Por José Mendes Pereira
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quinta-feira, 1 de julho de 2021
ADHEMAR BEZERRA DE ALBUQUERQUE É UM POUCO ESQUECIDO NO ESTUDO CANGACEIRO
A EXECUÇÃO DO CANGACEIRO MENINO DE OURO E SUA MORADA ETERNA NO CE
HÁ mais de 90 anos, Lampião e seu bando passou por terras cearenses fugindo da derrotada luta em Mossoró RN 13 DE JUNHO DE 1927, na fazenda Lagoa do Rocha, segundo moradores do local em unanimidade relatam que o cangaceiro Menino de Ouro foi executado na estrada próximo a fazenda, em pesquisa entrevistamos um Neto de seu Anísio Batista dos Santos, Anísio foi o guia dos cangaceiros até Limoeiro CE, seu neto Zildenor dos Santos aos 72 anos de idade nos presenteou com este relato maravilhoso sobre este acontecimento. ÁUDIO E IMAGENS Madson Ney EMBOLADA FILMES PESQUISA Sizinho Junior Produção EMBOLADA FILMES E NA ROTA DO CANGAÇO AGRADECIMENTO: A TODA FAMÍLIA DO SAUDOSO ANÍSIO BATISTA DOS SANTOS EM ESPECIAL AO SEU ZILDENOR DOS SANTOS PELA ENTREVISTA SEDIDA. e você gosta do nosso trabalho e quer nos ajudar nessa caminhada. Siga-nos no instagram e participe do nosso dia a dia. https://www.instagram.com/narotadocan... Inscreva-se no nosso canal e deixe seu like.
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É...FAZ SETE ANOS!...
Por José Bezerra Lima Irmão
É... Faz sete anos!... Essa foto foi em Dores, no agreste sergipano, quando, a convite de João Paulo, apresentei o meu livro "Lampião - a Raposa das Caatingas", num evento público. O livro está na quinta edição. Fraternal abraço, João Paulo.
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NOVO LIVRO NA PRAÇA LAMPIÃO NO DIÁRIO OFICIAL
Por Gildeci de Oliveira Leite [*]
Virgulino Ferreira da Silva continua a dividir opiniões. Para alguns, Lampião continua sendo nosso Capitão, representante do povo nordestino, contestador de agruras impostas aos sertanejos desta parte de cá. Outros, investem na afirmação de que seria Lampião o assassino sanguinário a promover desordem por onde passou. Diversas narrativas tratam de enaltecer e/ou demonizar a imagem do esposo de Maria Bonita e de seu bando. Por onde o bando de Lampião passava, fazia a terra e homens tremerem, alguns sorriam!
Gravuras da capa e contracapa é de Leonardo Alencar. |
Entendo ser necessária uma abordagem menos tendenciosa, mais despossuída de amores e desamores. Afirmar que Lampião e seu bando eram uns santos aureolados é tão duvidoso, questionável, risível quanto afirmar que, por exemplo, os coronéis e seus bandos possuíam as áureas dos anjos em todas as suas ações. O que quero chamar atenção é para o tendencioso construir de algumas histórias. Ao mesmo tempo em que se criminaliza Lampião, por suas ações bélicas, diz-se que coronéis são heróis por iniciativas do mesmo gênero, recheados ou não de maior potencial sanguinolento, conforme o contar dos próprios julgadores ou chefes de torcidas.
Fico a imaginar, que talvez queiram afirmar serem as lâminas e as armas de fogo de Lampião emprestadas pelo diabo, já as de alguns coronéis seriam abençoadas, representantes de cruzadas sertanejas, ungidas por Cristo. Prefiro olhar o Capitão Virgulino como alguém, que resolveu seguir o caminho das armas, quase como um Robin Hood, ora a enfrentar o estado, ora a cumprir missões desse próprio poder estatal contra desafetos políticos. É razoável o questionamento sobre os porquês da criminalização de Virgulino, esquecendo de adotar ao menos critérios parecidos para interpretar ações coronelísticas? Com isso, não afirmo que este ou aquele coronel é ou foi um criminoso, só peço mais reflexões! Entretanto, resguardo-me e não me arrisco a emitir mais opiniões por ainda não ter adentrado o suficiente na vasta bibliografia sobre estes líderes do sertão.
O jornalista e escritor GILFRANCISCO |
Agora, surge mais uma oportunidade para leituras a respeito de Virgulino Ferreira. O livro “Lampião no Diário Oficial” foi construído graças à teimosia do baiano-sergipano GILFRANCISCO. Desobediente, o pesquisador adentrava o arquivo da imprensa oficial de Sergipe, ao invés de ficar quieto, esperando as horas passarem, conforme orientações de seu chefe. O livro seria publicado desde 2010, quando recebeu do artista plástico Leonardo Alencar a gravura para a capa e contracapa.
Vindas do Diário Oficial de Sergipe ou de qualquer outro estado, as notícias sobre o cangaceiro são oficiais, nem sempre mentirosas e/ou verdadeiras.
Vamos às leituras miradas aos diversos lugares de fala. Viva o sertão!
Para adquirir:gilfrancisco.santos@gmail.com ou (79) 99115-1758 / 998812-7542
[*] É escritor, sócio do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e professor da UNEB.
Pesquei em Evidencie-se
http://lampiaoaceso.blogspot.com/2021/06/novo-livro-na-praca.html
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SEU JULHO
Clerisvaldo B. Chagas, 10 de julho de 2021
Escritor Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.565
Chegou o Seu Julho, mês mais frio e chuvoso do nosso outono/inverno. E quando dissemos nosso, falamos do sertão de Alagoas. Julho é o mês de festa da Padroeira de Santana do Ipanema, a maior festa religiosa do interior do estado. Tradicionalmente é aberta com procissão de mais de 1.500 carros de boi que conduzem a santa de uma cidade circunvizinha até à sua paróquia, onde, geralmente é celebrada a missa no Largo Cônego Bulhões, ao ar livre. Mas também, para os amantes do tema, é o mês comemorativo do fim do cangaço nordestino, correspondente ao dia 28. E voltando à festa da Padroeira, sempre existe uma trégua da chuva no dia de abertura, quando multidão se desloca do campo para procissão rodando em carros de boi.
Já se foi aquela festa à moda antiga, um frio intenso, todos de japona (casaco de frio de moda importada), desafiando a “cruviana”, para lá e para cá por entre barracas e peças do parque de diversão. Músicas no alto falante enviadas como mensagem para namorados, namoradas e paqueras. Fileiras de bancas de jogos de dados, provocando a matutada. Carro de fogo no arame da praça, desenrolar de imagem da padroeira no poste, Passeio nos barcos, no curre, na onda, no carrossel de patinhas, na roda gigante. Balão colorido cortando os ares e banda de música abrilhantando tudo. Forró no mercado, bancas de jantares, leilão de produtos diversos, repentistas nos bares, bebidas para os apreciadores no entorno das brincadeiras.
Nave lotada, cada noite um pregador, apresentações religiosas, pessoas descalças pagando promessas, presença do bispo na última noite do novenário e procissão final interminável! Era essa a Festa da Padroeira da nossa cidade que, igualmente a outras do mundo inteiro, foi variando com o tempo, cai aqui, melhora ali, mas a devoção e a fé continuam inabaláveis na avó do Cristo que chegou por aqui na Ribeira do Panema em 1787. Mês de julho é tão esperado quanto o seu irmão junho. Além do que já foi dito, é a consolidação da safra anual do campo. O que passa de julho é rebarba e muitas produções da zona rural já foram perdidas por causa da frieza do mês de agosto em outras ocasiões.
O mês 7 é um número místico, o maior de todos. Recebeu o nome de julho, em homenagem a Júlio César. Deus no comando.
TRABALHO CONSTANTE NAS RUA (B. CHAGAS).
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Por Helton Araújo
Jornal baiano enaltecendo o até então tenente José Rufino, a matéria é categórica ao afirmar que Lampião o temia.
Sensacionalismo, verdade ou não, o que se sabe é que em 4 de Junho de 1940 data da publicação do jornal, o cangaço já estava extinto e alguns chefes de volantes ( outros de patente inferior também como o caso de Antônio Jacó ) começavam a mudar suas vidas com os espólios dos combates que travaram com os cangaceiros abatidos.
Zé Rufino e João Bezerra se derem bem nesse quesito. Enriqueceram com o roubos dos cangaceiros.
Por : Helton Araújo
Foto : Diários Associados-BA.
Via : Blog Lampião Aceso
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FILHA, VIÚVA E NETAS DO EX-CANGACEIRO ASA BRANCA
Por José Mendes Pereira
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1926, ESTAVA EM CARTAZ NO RECIFE O FILME “JOASEIRO DO PADRE CÍCERO
Por Rostand Medeiros
Nos primeiros dias do mês de junho de 1926, as colunas informativas sobre cinema, exibidas nos inúmeros jornais da capital pernambucana, traziam a notícia que em breve seria exibido um “film” que era considerado pelos jornalistas especializados como “diferente” e “interessante”. Era a apresentação de “Joaseiro do Padre Cícero”, um documentário que mostrava a mítica figura do padre Cícero Romão Batista.
Durante as décadas de 1910 e 1920, fotos tradicionais do padre Cícero, com a sua inconfundível batina negra e seu cajado, freqüentemente eram estampadas nas páginas dos jornais recifenses. Mas normalmente estas imagens vinham acompanhadas de uma pródiga quantidade de críticas e comentários ácidos sobre a figura e a trajetória política do conhecido “Padim Ciço”. Não faltavam nas páginas dos jornais adjetivos como “líder de fanáticos”, ou “comandante de um valhacouto de facinorosos”. Com este fluxo de notícias, associado ao interesse do público local pelos acontecimentos da cidade cearense de Juazeiro, a exibição desta película nos cinemas de Recife chamou atenção de muitas pessoas.
Realizado em 1925, a película foi rodada em 35 milímetros, sendo dividida em cinco partes e a direção coube ao cearense Adhemar Bezerra de Albuquerque. Sua primeira exibição ocorreu no Cinema Moderno, em
Fortaleza, no mesmo ano de sua produção. Depois de seu lançamento, a película peregrinou por várias capitais brasileiras, através da ação de Godofredo Castro, então deputado estadual no Ceará, e do presidente da Associação de Jornalistas de Fortaleza, Lauro Vidal.
A intenção destas apresentações era criar uma propaganda positiva em relação à ação política e social do padre Cícero, além de mostrar o crescimento da cidade de Juazeiro.
Em Recife “Joaseiro do Padre Cícero” foi apresentado ao público local na última semana de maio de 1926, onde ficou em cartaz durante dois dias no tradicional Cinema Royal, localizado na Rua Nova. No dia 2 de junho foi exibido no Cinema São José. Segundo a edição do jornal recifense “A Província”, de 3 de junho de 1926, em uma reportagem sobre o filme, os propagandistas Castro e Vidal afirmaram que este projeto teria custado a soma avultada de “40 contos de réis”. Para se ter uma idéia do que significava este valor naquela época, na mesma edição deste matutino, temos um anúncio da loja “Oscar Amorim e Cia.”, localizada na Rua da Imperatriz, número 118, onde era oferecido o modelo mais barato da linha de automóveis da marca Ford, por cinco contos e seiscentos mil réis.
Já a crítica,
de uma maneira geral, se apresentou positiva em relação à obra de Adhemar Albuquerque
e esta aparentemente chamou a atenção da elite cultural recifense. O próprio
diretor do jornal “A Província”, Diniz Perilo de Albuquerque Melo assistiu a
película e teceu comentários. Para o conceituado jornalista “Joaseiro do Padre
Cícero” foi apontado como sendo um filme “nítido”, que servia para mostrar
positivamente o “expoente da admirável feição moderna de Juazeiro, da sua vida
intensa e dos seus aspectos naturais”. Entretanto ele não considerou
“admissível o fanatismo” que era apresentado.
Os jornais mostram que “Joaseiro do Padre Cícero” não foi classificado como um
filme "cansativo", com várias cenas que surpreenderam os jornalistas.
Entre estas são comentadas as que mostravam o imponente açude do Cedro, as
cidades de Juazeiro em dia de feira, Crato, Barbalha e paisagens da região do
Cariri. Da capital Fortaleza foi focalizado o seu porto, o passeio Público, o
Parque da Liberdade, entre outros locais. Mas a figura mais destacada era o
padre Cícero Romão Baptista. Conforme vemos nas páginas do jornal “A Notícia”,
de 3 de junho de 1926, ora o popular sacerdote era aclamado pelo povo, ora era
apresentado na sua casa, mostrando seu trabalho como prefeito de Juazeiro e
sempre junto aos seus fiéis seguidores.
Não conseguimos apurar a rota seguida por “Joaseiro do Padre Cícero” pelas capitais brasileiras. Mas têm-se notícias que foi exibido na então Capital Federal, em setembro daquele mesmo ano. Ocorreu sessão dupla na Sala Parisiense e o filme teria recebido fortes críticas da revista carioca “Cinearte”. Outra exibição confirmada por pesquisadores da história cinematográfica brasileira, mostra que esta película foi exibida no Cinema Politeama, no dia 30 de novembro de 1926, em Manaus.
O periódico pernambucano "O Jornal do Comércio", na sua edição de 2 de dezembro de 1926, informa que houve uma segunda exibição em Recife. Um interessante detalhe que não foi comentado por nenhuma das colunas cinematográficas dos jornais recifenses de junho daquele ano, da conta que aparentemente haviam sido inseridas para a segunda exibição, algumas fotos do grupo de cangaceiros do chefe Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Se esta informação é correta, estas fotografias certamente seriam as chapas obtidas em março de 1926, pelo fotógrafo Pedro Maia, quando da polêmica passagem do famoso bando de cangaceiros pela cidade de “Padim Ciço”.
Independente
desta questão, observando as notas dos jornais recifenses sobre o filme, não se
pode negar que aparentemente este projeto alcançou o resultado que era desejado
pelos seus idealizadores e financiadores. Ou seja, a de desmitificar para as
classes dirigentes e formadoras de opinião dos principais centros urbanos do
Brasil, da segunda metade da década de 1920, que o padre Cícero era sim um
líder carismático, que tinha um grande número de seguidores, mas ao mesmo tempo
era um homem inteligente, sério, cumpridor das leis, que buscava tão somente o
desenvolvimento de sua querida Juazeiro. Não temos informações sobre o destino
desta película.
Adhemar Albuquerque, criador da “Aba Film”
Já Adhemar Bezerra de Albuquerque, o diretor de “Joaseiro do Padre Cícero”, possui o justo reconhecimento de ser cultuado como um dos principais pioneiros e expoentes do cinema cearense, que produziu muitos documentários em 35 milímetros, onde são principalmente apresentados aspectos e acontecimentos da capital Fortaleza e de outras cidades do Ceará. A este homem empreendedor se deve a criação da famosa empresa ligada ao ramo fotográfico “Aba Film”, até hoje em funcionamento e pertencendo a seus descendentes.
Sobre esta empresa, não podemos deixar de comentar o famoso episódio ocorrido em 1936, que envolveu o emigrante Benjamin Abrahão Botto e a filmagem do bando de Lampião em plena caatinga. Com o apoio de Adhemar Albuquerque, o libanês de Zahelh, esteve em duas ocasiões com o “Rei do cangaço”, realizando uma proeza inédita e que se mostrava promissora em termos financeiros.
Mesmo gerando toda uma expectativa entre o público, em pouco tempo a película é confiscada por ordem do governo de Getúlio Vargas. O Brasil se encontrava então em pleno período da ditadura do Estado Novo, que entre outras ações na região Nordeste, desejava exterminar definitivamente Lampião e o cangaço. Assim o filme de Abrahão seguia totalmente na contramão das ações governamentais, criando uma possível propaganda favorável aos cangaceiros e todo o projeto foi sumariamente encerrado.
Logo depois, em maio de 1938, Benjamin Abrahão seria morto a facadas em uma pequena cidade do interior de Pernambuco. Após alguns meses, as margens de um pequeno grotão, próximo ao “Velho Chico”, em território sergipano, Lampião caia fulminado de balas, junto com sua Maria Bonita e outros companheiros.
Do filme sobre os cangaceiros pouco restou. Entretanto se não fosse à iniciativa do libanês Abrahão e o apoio correto de Adhemar Bezerra de Albuquerque, não existiria nenhuma imagem cinematográfica de Lampião e seu bando.
Notas e comentários:
Amigos, podemos contar atualmente com instituições que realmente ajudam a conhecer o nosso passado, a quem quer pesquisar. Uma destas instituições fica na Rua do Imperador, no Centro de Recife e atende pelo nome de Arquivo Público do Estado de Pernambuco.
Quando puderem, façam uma visita. Sem dúvida alguma é o melhor de todo o Nordeste. E lá tem muita coisa, mas muita coisa mesmo.
De Natal a Salvador eu conheci, ou pelo menos tentei conhecer, todos estes arquivos públicos e o de Recife indubitavelmente me impressionou. Salvador vem em segundo e Aracaju em terceiro. O resto é depósito e o nosso Arquivo (Natal) até fechado está a mais de quatro anos.
O arquivo de lá possui, veja bem, 9.000 títulos de jornais. Não são 9.000 exemplares de jornais, são títulos de jornais diferentes e alguns remontam ao início do século XIX. È mais que a Biblioteca Nacional e com a vantagem da pesquisa ser gratuita.
Em Recife, o pessoal do arquivo é ativo, profissional e interessado em
apoiar o pesquisador. Funciona das 8:00 as 17:00, sem fechar para almoço,
é arejado, sua localização é central e de fácil acesso. Existem falhas, mas são
poucas diante das vantagens e do comparativo com outros locais. Fica no Centro,
próximo ao Palácio do Governo.
Este pequeno texto foi feito somente com três notinhas, do material histórico
que fotografei por lá.
Um abração,
Rostand Medeiros,
Pesquisador
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