Fato humorístico se deu durante uma festa de Senhora Santana, já apresentada aqui há muito tempo. Durante os festejos à padroeira, Santana do Ipanema ficava repleta de bazares, bancas de lanches, parque de diversão e um sem número de bancas de jogo. Jogos de todos os tipos, principalmente de bozós (dados) com estampas de seis bichos. Era a parte profana da novena ocupando toda a extensão defronte à Matriz, o Largo da Feira e a Rua Tertuliano Nepomuceno onde ficavam as bancas de jantares, os forrós e as cantorias de viola. Por trás do “sobrado do meio da rua” nos fundos das casas comerciais de Manoel Constantino, Arquimedes e Abílio Pereira, onda, curre (carrossel) e balões coloridos se equilibravam na saída,ganhando os céus. Banda de música, foguetório e ‘carro de fogo” animavam o orgulho santanense.
PROCISSÃO EM SANTANA DO IPANEMA, 2020. (CRÉDITO: SERTÃO NA HORA
Ao iniciar a missa as atividades profanas paravam e aguardavam o término da solenidade para, então, reiniciar o furdunço que não tinha hora para acabar. Inúmeras atividades amanheciam o dia, entre elas, músicas e mensagens de amor transmitidas pelo alto falante do parque entre o ronronar da roda gigante.
Como o padre Bulhões estava doente, fora substituído por um vigário de Viçosa fanático por jogo. Em uma daquelas noites, passava da hora de iniciar a missa e a igreja lotada. O sacristão também era viciado em bebida e jogo, chamado Caiçara (que foi volante e matou o pai do futuro Lampião sob o comando de Lucena). Caiçara foi chamar o padre que estava numa banca de jogo. O padre dizia: “Vou já Caiçara, vá tapeando o povo”. Após três viagens para chamar o sacerdote: “Padre, o povo está agoniado, pensa até que o senhor também adoeceu. Já passa de meia hora de atraso”. E o padre de Viçosa, abusado com a insistência do sacristão, disse para ele: “Caiçara, se o povo de Santana do Ipanema soubesse o quanto vale a missa celebrada por mim e auxiliada por você, não ficava um só fiel dentro daquela igreja!”.
·O caso do padre foi repassado pelo saudoso mestre de obras, conhecido como Mané de Toinho.
Casal de escritores senhora Elane Marques e Dr. Argimedes Marques.
30 de agosto
de 2017, recebi na minha casinhola o livro que tanto os pesquisadores,
escritores, leitores do cangaço e eu, esperávamos, com o título “LAMPIÃO E O
CANGAÇO NA HISTORIOGRAFIA DE SERGIPE” VOLUME I (os volumes II, III, IV e V
serão lançados posteriormente), escrito pelo pesquisador do cangaço Dr.
Archimedes Marques um dos mais competentes com suas pesquisas sobre o movimento
social dos cangaceiros.
Além deste,
recebi também o livro "SILA DO CANGAÇO... AO ESTRELADO" escrito pela
sua esposa, a escritora e pesquisadora do cangaço Elane Marques.
Agradeço aos nobres escritor e pesquisador do cangaço Dr. Archimedes Marques e a sua esposa senhora Elane Marques por sempre
lembrar deste estudante do cangaço e da minha humilde estante, que aos poucos,
está aumentando os seus hóspedes.
Os
interessados pelos livros citados é só entrarem em contato com o escritor Dr.
Archimedes Marques através deste e-mail: archimedes-marques@bol.com.br, que
serão atendidos imediatamente.
Aos autores o meu
agradecimento e continuamos o blog e eu ao inteiro dispor dos senhores.
Você os encontrará com o professor Pereira através deste e-mail:
O Livro Terra de Brava Gente narra a história da cangaceira Dulce.
o autor João de Sousa Lima reencontrou em Paulo Afonso a dona Maria Cícera,
irmã de Dulce e que há mais de 60 anos não se viam, o historiador fez o encontro
das duas e por essa ação acabou sendo privilegiado com uma entrevista com
Dulce, pois ela não dava entrevistas.
Para adquirir a obra:
João de Sousa Lima 75-988074138 ou
joaoarquivo44@bol.com.br
O cantor e
compositor capixaba iniciou sua carreira em 1968, no Rio
de Janeiro, lançando um compacto com o sucesso Última Canção. O disco
obteve sucesso imediato e vendeu 60 mil cópias em apenas três semanas,
transformando seu intérprete num fenômeno de vendas. A despeito da curta
carreira, Paulo Sérgio lançou treze discos e algumas coletâneas, obtendo uma
vendagem superior a 10 milhões de cópias, em apenas 13 anos de carreira.[1] Paulo
Sérgio foi um cantor que nunca conheceu o fracasso e não teve fase de
decadência. Ele teve uma morte prematura, aos 36 anos, em decorrência de um derrame cerebral.
Primeiro filho
do alfaiate Carlos
Beath de Macedo e de Hilda Paula de Macedo, Paulo Sérgio, se não tivesse
manifestado desde cedo o intento de tornar-se músico profissional, talvez teria
se realizado como alfaiate, haja vista que aos dez anos frequentava a
alfaiataria do pai, aprendendo os primeiros segredos da agulha e da tesoura.
Porém, a veia artística já se desenhava cedo. Aos seis anos de idade, quando em
sua cidade natal Alegre-ES, apareceram as caravanas de artistas de emissoras de
rádio do Rio de Janeiro, Paulo Sérgio participou, ao fim do
espetáculo, de um mini-concurso de calouros. Foi escolhido o melhor dentre
vários concorrentes, passando a ser requisitado como atração especial em todas
as festinhas da pequena Alegre.
Ao chegar no
Rio de Janeiro, para onde a família se mudara em meados dos anos
50, a trajetória do menino Paulo ganhou uma nova conotação. Estudou
no Colégio Pedro II e morava em Brás
de Pina, na zona norte carioca, quando terminou o ginásio. Aos 15 anos, foi
trabalhar em uma loja no bairro de Bonsucesso.
Coincidência ou não, era uma loja de discos e eletrodomésticos, chamada “Casas
Rei da Voz”. Como tocava bem violão, logo os amigos o incentivaram e Paulo
Sérgio começou a mostrar suas composições.
Os anos
60 sacudiam a juventude e Paulo Sérgio fez seu batismo no
programa Hoje é Dia de Rock, comandado por Jair de Taumaturgo, o mais badalado entre os
jovens do Rio. Posteriormente, passaria ainda por muitos outros programas de
calouros, como o Clube do Rock, do compositor Rossini
Pinto, onde muitos outros ídolos que iriam formar o pessoal da Jovem
Guarda se apresentaram. Em 1966, no filme Na Onda do Iê-iê-iê, Paulo Sérgio aparece como
calouro do apresentador Chacrinha, cantando a canção Sentimental Demais,
de Jair
Amorim e Evaldo Gouveia, grande sucesso na voz de Altemar
Dutra.
Em 1967, uma nova e
grande oportunidade de Paulo Sérgio surgiu, quando um amigo seu foi convidado
para realizar testes na gravadora Caravelle, do empresário Renato Gaetani.
Paulo, então, prontificou-se a acompanhar o amigo ao violão, que infelizmente
não teve sorte. Porém, durante o teste, Alvaro Menezes, integrante do conjunto
Os Selvagens e que era responsável por descobrir novos talentos da Jovem Guarda
para a Caravelle, constatou que Paulo Sérgio também cantava e manifestou
interesse em ouvir algumas de suas composições.
Alvaro
assegurou a Renato Gaetani, seu tio, que Paulo Sérgio seria sucesso absoluto e
assim, um contrato foi prontamente assinado. Mas o sucesso veio mesmo antes de
gravar. Alvaro o levou várias vezes ao programa Haroldo de Andrade na TV
Excelsior e o auditório vinha a baixo ao ouvi-lo cantar
"Benzinho" que ainda nem havia sido gravada.
Paulo Sérgio
tornou-se muito amigo de Alvaro a quem pedia conselhos sobre os mais diversos
assuntos, até mesmo sobre a compra de seus dois primeiros carrões, um Mustang e
um Cadillac presidencial. Na época, o
motorista de Paulo Sérgio era Tony
Damito, o qual tempos depois, também gravou um disco com a ajuda de Paulo
Sérgio e Alvaro.
Após alguns
dias, Paulo Sérgio gravou um compacto
simples, que continha as músicas Benzinho e Lagartinha.
Entretanto, a sua afirmação definitiva deu-se com o lançamento, em 1968, do
primeiro disco, denominado Paulo Sérgio - Volume 01,
que, alavancado pelo grande sucesso Última Canção, vendeu mais de 800.000
cópias. Paralelo ao sucesso meteórico de Paulo Sérgio, surgiu a acusação de que
ele era um imitador do cantor Roberto
Carlos, então ídolo inconteste da juventude, dada a semelhança do seu
timbre vocal. Como contrapartida, naquele mesmo ano Roberto Carlos lançaria o
álbum O Inimitável. Ainda em 1968, Paulo Sérgio se defende
sobre as acusações de mero imitador e, em entrevista ao radialista Antônio
Aguillar, admite ser fã de Roberto, que estava somente buscando seu lugar no
cenário musical brasileiro e que seu timbre de voz ser parecido com o de
Roberto Carlos era uma simples coincidência.
Já no final da
década de 1960, com o fim do movimento Jovem Guarda, foi contratado exclusivo
por Silvio Santos para integrar o elenco fixo de
cantores do extinto programa Os Galãs Cantam e Dançam. Apesar de nunca ter
pisado no palco do Programa Jovem Guarda, chegou
a se apresentar com Roberto Carlos nos Galãs, pois Roberto, que na época
não era contratado por nenhuma emissora, também era convidado de Silvio Santos.
Do sucesso
inicial advieram propostas para que Paulo Sérgio ingressasse numa grande gravadora.
Em 1972, este
assinaria um vultoso contrato com a Copacabana, o qual, em razão das cifras
envolvidas, foi considerado o maior acontecimento artístico daquele ano. Por
conta disso, muda-se definitivamente para São Paulo, terra que ele adotou como
sua. Pelo selo Beverly, Paulo Sérgio lançaria, ao todo, oito álbuns.
Em 1972, Paulo
se casa em segredo com Raquel Telles Eugênio, filha de ricos fazendeiros da
pequena cidade de Castilho, interior de São Paulo. Naquele mesmo ano assina um
contrato milionário com a gravadora Copacabana e muda-se definitivamente para
São Paulo, terra que ele adotou como sua e que alcançou uma enorme
popularidade, assim como no Rio de Janeiro.
Seguiram-se os
sucessos no decorrer dos anos como: Desiludido (Carlos Roberto) , Agora Quem
Parte Sou Eu, composição de Demétrius, Índia (versão de José Fortuna) ,
Máquinas Humanas (Clayton), Minhas Qualidades Meus Defeitos (Paulo Sérgio e
Carlos Roberto), entre outros.
Em 1974, nasce
seu filho Rodrigo e em 1975 Paulo Sérgio estoura com o sucesso: Quero Ver Você
Feliz (Paulo Sérgio e Carlos Roberto), composta especialmente por conta do
nascimento da criança.
Seguem-se mais
sucessos como Amor Tem Que Ser Amor (Manoel Nenzinho e Cassiano Costa), que
rendeu até uma participação no extinto Programa Globo de Ouro da Rede Globo em
1976. Em 1977, Paulo estoura com o LP Volume 11, uma espécie de disco acústico
gravado em estúdio e que seria um dos lps mais vendidos de sua carreira. É
também a partir deste ano que a parceria nas composições entre Paulo Sérgio e
Carlos Roberto, aumentam. Sucessos como: Eu Te Amo Eu Te Venero, Você Pode Me
Perder, Minha Decisão, Como Me Arrependo, todas compostas por Paulo Sérgio e Carlos
Roberto, Bodas De Prata (Roberto Martins e Mário Rossi), ecoam nas rádios de
todo Brasil. Vale destacar que todas as 12 faixas deste LP, fizeram sucesso. No
ano de 1978, após muitas desavenças, Paulo desquita-se de sua esposa. Compra
uma chácara na cidade do interior paulista de Itapecerica da Serra e decide
isolar-se da vida artística. No início de 1979, Paulo ainda lança o lp Volume
12 com os sucessos: Pra Ela, Eu Te Amava Eu Te Queria, O Trapo, Nos Braços
Teus, Se O Mundo Acabar, todas compostas pela dupla. Logo após esse lançamento,
permanece quase um ano e meio sem fazer shows, gravar discos ou qualquer tipo
de aparição pública.
Até que em
janeiro de 1980, Paulo Sérgio resolve retomar sua carreira, fazendo uma série
de shows Brasil afora, principalmente pelo nordeste.
Em maio de
1980, Paulo grava aquele que seria seu último LP em vida, intitulado Volume 13.
Sucessos
começam de imediato a despontar como: O Que Mais Você Quer De Mim (Meirecler e
Manoel Pinto) e Coroação (Dino Rossi).
No dia 27 de
julho de 1980, Paulo tem uma gravação agendada nos estúdios da TV Bandeirantes
em São Paulo no programa Hora do Bolinha do apresentador Edson Cury. Paulo
canta em playback dois números de seu mais recente disco e se retira dos palcos
timidamente.
Lá fora, na
saída do Teatro Bandeirantes acontece um incidente que fora o pedestal para
culminar em sua morte.
Uma mulher se
dizendo fã do cantor, começa a xingar Paulo Sérgio e hostilizá-lo.
Paulo procura
ignorar o fato, afinal ele ainda teria mais duas apresentações em circos
diferentes para fazer.
Ao arrancar
com o seu Camaro de cor gelo a mulher ainda disposta a atormentá-lo joga uma
pedra que quebra o parabrisas do seu carro.
Já muito
nervoso, Paulo sai do carro para avaliar o prejuízo, até ser convencido por
seus acompanhantes a esquecer o ocorrido e partir para os shows.
É quando Paulo
começa a se queixar de dores de cabeça, mas prefere não ir ao médico.
Pede a seu
secretário que providencie analgésicos, toma dois de uma só vez e parte para a
primeira apresentação que a faz completa. Na segunda apresentação, Paulo ao
cantar a quinta música, pede desculpas ao público, diz estar se sentindo mal,
com fortes dores de cabeça e que por isso irá se retirar do palco, mas que
pretende terminar aquela apresentação numa próxima oportunidade.
Aquela
promessa jamais seria cumprida.
Paulo já cai
desmaiado e é levado às pressas até o já extinto Hospital Piratininga, na
Estrada de Itapecerica, Zona Sul de São Paulo. E encaminhado para o Hospital
São Paulo, na região do Ibirapuera.
Lá, entra em
coma profundo e os médicos dizem que somente um milagre poderia salvar sua
vida. Na tarde de terça-feira, 29 de julho de 1980, as condições clínicas de
Paulo Sérgio se agravam ainda mais e os médicos constatam morte cerebral.
Somente os aparelhos mantém sua respiração e naquele momento sua morte seria
apenas uma questão de horas. Às 20:30, chega ao fim sua agonia: Paulo Sérgio
está morto.
O cantor só
tinha 36 anos, estava no auge do sucesso. Gravou 13 lps e vendeu mais de 10
milhões de discos. Seu corpo foi levado para o cemitério de Vila Mariana em São
Paulo e foi velado durante a madrugada e manhã de quarta-feira. No velório em
São Paulo, artistas como Waldirene, Marcos Roberto, Celso Ricardi, Claudio
Fontana, Jerry Adriani, Benito di Paula, Christian, Djalma Pires, Edith Veiga,
Ed Lincoln e os apresentadores: Edson Bolinha Cury (morto em 1998) e Carlos
Aguiar (morto em 1995), foram se despedir do amigo pela última vez.
No fim da
manhã de quarta-feira, 30 de julho de 1980, seu corpo foi levado para o
cemitério do Caju no Rio de Janeiro a pedido de seus pais, que residiam naquela
cidade e achavam melhor que Paulo Sérgio fosse ali sepultado. Às 16:30, foi
enterrado ao som de Última Canção, cantada pelas mais de 150 mil pessoas que
acompanharam emocionadas a cerimônia.
Estiveram
presentes em seu velório no Rio de Janeiro: Agnaldo Timóteo, Antônio Marcos, Zé
Rodrix (morto em 2009), José Roberto e Renato Aragão, este último muito amigo e
fã declarado de Paulo Sérgio.
Roberto Carlos
não pôde comparecer, mas enviou uma enorme coroa de flores com os seguintes
dizeres: “Meu coração está em luto pois morreu meu grande ídolo”.No final da
década de 80, Paulo Sérgio foi homenageado através do histórico LP: Paulo
Sérgio & Amigos, um lançamento especial da gravadora Copacabana em parceria
com o SBT. No disco póstumo, foram feitas junções das vozes de Paulo Sérgio com
os maiores expoentes da MPB na época, como: Antônio Marcos, Wanderley Cardoso,
Jerry Adriani, Perla, Chitaozinho e Xororó, Ângelo Máximo, Jair Rodrigues,
entre outros a emocionante participação do próprio filho de Paulo Sérgio então
com 12 anos, cantando a música: Quero ver você feliz (Meu filho). Foram feitas
modificações na letra original pelo compositor Carlos Roberto para que pai e
filho pudessem cantar juntos. O disco foi um projeto audacioso e inédito no
mundo inteiro, vendendo mais de dois milhões de cópias e ganhou vários discos
de ouro e de platina. Na época, o LP foi feito exclusivamente para ajudar
Rodrigo que passava por problemas financeiros e todos os artistas participantes
cederam seus direitos a criança.
Vale destacar
que devido a problemas de saúde, Rodrigo, que também era mágico profissional,
encerrou sua carreira precocemente e faleceu recentemente com apenas 42 anos,
em 2016, vítima de esclerose múltipla.
Alguns fãs
famosos de Paulo Sérgio: Renato Aragão, Pastor Valdemiro Santiago, Ratinho,
Luiz Carlos (Raça Negra), Mazzaropi, Edson Bolinha Cury e Silvio Santos.
Paulo Sérgio
foi um excelente cantor e compositor e muito mais teria a oferecer como artista
se não fosse sua morte prematura. Apesar da efêmera carreira, Paulo Sérgio
deixou uma vasta obra musical e esta merece para sempre ser lembrada.
Como a gente quase não encontra material escrito sobre os cangaceiros Inocêncio Vermelho e João Calangro, e se você quiser saber mais sobre eles, é só adquirir este livro do escritor José Bezerra Lima Irmão: "Lampião a Raposa das Caatingas" que lá na página 46 fala mais um pouco sobre eles.
Gostaria de lhes informar que o nosso novo livro “1927 – O CAMINHO DE LAMPIÃO NO RIO GRANDE DO NORTE” se encontra a venda em Natal na livraria da Cooperativa do Campus da UFRN está com exclusividade na venda.
Essa livraria se encontra aberta de 9 da manhã as 15 da tarde, seguindo todas as orientações e procedimentos preconizados pelas das autoridades em relação a questão do COVID-19, conforme você pode ver nas fotos que lhe envio. O livro tem 375 páginas, 180 fotos e mostra o mesmo caminho que os cangaceiros percorreram em junho de 1927, os locais atacados e as histórias envolvidas. O valor é R$ 60,00.
Zé Joaquim era
um coiteiro de confiança de Lampião e Zé Sereno, à quem servia com atenção e
recebia destes, votos de confiança e certa vez lhe foi partilhado um plano para
emboscar o Tenente Zé Rufino. Sendo que, para fazer uma média e obter créditos
também junto à polícia, Zé Joaquim segredou ao temido Volante Zé Rufino, os
planos dos cangaceiros para emboscá-lo e eliminá-lo. Com isto, Zé Rufino se
esquivou da emboscada e como prometido ao delator, guardou o segredo lhe
confiado, mas a vaidade do ambicioso coiteiro se sobrepôs à prudência, quando
este, para se vangloriar, envaidecidamente passou a contar aos seus conhecidos
que o famoso tenente Zé Rufino só estava vivo graças à ele e que se não fosse
por ele o afamado caçador de cangaceiros já estaria morto.
Não tardou
muito e a notícia da traição chegou ao conhecimento de Lampião e Zé Sereno, que
indignados com a falsidade do coiteiro em quem confiavam, resolveram
aplicar-lhe a justiça do cangaço.
Certo dia, Zé
Sereno com seu bando, emboscou desta vez, o coiteiro traíra, agarrando-lhe e
amarrando suas mãos para trás, contando-lhe de seu conhecimento sobre sua
traição, momento em que o mesmo, covardemente jurou inocência, sendo tarde para
nova falsidade. Zé Joaquim foi humilhado como traidor e submetido à todo tipo
de tortura possível, foi espancado, teve seus dentes quebrados por murros e
coronhadas, teve suas orelhas decepadas, foi castrado e levado ao leito seco de
um riacho e lá foi morto à golpes de esporas e punhais, pagando assim um alto
preço por sua cobiça e astúcia.
João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce.,
29/08/2020.
UM ASSECLA DE LAMPEÃO, PRESO EM PARIPIRANGA E TRAZIDO Á CAPITAL
A horda de bandidos, chefiada por Virgolino Ferreira, continua a infestar a
zona sertaneja que o temivel facinora escolheu para campo de suas operações. Agora mesmo o bando sinistro se encontra no visinho Estado de Sergipe. Compõe–se de 23 caibras chefiados pelo terrivel scelerado: 20 homens e 3
mulheres, bem armados e municiados.
Ultimamente um dos asseclas do grupo, o bandoleiro José Soares Santos vulgo
“Campinas” entendeu de abandonar os companheiros de cangaço, fugindo – porque
só fugindo podia desertar – com destino a Paripiranga, onde descoberto por
agentes da Força Publica, foi preso e conduzido para esta capital. O bandido
que se acha recolhido ao xadrez da Praça 13 de Maio, á disposição do chefe de
Policia, declarou que fôra forçado, sob ameaça de morte, a seguir o grupo do
faccinora deixando–os assum que poude fazel–o. Diz–se analphabeto e haver
nascido no municipio de Paripiranga, antigo Patrocinio do Coité.
8 de janeiro de 1928, no “A Tarde”:
O CANGAÇO NO NORDESTE
“Campinas” diz–se Innocente – Mulheres temiveis acompanham os bandidos Noticiamos hontem a chegada a esta capital do bandido José Soares Santos vulgo
Campinas um dos componentes do grupo de facinoras chefiados por “Lampeão.” O
caibra, que se acha recolhido ao xadrez da Piedade, nega haver praticado
qualquer atrocidade no decorrer da sua malsinada carreira de bandoleiro do
nordeste. É o que dizem todos elles de resto, ao cahirem nas malhas da policia.
“Campinas” diz até que foi obrigado, sob ameaça d emorte, a acompanhar o grupo
de malfeitores,,, Só por medo de ser sangrado por Lampeão é que resolveu a
acompanhal–o.
As tres mulheres que integram o bando sinistro, segundo affirma José Soares dos
Santos, são habeis amazonas e manejam o rifle com incrivel destreza. Algumas
são tão crueis quanto os homens. Tomam parte nos assaltos e combates ao lado
dos bandoleiros, – mostram–se tão destemerosas como elles.