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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Piranhas sedia com sucesso mais um Cariri Cangaço




Por José Cícero
Jaqueline Rodrigues, José Cícero, Aderbal Nogueira e Manoel Severo


Pesquisadores e apaixonados pela temática do cangaço nordestino participam em Alagoas e Sergipe de evento histórico: “Um grande evento, para ninguém botar defeito”. Pelo menos foi com esta frase simples e verdadeira que a maioria dos que participaram da II Semana do Cariri Cangaço em Piranhas puderam definir no devido grau a imensa importância de um dos eventos mais significativos no estudo do cangaço dos últimos tempos.


Durante cinco dias(de 24 a 28 de julho) estudiosos, formadores de opinião, escritores, pesquisadores, agentes culturais, professores, estudantes e demais aficionados da temática do cangaço, além de autoridades de várias partes do país acorreram à cidade de Piranhas no estado de Alagoas para acompanharem de perto explanações e  debates acerca do assunto. A abertura da Semana do Cangaço 2014 ocorreu dia 24 no centro cultural Miguel Arcanjo de Medeiros em Piranhas antiga, através da belíssima apresentação da Filarmônica mestre Elísio e outras apresentações culturais que ficaram a cargo do grupo de teatro e xaxado local(ver fotos acima). Sem esquecer a bonita homenagem feita ao saudoso pesquisador Alcino Alves Costa.

 Jairo Luiz, Manoel Severo, Evaldo Gomes, Luiz Carlos Salatiel

Promovida pela prefeitura de Piranhas à frente o secretário de cultura Evaldo Gomes, de Administração Luiz Carlos Salatiel(representando o prefeito Dante Alighieri) e o pesquisador e curador do evento Jairo Luiz; o acontecimento se notabilizou tanto pelo nível das reflexões elencadas, quanto pelo número de participantes. Tal evento contou ainda, com o apoio da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço - Sbec-RN, do Cariri Cangaço-CE, bem como da Universidade Federal de Sergipe, GPEC da Paraíba e do museu de arqueologia do Xingó com sede em Canindé de São Francisco - SE.

Diversos palestrantes, pesquisadores e entusiastas do tema tomaram partes das discussões, tais como: os escritores Antonio Vilela explanado sobre o soldado Adrião, João de Sousa Lima, Paulo Brito filho do tenente João Bezerra, Renato Bandeira, Manoel Severo, Narciso Dias, Dr. Benedito Vasconcelos, Professora Jacqueline Rodrigues da Asturp, professora Railda Nascimento do Museus de arqueologia de Xingó(Max), Aderbal Nogueira, prof. Wescley Rodrigues, que discorreu sobre o tema Lampião no imaginário dos sertões, Luiz Rubens, Gilmar Teixeira, Ana Lúcia, Dr. Ivanildo Silveira, Padre Agostinhos, Gilmar Teixeira, Jorge Remígio, Prof. Paulo Damas, Dr. Arquimedes Marques, dentre outros.Representando os municípios de Aurora – o secretário de cultura, o professor José Cícero e  por Porteiras, o professor Ticiano Linard.


Família Cariri Cangaço em Piranhas

Grandes debates marcaram o evento, além do lançamento de livro sobre o cangaço e a apresentação de projetos bastante afirmativos, a exemplo da arqueologia do cangaço proposto  pelos professores Leandro Duran e Carlos Magno através da UFS, UFMG e UFPA e instituições congêneres. Exibições de documentários, além de homenagens, visitas técnicas à grota de Angico e a antiga fazenda Patos onde ocorreu a chacina cometida por Corisco, Museu do Max e ao centro histórico de Piranhas também fizeram parte da programação. Inclusive, reuniões extraordinárias da SBEC, Cariri Cangaço e representante do IPHAN. 

O encerramento da Semana do Cangaço 2014 se deu no último dia 28 com a tradicional celebração da Missa do Cangaço na grota de Angico, histórico local onde aconteceu o massacre à Lampião e seu bando em julho de 1938.

Da Redação do Blog de Aurora.
José Cícero Silva

http://cariricangaco.blogspot.com
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Eu não queria matar Corisco!!!


Fonte: facebook
Página: Corisco Dadá

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CHEIRANDO A LIMÃO

Por Rangel Alves da Costa*

Acaso fosse ele, certamente que seria meia hora para escrever o título acima. Teclava o “c” e apareceria “n”, apertava o “d” e surgiria “b”. O teclado apanharia como nunca. E tudo por culpa dele, até mesmo as palavras que só surgiriam tortas, incompreensíveis, cheirando a limão. Quanto às bebidas, impossível lembrar os nomes.

Ao invés de deitar, de dormir para ver se chegava a cura pro porre, ele resolvia fazer besteira: sentava diante da máquina para escrever devaneios. E sempre aparecia um monte de idiotices, de besteiras mesmo, e o pior que tudo como se tudo fosse de uma profundidade incrível. Um texto literário correto, importante, verdadeiro exemplo de lúcida criatividade.

Que nada. Tudo porcaria, coisa pra envergonhar se houver leitura no outro dia. O problema é que se corre sempre o risco de escrever um monte de porcaria, achar que está uma pérola e em seguida sair publicando por aí. Então será o fim, pois o mundo inteiro vai tomar conhecimento da lástima que foi escrita.

Só tem uma coisa boa nisso tudo, algo que não se deve deixar de admitir como genialidade, que é a coragem de vomitar de uma só vez tudo aquilo que por tanto tempo teve medo de escrever.

“O que posso fazer pra aquela porra entender que gosto dela. Só me falta arrancar um pedaço do céu, roubar uma estrela, cortar um pedaço de lua pra jogar pela sua janela. Já dei anel, dei brilhante, dei o que não podia dar. Cada anel tentando agradar é menos duas calças e duas camisas pra mim. E isso quando o anel é barato. Achei de comprar um presente dourado e até hoje vivo endividado feito um filho da puta. Faço isso tudo, me lasco, passo necessidade por causa dela e aquela zinha ainda fica botando banca. Vou ainda acabar correndo o risco de vê-la passar toda chique com tudo que dei, mas de mãos dadas com um pé rapado, um zé-ninguém. Mulher não tem jeito não. Se a gente é bom demais, ainda assim é ruim. Se é ruim vem logo a desculpa pra dar um chute na bunda. Sorte daquele que tem a sua sem precisar se endividar com o mundo. Mas desde que exista algum”.


“Fico puto da vida com demagogia religiosa. Não conheço um que não se diga temente a Deus, religioso demais, fazendo o percurso de vida segundo as lições bíblicas. Tudo picareta de marca maior. Até que frequenta a igreja, diz ser católico ou evangélico, sabe discutir alguma ou outra coisa da Bíblia, mas quando enxerga o dito pelo avesso vive mais em pecado do que ladrão de moeda de cego. Pra que frequentar igreja, se dizer religioso, temente a Deus, se não vale nada, não presta de jeito nenhum? Esse mesmo que se faz de bom moço não passa de um mal intencionado, de um covarde que vive falando da vida dos outros por trás, que não respeita a si mesmo nem a ninguém. Nunca vi dizer que uma pessoa saísse de uma missa e fosse pra casa de amante, fosse tomar cachaça e falar mal de todo mundo, fosse paquerar menina nova e mulher casada, fazer o que não presta pelos quatro cantos. O mesmo se diga dessas nojentas dessas falsas beatas e dessas que se encobrem toda de roupa e quando guardam o terço e o rosário vão fazer safadeza. Por isso é melhor ser como eu, que não boto pé em igreja pra tá ouvindo conversa fiada de padre pedófilo e cheio de safadeza”.

“A porra desse mundo tá todo errado e desde muito tempo. Não é possível que não percebam que essa merda não vai suportar por muito tempo o que os seus inquilinos andam fazendo. Antigamente ainda havia respeito, família se respeitando, pessoas educadas, boas práticas de convivência e outras coisas que ainda davam um gostinho em viver e se relacionar. Mas com o passar do tempo tudo começou a desandar. Quanto mais chega a ciência com o seu progresso mais o homem regride na sua condição cidadão, na sua essencialidade humana. Como máquina não vai mesmo mudar a cabeça de ninguém, pois provado está que o conhecimento não serve muito para o bem da humanidade, será preciso algum cientista maluco inventar qualquer coisa, assim como uma máquina que reconheça a mente de cada um e apague de vez todo aquele que não esteja servindo pra nada ou apenas viva com más intenções. Daí uma boa varrida no mundo, mas de modo que a poeira da imprestabilidade não contamine os que ainda merecem ficar. E talvez apenas uns dois ou três dentre esses bilhões de imprestáveis que povoam o mundo”.

Ainda bem que nunca mais bebi e não tenho nada a ver com isso.
  
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com


Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
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Vinte e Cinco Anos de Saudades

Por Onaldo Queiroga

Essa saudade sem fim, esse Sertão sem Luiz. O filho de Januário há vinte e cinco anos partiu. Só resta agora a sanfona, chapéu de couro e gibão. 

Seu Januário e dona Santana pais de Luiz Gonzaga - www.forroemvinil.com

Zabumba toca tristonho e o triângulo responde sentido. Essa saudade tamanha. Fogueira queima em brasa sentida e balões vagueiam perdidos no ar. O rei menino há vinte e cinco anos se foi. Só resta agora a sanfona, chapéu de couro e gibão.


Em cada rosto sofrido te vejo, ainda, todos os dias. Te vejo na face dos retirantes, na caminhada em meio as juremas e marmeleiros ressequidos, na travessia do riacho seco, na chuva que não vem, na asa 


branca voando em busca d’água, na vaca magra soluçando saudade, na triste partida de Patativa do Assaré. 

www.onordeste.com

Te vejo no Cenário da estiagem desoladora, no sol que castiga, no desaparecer das águas, no gemido da terra, no gado morrendo de sede, no fogo que impera, no sertanejo que chora, no céu aberto dos voos das Acauãs. 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Acau%C3%A3

Mas também te vejo: no cheiro de chuva embrenhado no mato, no inverno amanhecendo com a passarada, no mugido do gado no curral, na água corrente enchendo os córregos, riachos, rios e açudes, na colheita do milho e do algodão, no eco das cantorias, dos aboios e das novenas. 


Te vejo: na romaria do padre Cícero Romão Batista, na légua tirana e na Feira de Caruaru do Mestre Vitalino.

casadopassarinheiro.blogspot.com

É Gonzaga, te escuto no chorar do Assum Preto, do carão, da acauã e da sabiá. Te ouço no soluçar do gado magro tangido pelo aboio triste do seu vaqueiro. 


Te sinto penetrar em minha alma em versos que afloram da peleja dos repentistas, poetas que nos lamentos e nos gemidos de suas violas descrevem aquele que em vida tão bem insculpiu musicalmente o Sertão e o Nordeste. 

www.ingazeiranews.com.br

Te ouço na voz de João Cláudio Moreno o poeta de Piripiri/PI, que em voz te incorpora. Te vejo no palco, num acústico show de Pinto do Acordeom. Te escuto nos sons das sanfonas de Joquinha Gonzaga, de Waldonys, de Flávio José e no fole de Zé Calixto. Partistes para a abóbada celeste no dia 02.08.1989. 


Tua obra musical repousará eternamente nos umbrais da cultura brasileira. Teus restos mortais repousam no Parque Aza Branca, sob os espelhos das águas do Itamaragy e do bafejo noturno do vento “Cantarino”.


Luiz, tu és eterno. Tu sempre estarás no Nordeste, nas noites de São João, nos foguetes, na sua animação, nas suas crenças, no fole gemendo, na fogueira, no balão anunciando aos céus que é festa no Sertão, 


no cangaço do Lampião, na chapada do Araripe com sua floresta e seus encantos. Luiz sempre que existir Sertão, um pé de bode, uma sala de chão batido, uma morena faceira para arrastar as alpargatas num samba que se renova, jamais tu serás esquecido. Viva Luiz.

Enviado pelo poeta, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueana Kydelmir Dantas

Postado e ilustrado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas

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Seu Celso e a futura cangaceira Sila

Por Maria Clara Gomes Barreto

“Robério Santos, admirável iniciativa digna de aplausos. Muito bem feita. Se me permite gostaria de acrescentar uma história que ouvir durante toda a minha infância do meu avô "seu Celso". Vamos lá.


Relatava com muito orgulho que anos antes de SILA entrar para o cangaço os dois teriam ficados noivos, tendo em vista que antes ninguém namorava, só "noivava".


Pois bem, seu marido salve me engano "ZÉ SERENO", graças a Deus, no momento da invasão à casa do meu bisavô Primo Torquato, e de sua senhora minha também bisavó Josefa, não percebeu nada.

O fato de o líder do grupo o escolher, foi porque além de ser o primogênito dos irmãos, também conhecia as estradas, como já foi relatado acima. Na ocasião, também foi sequestrado o amigo do meu avô; senhor de pré-nome "Pedro Tacapé"; esse, pelo fato de saber tocar sanfona.

Mais adiante quando o bando entrou em confronto com os "macacos", meu avô aproveitou o tiroteio para fugir. Quando os cangaceiros perceberem gritaram:

- Pega o muleque que ele tá fugindo.

Ele disse: 

- Não! Vou juntar os cavalos

E assim se salvou. 

Seu amigo "Pedro Tacapé" estava perto de SILA e ela o soltou, ordenando que ele também fugisse.

Meu avô falou que correu muito e entrou tanto espinhos em seus pés que ele brincava, que passaria a vida toda pra tirar. Quando chegou em Ribeirópolis, na casa de um amigo pessoal, e também membro da volante, o senhor "Baltasar" pediu ajuda, e finalmente estava salvo.

Outro fato de extrema importância é que seu envolvimento com SILA se deu durante a visita dela à casa de uma irmã de nome desconhecido. Irmã essa que morava no BAIXÃO. 

Espero sinceramente ter contribuído”.

Maria Clara Gomes Barreto/ Nossa Senhora Aparecida-SE
Foto: Celso é o de Camisa escura.
Parte do livro "O Cangaço em Itabaiana Grande"

Fonte: facebook
Página: Robério Santos

Postado e ilustrado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
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Curadoria do Cariri Cangaço mostra números em reunião em Piranhas


A Curadoria do Cariri Cangaço, promoveu dentro da Programação da Semana do Cangaço em Piranhas, reunião extraordinária tendo como pauta principal o balanço dos cinco anos de Cariri Cangaço e o planejamento e ações para os próximos anos. O encontro aconteceu no auditório Miguel Arcanjo no centro histórico de Piranhas e contou com a participação dos Conselheiros; Aderbal Nogueira, Wescley Rodrigues, Jairo Luiz Oliveira, Archimedes Marques, Ana Lúcia Souza, José Cícero Silva, Narciso Dias, João de Sousa Lima e Ivanildo Silveira, além de 26 pesquisadores e colaboradores da grande Família Cariri Cangaço de todo o Brasil.

O curador Manoel Severo apresentou os números significativos das quatro primeiras edições do Cariri Cangaço, entre os anos de 2009 e 2013, como também os números das avante-première, inciativa vitoriosa que teve seu inicio ainda em Maio de 2013 com Lavras da Mangabeira. Manoel Severo resumiu sua fala apresentando o resumo dos números das edições principais do evento: "Foram 4 edições principais, com um total de 59 Conferencias e debates, 23 Mesas Redondas, 46 Visitas Técnicas, 7.485 quilômetros percorridos em 246 horas de atividades, recebendo nas 4 edições a presença de 471 pesquisadores de 17 estados da federação e reunindo um público de 6.988 pessoas nos 7 municípios promotores; realmente números que nos deixam felizes e com a compreensão da grande responsabilidade que eles representam."

Manoel Severo entrega ao presidente da SBEC, Benedito Vasconcelos uma camisa do Cariri Cangaço, bordada a mão, pelos artesãos de Lavras da Mangabeira

Outro ponto forte que foi ressaltado pelos presentes foi a iniciativa de descentralização do evento Cariri Cangaço, com avante-première em outros estados, como é o caso da Paraíba e Alagoas, com programações em 2013 e confirmadas em segunda edição para 2014, além de Lavras da Mangabeira no Ceará que também confirmou a segunda edição para setembro de 2014.

"Essa iniciativa das prévias ou avante-première do Cariri Cangaço, em Lavras, na Paraíba e aqui em Piranhas, mostra a força do trabalho e do compromisso de toda uma equipe, sem dúvidas o Cariri Cangaço é resultado desse trabalho responsável de todos os participantes, tanto pesquisadores quanto equipe de produção, e a tendência é crescer ainda mais, haja vista as novidades divulgadas pelo nosso companheiro Severo na manha de hoje." Completa Aderbal Nogueira. O encontro marcou também a entrega de Diplomas a vários membros do Cariri Cangaço, em sinal de reconhecimento pelo trabalho em prol do fomento da cultura e história do sertão.

Aderbal Nogueira recebe das mãos de José Cícero 
Wescley Rodrigues passa às mãos de Elane Marques
Neli Conceição recebe das mãos de Ivanildo Silveira

Ao final da reunião, Manoel Severo divulgou para todos os presentes as mais recentes novidades para o cronograma Cariri Cangaço 2014/2015. "Já temos confirmadas iniciativas fantásticas; com a participação dos municípios de Cajazeiras, Princesa Isabel, Serra Talhada, Nazaré, Triunfo, Delmiro Gouveia, Propriá e Dores, dentre outros; iniciativas que começam a ser trabalhadas por equipes setoriais e que já renderão frutos sensacionais a partir do primeiro semestre de 2015, é aguardar para conferir".

Já o Conselheiro Jairo Luiz ressaltou e enalteceu a formatação do mais novo empreendimento do Cariri Cangaço, "hoje foi nomeada uma Comissão Organizadora para formatar e planejar o mais novo empreendimento com a marca Cariri Cangaço, a comissão é formada por mim; por João de Sousa Lima, por Archimedes e Elane Marques e João Paulo, reunindo os estados de Alagoas, Sergipe e Bahia e temos certeza que já em 2015 teremos o grande Cariri Cangaço Xingó".

Heldemar Garcia
Assessoria de Marketing Institucional
Cariri Cangaço

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9 de Agosto o Museu do Sertão em Mossoró abrirá suas portas para visita


No dia 09 de Agosto de 2014 o "Museu do Sertão" em Mossoró abrirá as suas portas para visitas. E para saber mais, entre em contato com o proprietário através deste e-mail: 

beneditovasconcelos@gmail.com

São 11 galpões para você visitá-los, e mais de 5.000 mil peças  a inteira disposição dos seus olhos e dos olhos dos seus familiares.


 O ingresso é um kg de alimento não perecível, que deverá ser entregue no Lar da Criança Pobre. 

Mais informações você encontra no Site: 

Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
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"DOMINGUINHOS, O NENÉM DE GARANHUNS"


O livro "DOMINGUINHOS, O NENÉM DE GARANHUNS" de autoria do professor Antonio Vilela de Souza, profundo conhecedor sobre a vida e trajetória artística de DOMINGUINHOS, conterrâneo ilustre de GARANHUNS, no Estado de Pernambuco.

Adquira logo o seu através deste e-mail:
incrivelmundo@hotmail.com

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CRIMES DE LAMPIÃO - PARTE III

Por Ranunfo Prata

Aproxima-se a caterva de Capim Grosso. Os espiões informam, porém, que a vila se acha guarnecida. Lampião torce caminho, receoso e cheio de cautelas. Ladeia a população e toca para adiante na sua caminhada perene.

Mas tem "boa" estrela, o acaso entrega-lhe nas mãos uma presa valiosa.

Aprisiona nas vizinhanças da vila o seu escrivão, parente do coronel João Borges, de Uauá. Como usa também dos processos civilizados de americanos, exige cinco contos da família da vítima em troca de sua liberdade. Vai o emissário à povoação e estipula o negócio.

A mulher não possui tão grande quantia. O seu marido é um simples escrivão de roça, mal ganha para passar com a família numerosa.

Entra em desespero. Quer salvar a vida do esposo seja a que preço for. Corre, numa aflição de meter dó, à casa dos parentes, dos conhecidos, de toda a gente que possa socorrer com uma esmola. Pede pelo amor de Deus que lhe deem que lhe emprestem qualquer coisa. É uma vida a ser   poupada com ele, a vida preciosa de seu marido.

Diante daquela angústia imensa, toda a vila se comove e faz-se uma coleta. Povoação paupérrima, para somar cinco contos foi preciso que quase todos concorressem com um auxílio. E a quantia, afinal, após penoso angariar, se completa. A mulher pega do volume de cédulas aperta-o entre os dedos trêmulos, e com o coração repousado numa grande alegria, entrega ao emissário.

- Pelo amor de N. Senhora, diga ao capitão que o solte logo, implora, numa ânsia, desejosa de libertar-se sem demora daquele pesadelo.

O povoado fica à espera do refém.

Lampião recebe o dinheiro, conta-o lentamente, molhando os dedos na língua, desaperta da cintura "o papo de ema" que está túmido de notas graúdas, desdobra-o e acondiciona, meticulosamente, mais aquele pacote.

Depois, lerdo, caminha para a vítima e lhe diz:

- Pro mim você tá livre, mas os meus meninos precisa ajustá conta com você.

Era a quebra infame da palavra que garantira a vida do prisioneiro.

Da sua palavra, cujo cumprimento ele alardeava nos sertões, dizendo, arrogante, como num juramento:

Palavra de bandido!

E afasta-se, indiferente.


Corisco apossa-se do preso, apunhala-o e mutila o cadáver, abrindo-o em bandas, como aos bodes nas feiras sertanejas.

http://www.luizalberto.com.br/l03.html

Postado por Adryanna Karlla Paiva Pereira Freitas
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