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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

ANTONINO SALDANHA: DA SÉRIE “INQUILINOS ILUSTRES DA CADEIA VELHA E POMBAL”

 Por José Tavares

Cadeia antiga de Pombal

Fazendeiros do município de Brejo do Cruz, Antonino da Silva Saldanha e seu primo Joaquim (Quinca) da Silva Saldanha, inimigos políticos e pessoais, travavam o mais renhido conflito armado do alto sertão paraibano. Após ter sua Fazenda Palha reduzida a cinzas em consequência de um ataque do inimigo, Antonino decide ir residir no vizinho município de Catolé do Rocha, na Fazenda Santana, distante do seu contendor e próxima as propriedades dos seus amigos e correligionários da família Suassuna. Pouco tempo depois, Antonino junto aos seus asseclas invadem e incendeiam as Fazendas Nova Aldeia, Bom Sucesso e Nova Esperança, propriedades de Quinca Saldanha

Em 27 de maio de 1911, foi a vez de Quinca Saldanha ir à forra, no histórico episódio que ficou mais conhecido como “O Fogo de Santana” ( https://www.liberdadepb.com.br/no-tempo-do-cangaco-quinca-saldanha-x-antonino-saldanha-e-o-fogo-de-santana/). Na manhã daquele fatídico dia, Quinca Saldanha, à frente de um grupo jagunços, invadiu a Fazenda Santana, cercou a casa sede, abrindo intenso fogo, no que respondido pelos ocupantes da casa, que além do próprio Antonino, contava com seis homens de sua extrema confiança. Esta refrega terminou com um saldo de 7 mortos, sendo 2 do lado de Antonino, inclusive um vaqueiro que foi atingido por uma bala perdida, o outro, dizia-se, teria sido morto pelo próprio Antonino que desconfiou de traição do companheiro. Quinca Saldanha saiu com cinco homem a menos, que ficaram estirados sem vida no terreiro do seu velho inimigo.

Quinca Saldanha

Naquela época, as hegemonias política dos vizinhos municípios de Catolé do Rocha e Brejo do Cruz eram disputas por duas forças antagônicas, cujos grupos eram comandados pelo coronel Valdevino Lobo Ferreira Maia e seu primo coronel Francisco Hermenegildo Maia de Vasconcelos (coronel Francisco Maia). Quinca Saldanha e seus irmãos, Benedito e Plinio (Marinheiro), eram ligados politicamente ao grupo do coronel Valdevino Lobo. Antonino Saldanha juntamente com os irmãos Suassuna, liderados pelo influente advogado João Suassuna, que mais tarde vem a ocupar o Presidente do Estado da Paraíba, integravam o grupo do coronel Francisco Maia.

Por conta do “Fogo de Santana”, foram instaurados processos criminais contra Antonino e Quinca Saldanha, sendo que o primeiro foi preso pelo tenente Genuíno Bezerra e, por medida de segurança conduzido para a cadeia de Pombal. Contra Antonino havia ainda outro processo em aberto em Patu, no vizinho Estado do Rio Grande do Norte, por uma tentativa de assassinato naquela comarca, ocorrida em 1908.

O processo contra Antonino Saldanha foi desaforado de Catolé do Rocha para julgamento na comarca de Sousa/PB. A sua defesa foi patrocinada pelos advogados João Suassuna e João Vieira Carneiro O réu foi absolvido por unanimidade, porém, em vez de colocá-lo em liberdade, o juiz determinou que ele fosse transferido para a cadeia de Patu, a fim de responder ao processo que estava em aberto naquela comarca.

Quando Antonino era conduzido para o Rio Grande do Norte, a escolta foi bruscamente surpreendida por um grupo de homens fortemente armados, que resgataram o preso. Esta versão oficial foi contestada de forma veemente pelo coronel Valdevino Lobo. Segundo o coronel, não houve esse ataque. Na verdade, o preso teria sido libertado graças a uma ardilosa tramoia planejada pelos irmãos Pio e Anacleto Suassuna, delegado e subdelegado de Catolé do Rocha, com a conivência do chefe político coronel Maia: “Na ocasião em que Antonino seguia escoltado para o vizinho Estado, em um lugar previamente combinado com a escolta, fugiu tomando um bom cavalo que o aguardava.” 

José Tavares de Araujo Neto

Pelo episódio ocorrido na Fazenda Santana, em 10 de julho de 1914, Quinca Saldanha foi submetido a julgamento na Comarca de Pombal, sendo igualmente absolvido por unanimidade. Atuaram na defesa os advogados Cavalcanti Mello e João Vieira Carneiro, que também havia defendido Antonino Saldanha. João Vieira Carneiro (Joca Carneiro) foi presidente da Câmara dos Vereadores de Pombal. Era pai do ex-prefeito e ex-deputado federal Janduhy Carneiro e do ex-governador da Paraíba e ex-senador Rui Carneiro.

Em fevereiro de 1922, quando os cangaceiros, sob o comando de Sinhô Pereira e Ulisses Liberato de Alencar, vieram assaltar a fazenda Dois Riachos, propriedade do coronel Valdevino Lobo, o bando se dividiu estrategicamente em dois grupos, sendo que um deles pernoitou na fazenda Maniçoba, de Pio Suassuna, e o outro na Fazenda Santana, de Antonino Saldanha, ambas localizadas no atual município de Riacho dos Cavalos, na época pertencente a Catolé do Rocha.

O fazendeiro Janduy Suassuna Saldanha, que por duas vezes foi prefeito da Cidade de Riacho dos Cavalos (PB), representa uma prova inconteste boas relações mantidas entre Antonino Saldanha e a família Suassuna, já que ele era neto de Antonino Saldanha pelo lado materno e neto de Pio Suassuna pelo lado paterno, fruto da união matrimonial entre Francisca da Silva Saldanha e Américo Suassuna.

José Tavares de Araujo Neto, Pesquisador - Pombal PB

 https://cariricangaco.blogspot.com/2021/08/antonino-saldanha-da-serie-inquilinos.html

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CRUZ NA GROTA DO ANGICO

 Por Paulo Britto

Primeira cruz em homenagem aos cangaceiros mortos, Lampião, Maria Bonita e mais 9 companheiros, em 28 de julho de 1938, na Grota do Riacho Angico, na Fazenda Forquilha, hoje, município de Poço Redondo, SE.

Colocada pelo comandante da tropa que deu cabo do "rei dos cangaceiros", João Bezerra da Silva.

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LIVE CABRAS DE LAMPIÃO

Olá pessoal amanhã tem Live Cabras de Lampião com apresentação de Virgilio Souza

Live no perfil oficial da radio vai vai Brasile Italia FM no Instagram com Participações

Pedro Popoff

Conhecido como Pedro do Cordel 15 anos, ator, cantor, palestrante, fundador da primeira cordelteca de Bauru, Diretor Geral da Comissão Jovem IOV (Organização Internacional de Folclore e Artes Populares)

Anildomá Willans De Souza

Pesquisador e escritor do Cangaço, nascido em Serra Talhada, mesma localidade onde nasceu Lampião, no Sertão do Pajeú, Pernambuco.

Autor dos livros.

A. Lampião, o comandante das caatingas.

B. Nas pegadas de Lampião.

C. Lampião. Nem herói nem bandido. A história.

D. Lampião e o sertão do Pajeú.

E. Xaxado, a dança de guerra dos cangaceiros de Lampião.

Não percam

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93 ANOS DEPOIS, CARTA QUE REPRESENTA RESISTÊNCIA DE MOSSORÓ AO BANDO DO CANGACEIRO LAMPIÃO É ENCONTRADA

 Por Igor Jácome, G1 RN

Robério Santos exibe carta que representa resistência de Mossoró ao bando do cangaceiro Lampião — Foto: Cedida

Documento será entregue ao município do Oeste potiguar neste mês, quando é comemorado o aniversário da batalha entre moradores e o grupo comandado pelo rei do cangaço.

Carta original do prefeito de Mossoró para o cangaceiro Lampião, junto com recorte de jorna da época que fala sobre ela. — Foto: Robério Santos/Cedida

Todos os anos, Mossoró, no Oeste potiguar, se enche de festa no mês de junho. Além de comemorar o período de São João, a cidade relembra através do espetáculo "Chuva de Bala", a resistência do seu povo a Virgulino Ferreira da Silva, o temido Lampião - ato que marcou, para alguns historiadores, o início do declínio daquele que ficou conhecido como rei do cangaço. A batalha aconteceu em 1927 e o bando de cangaceiros saiu fugido da região.

Em 2020, a festa não vai ser realizada por causa da pandemia do novo coronavírus. Mas os pesquisadores do tema estão muito mais entusiasmados pelo encontro de uma carta que foi escrita pelo prefeito coronel Rodolpho Fernandes em resposta ao bando de Lampião. Ela estava endereçada ao coronel Antonio Gurgel, que no momento das negociações, era refém do bando e foi escrita, provavelmente, no próprio dia 13 de junho de 1927, data em o ataque ocorreu.

O documento foi encontrado pelo professor, jornalista e escritor sergipano Robério Santos, que é um entusiasta do assunto e tem seis livros publicados sobre o cangaço. O documento chegou a ele em maio, durante sua pesquisa para a publicação da primeira de uma série de cinco obras que pretende escrever também sobre o tema. A carta será entregue por ele à prefeitura, oficialmente, no próximo dia 13. 

Carta escrita a mão pelo prefeito de Mossoró e enviada a refém de Lampião — Foto: Cedida

Não é possível satisfazer-lhe a remessa dos 400000 (quatro centos contos) que pede, pois não tenho e mesmo no commercio é impossivel de arranjar tal quantia. Ignora-se onde está refugiado o gerente do Banco, Snr. Jayme Guedes, Estamos dispostos a recebe-los na altura em que elles desejarem. Nossa situação oferecce absoluta confiança e inteira segurança.

— Rodolpho Fernandes, prefeito de Mossoró em 1927

Ao G1, o pesquisador afirmou que adquiriu alguns recortes de jornais e outros materiais de uma idosa que mora no Rio de Janeiro e que prefere manter sua identidade em sigilo, mas que é ligada à história do cangaço.

"Ela tinha essa carta há muito tempo, mas não conhecia a importância dela, até porque não estava endereçada diretamente a Lampião. Ela tem muito material. Era uma resposta do prefeito a ele, porque o coronel Gurgel era refém e escreveu a outra carta, pedindo o dinheiro, com uma mensagem ditada pelo Lampião", explicou o pesquisador.

Na mensagem, o prefeito recusa o pedido por 400 contos de réis, feitos por Lampião e diz que a cidade está preparada para responder "à altura" ao ataque dos cangaceiros.

Segundo os pesquisadores o gerente do Banco do Brasil, Jayme Guedes, era genro do coronel Gurgel e havia saído da cidade. Apesar de morar em Natal, o comerciante teria sido feito refém durante uma viagem que fez à região justamente para buscar sua esposa e filhos, ao saber do iminente ataque do grupo. Ao errar o caminho, o carro os levou de encontro ao acampamento dos cangaceiros. O motorista do comerciante teria servido de emissário entre as partes.

Assim como a carta enviada pelo coronel Gurgel ao prefeito, e outra escrita a próprio punho pelo Lampião, a carta encontrada já havia sido citada por jornais da época e em livros importantes sobre o assunto, mas o paradeiro dela era desconhecido, até porque o documento ficou com o próprio bando e não com o município.

"Eu fiquei assustado quando comecei a ler, me levantei imediatamente. Retirei do plástico para fazer uma análise, se era impressão ou se era escrito, e a assinatura. Realmente é uma carta escrita a punho, e na comparação com a assinatura e a escrita do prefeito, são iguais", considerou o pesquisador. "Acho que um documento desse não deve estar em posse de um particular, por isso busquei entrar em contato para devolver a carta a Mossoró", conta.

Jornal da época publicou conteúdo de cartas trocadas entre prefeito de Mossoró e Lampião — Foto: Cedida

Conforme Asclépius Saraiva Cordeiro, diretor do Museu Lauro da Escóssia - nome do jornalista que presenciou e noticiou o ataque do bando de cangaceiros a Mossoró - ao tomar conhecimento da carta por meio de pesquisadores do tema que tiveram contato com Robério, a prefeitura resolveu pagar uma passagem para a ida do pesquisador ao município, quando será realizada a entrega da carta.

"A carta deverá ficar exposta no salão dos grandes atos, no Palácio da Resistência, que era a casa do prefeito e hoje é a sede da prefeitura municipal. Infelizmente não teremos o espetáculo Chuva de Bala neste ano, mas temos um motivo de soltar fogos", considerou.

De acordo com o pesquisador e escritor Geraldo Maia, que é sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) e da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço - SBEC, a carta encontrada seria uma das quatro trocadas entre o grupo que estava com Lampião e o prefeito, ditada pelo cangaceiro e escrita pelo refém coronel Gurgel. Outra missiva foi escrita e assinada pelo próprio Lampião, também respondida pelo prefeito. Ninguém sabe o paradeiro da carta original de Lampião - apesar de haver cópias da original - nem o paradeiro da última resposta. 

Lampião (terceiro da esq. para a dir.) e seu grupo de cangaceiros — Foto: Divulgação/GESP/BBC

Invasão e resistência

Mossoró era uma cidade com pouco mais de 20 mil pessoas - uma cidade grande para a época, que tinha até uma agência do Banco do Brasil - a número 036. De acordo com os pesquisadores, bandos de cangaceiros geralmente não invadiam cidades deste porte. "Era uma coisa inimaginável", afirma Geraldo.

De acordo com os pesquisadores, um fazendeiro que acoitava cangaceiros em suas terras no Ceará, próximo à divisa com Mossoró, ordenou um ataque de Massilon, um cangaceiro que tinha um grupo pequeno, contra inimigos em Apodi, no interior do Rio Grande do Norte. O sucesso no saque à cidade teria despertado a cobiça por Mossoró. Dessa forma, os cangaceiros partiram para convencer Lampião, que não conhecia muito as terras do Rio Grande do Norte, a fazer um ataque conjunto também com o bando de Jararaca.

Ao todo, o grupo de cangaceiros tinha cerca de 80 pessoas. Ao saber das notícias que corriam pelo sertão, o prefeito começou a se preparar para defender o município. "A cidade tinha pouco policiamento, cerca de 10 soldados, então o prefeito se juntou aos comerciantes para fazer uma cota e mandar comprar armas e munições em Fortaleza. Elas ficaram armazenadas na prefeitura para o possível ataque", conta Geraldo.

Uma semana antes do ataque, o grupo com dezenas de cangaceiros entrou no Rio Grande do Norte pela região de Luis Gomes, no Alto Oeste, e arrasou oito municípios por onde passou, até chegar, no dia 12 de junho, a São Sebastião, onde hoje é a cidade de Governador Dix-Sept Rosado. Ainda de acordo com os historiadores, o telégrafo ainda conseguiu enviar uma mensagem a Mossoró, avisando do ataque.

Ao longo do dia, a cidade foi sendo esvaziada, com famílias pegando trem para deixar Mossoró e um grupo de resistência com mais de uma centena de homens começou a se preparar para o ataque. Segundo os estudiosos, era final da tarde do dia 13 quando o bando começou a percorrer as ruas vazias e começou uma trocou tiros durante cerca de duas horas com os moradores resistentes.

O bando acabou fugindo, deixando para trás homens feridos, como o cangaceiro Jararaca, que foi preso, morreu e foi sepultado em Mossoró. O prefeito, que tinha a saúde fragilizada, morreu meses após o ataque.

https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2020/06/02/93-anos-depois-carta-que-representa-resistencia-de-mossoro-ao-bando-do-cangaceiro-lampiao-e-encontrada.ghtml

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CANGAÇO - MANTENDO A HISTÓRIA VIVA

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=b5lp_R1Wrl8&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Nesse vídeo Jadilson Ferraz, Luiz Emanuel, Marrael Siqueira e Francisco Hiones discorrem sobre o futuro turístico e artístico de Nazaré do Pico e de todas as outras regiões que foram palco das histórias do cangaço. 

Canal - Nazaré, Terra de Valentes https://www.youtube.com/channel/UCQrs... 

Link desse vídeo: https://youtu.be/b5lp_R1Wrl8

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INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA.

 Por Francisco Pereira Lima

Novo livro na praça.

RAIZES DO CANGAÇO, de Humberto Mesquita. 362 páginas.

Quem desejar adquirir entrar em contato com Professor Pereira Whatsapp 83 9 9911 8286 e ou franpelima@bol.con.br

https://www.facebook.com/photo/?fbid=2945757549026462&set=a.1929416523993908

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MASSILON BENEVIDES LEITE E O ÓDIO DE DÉCIO HOLANDA CONTRA CHICO PINTO

(*) José Romero Araújo Cardoso

Décio Holanda era genro de Tylon Gurgel, homem respeitado na região do Apodi, cujos domínios se efetivavam principalmente em Pedra da Abelha, hoje município de Felipe Guerra (RN).

Cearense de Pereiro, Décio Holanda possuía hábitos e valores nada louváveis, como cultivar ódio em grau exponencial, não conseguindo perdoar desafetos ou pessoas que o desagradassem. Era vingativo ao extremo, movido por verdadeira sede de revanche.

Amigo de ex-comboieiro de nome Massilon Benevides Leite, Décio Holanda foi um dos mentores que fomentaram o aliciamento de séquito de bandidos objetivando atacar Mossoró.

Aurora, no Ceará, um dos redutos dominados pelo poderoso “Coronel” Isaías Arruda, foi outro ponto estratégico de apoio à empreitada que resultou na tentativa audaciosa de ataque à segunda cidade potiguar, em 13 de junho de 1927.

A investida bandoleira contra Mossoró estava prevista para ser realizada no mês de maio, mas quando do início da marcha do bando de Lampião em direção ao Rio Grande do Norte, houve combate em Belém do Rio do Peixe, hoje Uiraúna (PB), resultando em sério revés para o grupo cangaceiro, quando perderam dois importantes membros, pois a torre da igreja havia sido empiquetada. Nesse ínterim, Lampião descobriu ter sido ludibriado. A munição adquirida estava imprestável para uso.

Acatando as ordens do chefe, o bando deu meia-volta e retornou ao Ceará para se refazer do combate desastrosos em Belém do Rio do Peixe, em fazenda do “Coronel” Isaías Arruda, um dos maiores coiteiros de cangaceiros.

A junção de forças, de Lampião e dos demais grupos de cangaceiros que cerraram fileiras com o “rei do cangaço”, com o bando de Massilon estava prevista para acontecer nos primeiros dias do mês de maio, mas devido ao revés ocorrido na Paraíba, ficou absolutamente impossibilitado de acontecer o encontro dos famanazes bandoleiros das caatingas.

Seguindo instruções de Décio Holanda, Massilon e seu bando atacaram Apodi no dia cinco de Maio de 1927. O objetivo era concretizar o ódio devotado pelo irascível genro de Tylon Gurgel contra o chefe político de Apodi.

O “Coronel” Francisco Pinto era um homem que havia colecionado um rosário de inimizades, estando Décio Holanda entre os desafetos mais perigosos. Massilon e seu pequeno bando dominaram facilmente a localidade, exigindo usual tributo e aprisionando sem mais delongas o alvo principal dos atacantes.

Humilhado e conduzido como animal pelas ruas de Apodi, Chico Pinto viu a morte de perto na forma de impressionante punhal arrastado por Massilon para sangrá-lo ali mesmo, na frente de todos, talvez, agindo assim, serviria como aviso para que todos respeitassem Décio Holanda. 

A intervenção oportuna do pároco local foi providencial para evitar o martírio do chefe político apodiense. Era conhecido o respeito que os cangaceiros devotavam aos padres. Naquele dia, Padre Benedito tornou-se o grande herói do Apodi, pois os cangaceiros atenderam ao pedido e deixaram Chico Pinto vivo, não obstante no ano de 1935 ter sido assassinado por questões políticas.

O ataque do bando de Massilon a Apodi, junto com o aviso dado por Joaquim da Silveira Borges e com a carta enviada por Argemiro Liberato de Alencar, de Pombal (PB), destinada ao compadre Rodolfo Fernandes em Mossoró (RN), serviram de aviso para que a inquietude reinasse no peito do bravo chefe político mossoroense de que a iminência de uma invasão cangaceira estava prestes a acontecer a qualquer momento, fato concretizado no mês seguinte quando a audácia de Lampião e seus seguidores chegaram às portas da capital do oeste potiguar exigindo a exorbitante quantia de quatrocentos contos de réis para poupar a cidade de uma invasão violenta. O resultado todos nós sabemos qual foi.

(*) José Romero Araújo Cardoso. Geógrafo. Professor-adjunto da UERN. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente. 

http://sertaoinformado.com.br/conteudo.php?id=19519&sec=2&cat=Jos%E9%20Romero

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ROTA DO CANGAÇO - CHEGADA DE LAMPIÃO A MOSSORÓ

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=25NOxKH2HLs&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Nesse segundo vídeo o pesquisador Geraldo Maia e o historiador Lemuel Rodrigues narram a chegada de Lampião a Mossoró numa brilhante aula de campo. 

Agradecimento especial ao pesquisador e poeta Crispiniano Neto pela música "Bala vai, bala vem", com arranjos de Cláudio Henrique (sanfoneiro) e cantada por Concriz e Ribamar. 

Link desse vídeo: https://youtu.be/25NOxKH2HLs

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UM ATO DE PIEDADE DE CORISCO EM PLENA GUERRA DO CANGAÇO

 Por Na Rota do Cangaço

https://www.youtube.com/watch?v=nIyYeDcivpI&ab_channel=NaRotaDoCanga%C3%A7o

Os presos eram como sonâmbulos daquele pesadelo, sem o direito sequer de escolher o lugar para morrer. Ali estava Joãozinho, o menino rapaz, com dezoito anos, e o coronel Martinho Ferreira um símbolo da resistência de uma geração envelhecida no sofrimento, a todos, descansavam, menos Virgulino Ferreira, à fera indomável dos sertões. Aparta-se do grupo e é acompanhado por Corisco discutem, gesticulam, resolvem, cochicham. Posteriormente liberta os dois prisioneiros.

Fotos ilustrativas de domínio público. Filme de Benjamim Abrahão Botto. Narração Sizinho Junior. Narrativa extraída do livro. LAMPIÃO, O último cangaceiro. De Joaquim Góes.

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CANGAÇO - EU VI CORISCO BALEADO

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=hKLtixgTLOg&t=13s&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Vídeo onde falo um pouco sobre o cerco a Corisco e Dadá, por Zé Rufino. Depoimento de Dona Isabel Ferreira, que era amiga de Zefinha e foi testemunha dos acontecimentos naquela ocasião. 

Link com Sérgio Dantas, sobre vida e morte de Corisco_parte 1 

https://www.youtube.com/watch?v=dCQnN... 

Link com Liandro Sousa, em Barra do Mendes 

https://www.youtube.com/watch?v=39Y7A...

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