande do Norte, sem apoio e sem uma parte dos "Rosados". 

Aluísio Alves tomou o poder dos "Rosados" e entregou a Antonio Rodrigues de Carvalho, mas ambos não eram mossoroenses. A drª. que é mossoroense  e  também  "Rosado",  deixou  os "Rosados" com o fel, e entregou o mel  a uma abelha de outra colmeia.

A Drª. Rosalba Ciarlini não era para ter apoiado a Cláudia Regina como candidata a prefeita de Mossoró, e ter reconhecido o respeito que o povo de Mossoró tem por ela. E deveria ter dito ao seu partido: "-Eu tenho muita consideração a Cláudia Regina, mas tenho mais consideração a população de Mossoró do que a Cláudia Regina. Por isso eu não a apoio como candidata a prefeita da minha cidade". 

Sobre a sua administração o que fez e o que deixou de fazer, não é justo que se julgue, porque cada um sabe o lugar certo que o sapato aperta. E nós que somos administradores de nossos lares, sabemos muito bem que administrar não é tão fácil assim, vez que em nossas casas faltam recursos necessários para mantermos nossas famílias. Imaginamos como será difícil manter um Estado em ordem, ou até mesmo um país. Mas em relação a derrota que a Larissa sofreu, quando as pesquisas davam vitória a ela, é justo que o TRE faça a sua fiscalização.

A Drª. já fez o que tinha de fazer, e nem por isso devemos condená-la. A justiça é quem é responsável, e anunciará ao povo do Estado do Rio Grande do Norte, se a senhora errou ou não. E não devemos esquecer o que de bom a senhora fez para Mossoró, quando era prefeita. Muitas coisas boas  a senhora fez para o povo sofrido desta cidade.

Nesse momento de acusações, a melhor opção, "é solicitar a sua aposentadoria". Chega de política, politicalha ou política acanalhada! 
O nome "Rosado" tem que ser destaque em Mossoró, na política ou independente de política.


Minhas Simples Histórias 

Fonte:

http://minhasimpleshistorias.blogspot.com 
http://sednemmendes.blogspot.com

PADARIA ROYAL

Por Clerisvaldo B. Chagas, 11 de dezembro de 2013 - Crônica Nº 1103


A Rua Antônio Tavares tem nome do panificador Seu Tavares que negociava no Comércio. Morreu de desgosto ao passar três dias trancado onde residia ao ser desmoralizado pelo soldado Artur (O Boi, a Bota e Batina, História Completa de Santana do Ipanema). Contam que algumas pessoas pobres, querendo desconto, perguntavam quanto custava um pão. Seu Tavares respondia. O cliente insistia na pergunta indagando: “E dois, Seu Tavares?”. O homem tornava a responder, irônico: “Tá o besta! Tá o besta! Dois é mais!Seu Tavares era pai do deputado estadual, santanense Siloé Tavares, um dos invasores ao palácio no caso do Impeachment, governador Muniz Falcão. Em Santana estava entre os fundadores do bloco carnavalesco “O Bacalhau”, juntamente com Seu Carola e, nunca falou em vingança.

 Centro de Santana do Ipanema

Talvez no mesmo lugar ou vizinho, surgiu a Padaria Royal, de ares modernos, comandada pelo empresário Raimundo Melo. A Padaria Royal na época era a grande sensação de Santana. Várias qualidades de pães surgiam como novidades, como o pão Roberto Carlos e o Pão Recife. As bolachas tipos cream-cracker eram vendidas em latas ricamente decoradas. Ao chegar o final de ano o freguês recebia como brinde um Pão Recife em forma de jacaré. Por se situar no comércio a padaria que também ficou conhecida como padaria de Raimundo, era frequentada naturalmente pela elite santanense. Raimundo Melo, cidadão que morava à Rua Nova, era sério, introvertido e homem de bem. A padaria Royal atravessou décadas em Santana sob o seu comando que ao se mudar para a capital, deixou em seu lugar Manoel Melo, cidadão moldado na escola pessoal e trabalhista do antecessor. Muitos anos após do início do comando, Manoel Melo, que também ficou conhecido como Mané da Padaria, foi acometido de um derrame que o deixou em recuperação difícil. Na luta diária que ainda enfrentou, ontem não resistiu ao chamado do pai maior.

Manoel Melo, apesar de comedido, prestou relevantes serviços a Santana do Ipanema, além de escrever seu nome na história das panificações e evoluções das massas no município. Evolução que vem de antes de Raimundo com o singelo costume de deixar os pães em sacolas penduradas às portas dos clientes.

Não conheci Seu Tavares, mas fico feliz em ter conhecido Raimundo e Manoel, cujo estabelecimento continua em outro ponto com o mesmo nome romântico do passado: PADARIA ROYAL.



http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2013/12/padaria-royal.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

AGORA, NESTE MOMENTO...



Por Rangel Alves da Costa*

Agora, neste exato momento, o segundo avança e o tempo já não é mais aquele de um segundo atrás. Eis o calendário de tudo, um grão, poeira e pó na mais voraz ventania.

Eis que agora tanto e tudo acontece. O tempo não para, já disse o poeta. E acontece, e corre, e não se cansa de acontecer. Basta o instante da letra e algo acontecendo, e agora já acontecido.

Muita coisa aconteceu no tempo da escrita do parágrafo acima. Eis que os acontecimentos inesperados não surgem com hora marcada. Também a normalidade da vida é feita numa sequência de instantâneos.

Não importa o que já passou no segundo atrás. Por mais que o imaginário se ponha a presumir, ainda assim jamais alcançará um centésimo daquilo já ocorrido. Talvez restem as consequências, mas já passado, ainda que há um segundo. Três agora.

O que importa é o agora, o momento presente, o já. Sim, este instante do teclado, do pensamento, da escrita. Sim, neste exato momento o inimaginável ocorre nas proximidades ou na mais longínqua das distâncias.

Aqui uma coisa, ali outra, mais adiante uma bem diferente, mas tudo ocorrendo, acontecendo. Nada estático, parado, esperando o instante seguinte. Tudo apressado, avançando, rompendo o momento. Sendo.
Eis que a morte pode ensaiar seu instante a vida inteira; uma enfermidade se prolongar pelo corpo; a fraqueza ir se acumulando dia após dia; o sopro de vida se tornando cada vez mais a brisa em viagem. Porém há um instante fatal. Único.


Eis que a vida humana caminha em percurso desde a concepção. A semente no útero, a gestação, o desenvolvimento até o nascimento. Já há vida, já há pulsação, já há um ser humano, mas falta nascer, vir ao mundo. E haverá um instante que o choro será ouvido.

Eis que daí em diante, na normalidade das coisas, há um período de infância, de adolescência, de maturidade e de velhice. Ou de outra criancice. Mas cada passo nessa estrada não está representado nem pelo tempo no relógio ou do calendário ou pelos dias vividos, e sim no pulsar da própria existência.

O ser humano vive, mesmo imperceptivelmente, em constante mutação, agindo e se transformando. O pensamento, a ação, o passo, o fazer, tudo faz parte de um processo que no todo se chama vida. Daí a importância do instante de tudo, do tocar, do olhar, do perceber, do agir.

Tudo muda, mas a partir do instante. E tudo não passa de uma conjunção de instantes. O todo, porém, depende da ação num determinado instante, quando tudo poderá passar a ter outro norteamento. O que haveria de ser, de repente já não mais será.

Que ninguém duvide: o instante é decisivo em tudo; é o momento primordial. Ele não só se perfaz no seu próprio instante, como permite o instante seguinte. Não há, pois, garantia de momento posterior, vez que tantas vezes ocorrer ser o último da existência.

Daí a importância deste momento, do já, do agora. Neste instante escrevo, firmo esta palavra. Neste momento a lua daqui está escondida noutro lugar; a noite ensolarada de agora talvez esteja chuvosa noutro local; tanto calor aqui e tanto frio ali; há alguém acordando e outros querendo adormecer.

Sim, alguém nascendo agora; alguém morrendo agora. Agora também, no exato instante, um choro de criança e um choro de dolorosa despedida; o instante de um gatilho apertado, de um cometa se despedaçando, de uma onda batendo na pedra do cais.

Alguém diz sim, alguém diz não; uma mão sobe aos olhos para limpar a lágrima, um sorriso numa boca. O instante do beijo. Pessoas estão se beijando agora. E tantos lábios ressequidos de solidão.

Eis o instante. Aqui uma saudade. E em você? 

Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com 

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