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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

TRILOGIA DO ESCRITOR E PESQUISADOR JOSÉ BEZERRA LIMA IRMÃO.

    Por José Bezerra Lima Irmão

Diletos amigos estudiosos da saga do Cangaço.

Nos onze anos que passei pesquisando para escrever “Lampião – a Raposa das Caatingas” (que já está na 4ª edição), colhi muitas informações sobre a rica história do Nordeste. Concebi então a ideia de produzir uma trilogia que denominei NORDESTE – A TERRA DO ESPINHO.

Completando a trilogia, depois da “Raposa das Caatingas”, acabo de publicar duas obras: “Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste” e “Capítulos da História do Nordeste”.

Na segunda obra – Fatos Assombrosos da Recente História do Nordeste –, sistematizei, na ordem temporal dos fatos, as arrepiantes lutas de famílias, envolvendo Montes, Feitosas e Carcarás, da zona dos Inhamuns; Melos e Mourões, das faldas da Serra da Ibiapaba; Brilhantes e Limões, de Patu e Camucá; Dantas, Cavalcanti, Nóbregas e Batistas, da Serra do Teixeira; Pereiras e Carvalhos, do médio Pajeú; Arrudas e Paulinos, do Vale do Cariri; Souza Ferraz e Novaes, de Floresta do Navio; Pereiras, Barbosas, Lúcios e Marques, os sanhudos de Arapiraca; Peixotos e Maltas, de Mata Grande; Omenas e Calheiros, de Maceió.

Reservei um capítulo para narrar a saga de Delmiro Gouveia, o coronel empreendedor, e seu enigmático assassinato.

Narro as proezas cruentas dos Mendes, de Palmeira dos Índios, e de Elísio Maia, o último coronel de Alagoas.

A obra contempla ainda outros episódios tenebrosos ocorridos em Alagoas, incluindo a morte do Beato Franciscano, a Chacina de Tapera, o misterioso assassinato de Paulo César Farias e a Chacina da Gruta, tendo como principal vítima a deputada Ceci Cunha.

Narra as dolorosas pendengas entre pessedistas e udenistas em Itabaiana, no agreste sergipano; as façanhas dos pistoleiros Floro Novaes, Valderedo, Chapéu de Couro e Pititó; a rocambolesca crônica de Floro Calheiros, o “Ricardo Alagoano”, misto de comerciante, agiota, pecuarista e agenciador de pistoleiros.

......................

Completo a trilogia com Capítulos da História do Nordeste, em que busco resgatar fatos que a história oficial não conta ou conta pela metade. O livro conta a história do Nordeste desde o “descobrimento” do Brasil; a conquista da terra pelo colonizador português; o Quilombo dos Palmares.

Faz um relato minucioso e profundo dos episódios ocorridos durante as duas Invasões Holandesas, praticamente dia a dia, mês a mês.

Trata dos movimentos nativistas: a Revolta dos Beckman; a Guerra dos Mascates; os Motins do Maneta; a Revolta dos Alfaiates; a Conspiração dos Suassunas.

Descreve em alentados capítulos a Revolução Pernambucana de 1817; as Guerras da Independência, que culminaram com o episódio do 2 de Julho, quando o Brasil de fato se tornou independente; a Confederação do Equador; a Revolução Praieira; o Ronco da Abelha; a Revolta dos Quebra-Quilos; a Sabinada; a Balaiada; a Revolta de Princesa (do coronel Zé Pereira),

Tem capítulo sobre o Padre Cícero, Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, o episódio da Pedra Bonita (Pedra do Reino), Caldeirão do Beato José Lourenço, o Massacre de Pau de Colher.

A Intentona Comunista. A Sedição de Porto Calvo.

As Revoltas Tenentistas.

Quem tiver interesse nesses trabalhos, por favor peça ao Professor Pereira – ZAP (83)9911-8286. Eu gosto de escrever, mas não sei vender meus livros. Se pudesse dava todos de graça aos amigos...

Vejam aí as capas dos três livros:


https://www.facebook.com/profile.php?id=100005229734351

Adquira-os através deste endereço:

franpelima@bol.com.br

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LIVRO - 3º. VOLUME.

  Por Archimedes Marques

Gostaria de contar com a presença de todos os amigos.

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CARICATURA DE LAMPIÃO

Reinaldo Antiquário

Caricatura de Lampião, pelo caricaturista e ilustrador carioca Álvaro Marins (1891-1949), pioneiro no Brasil da charge animada em cinema, produzindo em 1917 um curta metragem animado sobre o Kaiser (Império Alemão). O Editor desta imagem garante a reprodução fidedigna de Lampeão, fazendo alusões inclusive ao seu rifle. Foi publicada no jornal carioca A NOITE, no início dos anos 1930.

https://www.facebook.com/groups/179428208932798

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LAMPEÃO, VEADOS E ARTESÃOS

 Clerisvaldo B. Chagas, 25/26 de novembro de 2021

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 2.619

O talento está espalhado por todas as partes do mundo. Ele se sobressai no Nordeste com a arte do fabrico de artigos do couro, isso desde o início da ocupação pastoril nos sertões, forçadas pela exigência portuguesa. Inúmeras necessidades dos nativos passaram a depender dos artesãos em todos os tipos de matéria prima. Os artesãos em couro muito contribuíram fabricando bogós para armazenar água nas viagens, vestiram os vaqueiros da cabeça aos pés com chapéu, gibão, luvas, calça, calçados e ainda arreios para as cavalgaduras: selas, chibatas, cabrestos, rédeas e muito mais. Procuravam-se os melhores que eram chamados de “Mestres” e faziam jus ao título popular. Mas a arte não morre e vai varando os tempos cada vez mais robusta no século XXI.

ARTESÃO DO COURO (FOTO:  AUTOR NÃO IDENTIFICADO)

O couro trabalhado predominava o do boi e do bode. Mas como encomenda especial, trabalhava-se com a pele do veado que foi rareando nas caatingas com extinção quase completa. Ele é macio e tem qualidade superior nas mãos dos artífices. Assim encomendávamos anda nos anos 60/70, alpercatas tipo xô-boi e chapéu de couro de veado. Nestas eras, ainda dava para se encomendar a própria carne do servo nas feiras do município de São José da Tapera. Mas tudo foi sumindo e evaporou. LAMPIÃO, que era exigente na qualidade dos seus trajes, gostava sim de uma xô-boi de couro de veado, talvez assim como o seu chapéu com enfeites únicos. Chegamos a usar ainda esse tipo de alpercata que foi substituída pelo sapato “Passo Doble”.

Alguns deputados e senadores do Nordeste, chegaram a exibir nas reuniões, essa moda de alpercata sertaneja de couro de veado feita pelos mestres artesãos nordestinos. Em Alagoas, deputados e acadêmicos lançavam a moda na capital. Poderíamos apontar mestres do passado da Rua Antônio Tavares e Travessa, mas que já estão em outra dimensão. Hoje não sabemos os endereços nem os nomes desses maravilhosos artistas do couro, mas eles estão espalhados por todo o Sertão e Sertão do São Francisco. Um grito de encomenda, ligeiro chega à casa de um mestre.

Infelizmente o couro dos veados da rua não prestam para sela, chapéu, gibão e alpercata. E o pior é que mudaram o “E”.

Fazer o quê?

http://clerisvaldobchagas.blogspot.com/2021/11/lampeaoveados-e-artesaos-clerisvaldob.html

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A BATALHA DA SERRA GRANDE.

Por Acervo: Giovane Gomes
Volantes Nazarenas. - Altino Gomes de Sá , Pedro Aleixo de Carvalho e Sebastião Sobreira.

Há 95 anos acontecia a maior batalha entre Cangaceiros e Volantes. A estratégia do Rei do Cangaço venceu várias forças volantes de Pernambuco. Esses 03 Soldados de Volantes participaram do combate dois deles foram baleados.

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CANGACEIROS FORAM OBRIGADOS A CAVAR AS PRÓPRIAS SEPULTURAS

 

Legenda: O local onde os cangaceiros foram enterrados está abandonado - Foto: Antonio Rodrigues

OS IRMÃOS

"Telegramas recebidos ontem nesta capital informavam que os mesmos bandoleiros haviam atacado o estafe dos Correios no lugar Baixios, a meia légua do Crato, tendo roubado, no mesmo local, cerca de 30 pessoas que se dirigiam para a feira do Crato", detalha o jornal "A Ordem", do dia 7 de setembro de 1927. Os Marcelinos praticavam pequenos assaltos, sobretudo nas cidades de Jardim, Barbalha, Crato e Cariri-Mirim (PE).

Eles entram na vida de cangaço quando o mais velho, João Marcelino, até então vaqueiro, é humilhado pelo delegado Ioiô Peixoto, no meio da feira de Serrita (PE). Ele resolve se vingar e, com ajuda de seu irmão, Manoel, começa a perseguir até matar o policial. "Aí não teve mais sossego, vendeu tudo que tinha, comprou arma e foi ser cangaceiro na Chapada do Araripe", conta Napoleão Tavares.

Manoel e João Marcelino começam sua vida de banditismo pela região, por volta de 1923. O caçula, Raimundo, mais tarde se une, ganhando a alcunha de Lua Branca. Os três servem por um tempo o bando de Lampião, inclusive, Manoel, ganha dele o nome de Bom de Veras, e passa a ser respeitado pelo sertão, por sua agilidade, coragem e destreza com as armas.

"Virar cangaceiro, naquela época, era a coisa mais fácil do mundo. Se olhar a colonização do Brasil, em 400 anos, a tônica é a imposição do terror, a violência. Se sobressaia socialmente aquele que era mais violento, quem manejava melhor as armas de fogo ou brancas, porque não existia o Estado, não chegava em todos lugares. Para defender sua terra, propriedade, sua família, tinha que lançar mão da violência contra índio, contra ladrão, polícia, onça, contra tudo", explica Leandro Cardoso.

Os Marcelinos optam por não seguir o bando de Lampião e praticar seus pequenos crimes no Cariri, como assaltos e roubos. Chegam a matar pessoas inocentes, como o agricultor Joaquim Guida, residente no Baixio do Muquém, em Crato. Sem piedade, ele é assassinado pelo grupo, que não leva nada dele, nem mesmo a feira e seu dinheiro.

Mas o momento mais marcante dos Marcelinos é a invasão de Barbalha para matar o coronel Antônio Xavier. Na calada da noite, se escondem nos arredores do casarão do rival, que dá um jantar para familiares e amigos. Avistando o alvo da janela, os cangaceiros atiram, acertando um espelho e não o coronel. Percebendo o fracasso, fogem dos capangas do poderoso homem.

"Os cangaceiros Marcelinos não tiveram uma representatividade grande, como os Curisco, Labareda. Eles fizeram pequenos assaltos aqui. Não foram de grande importância na historiografia do cangaço. Talvez, a coisa mais importante é a maneira brutal como foram mortos", acredita Leandro Cardoso.

Por outro lado, a morte dos Marcelinos teve destaque em página inteira no jornal de Fortaleza "A Ordem", do dia 7 de janeiro de 1928, descrevendo ação da Polícia que matou João 22 e capturou Lua Branca.

"O Cariry vai agora dormir sossegado, livre de seu pesadelo sinistro. A ação policial contra os bandoleiros, até agora considerada nula, determinou o ânimo do povo em um estado psicológico de completo desalento", narra o periódico.

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/cangaceiros-foram-obrigados-a-cavar-as-proprias-sepulturas-1.1875250

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CANGAÇO - COMBATE DA SERRA GRANDE_PARTE 2

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=rh_EDvRRDyY&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Segunda parte do vídeo onde os pesquisadores Louro Teles e Luiz Ferraz narram como foi o maior combate da história de Lampião, onde ele venceu uma força volante com mais de duas centenas de homens, mostrando a sua supremacia na arte da guerrilha. Link desse vídeo: https://youtu.be/rh_EDvRRDyY

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CANGAÇO - COMBATE DA SERRA GRANDE_PARTE 1

 Por Aderbal Nogueira

https://www.youtube.com/watch?v=Pw9POgQKAtY&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7o

Os pesquisadores Louro Teles e Luiz Ferraz narram como foi o maior combate da história de Lampião, onde ele venceu uma força volante com mais de duas centenas de homens, mostrando a sua supremacia na arte da guerrilha. Link desse vídeo: https://youtu.be/Pw9POgQKAtY

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A SEPULTURA DO CANGACEIRO COLCHETE | CNL | 619

 Por O Cangaço na Literatura

https://www.youtube.com/watch?v=LjU1MhCOPrE&ab_channel=OCanga%C3%A7onaLiteratura

MORTE DE COLCHETE http://blogdomendesemendes.blogspot.c... LAUDO DE COLCHETE https://youtu.be/18X2rGyjxcY SÃO JARARACA https://youtu.be/9dvLPWCs1M4 Arquivo sobre o acidente aéreo https://www.antoniocorreasobrinho.com...

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TRÊS CANGACEIROS DE LAMPIÃO ENTERRADOS NO CEMITÉRIO SÃO SEBASTIÃO DE MOSSORÓ, NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.

 Por José Mendes Pereira


Aqui em Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte, o Cemitério São Sebastião ampara três cangaceiros do bando do capitão Lampião, os quais, vieram na marcha do velho guerreiro, quando fez um frustrado ataque à cidade, mas, saindo daqui às carreiras, com uma mão na frente e a outra atrás, e por pouca sorte, teve um prejuízo na sua famosa malta,com baixas de dois importantes cangaceiros o Colchete o famoso Jararaca. 

Lampião

Lampião pensava que seria muito fácil atacar Mossoró, por ser uma cidade ainda pequena, com uma população de mais ou menos de 25.000 habitantes, mas o facínora se enganara de cheio. Mossoró estava bem preparada para receber a visita de uma porção de delinquentes que tentava extorqui-la, e ela era e continua sendo a maior cidade do Rio Grande do Norte, depois da capital potiguar Natal, e que, apesar de uma pequena população em 1927, já era uma cidade bem desenvolvida e com grande movimento comercial. Em 2020, a sua população era de 300.618 habitantes.

Cangaceiro Massilon Benevides

Dizem que o capitão Lampião foi incentivado pelo o cangaceiro Massilon Benevides (Leite), para fazer este ataque, simplesmente porque ele era grande conhecedor das terras mossoroenses, quando antes, trazia algodão para a fábrica algodoeira Alfredo Fernandes. 

Alfredo Fernandes & Cia. Era para este prédio que o Massilon vendia algodão transpotado por tropa de animais.

Mas o jornalista Alex Gurgel, em um dos seus artigos diz que, o interesse de Massilon Benevides ter aconselhado o capitão Lampião para uma possível invasão à cidade de Mossoró, não era tanto por dinheiro, e sim, para ver se raptava uma das filhas do prefeito Rodolfo Fernandes, pois em suas andanças vendendo algodão aqui na cidade, tinha se apaixonado por uma das filhas do prefeito.

Igreja de São Vicente. 

O primeiro cangaceiro a ser abatido no dia 13 de junho de 1927, à tardinha, no centro da cidade, na rua Alfredo Fernandes com o cruzamento da Alberto Maranhão, bem ao lado da capela de São Vicente de Paula, foi o cangaceiro nomeado Colchete (não tenho maiores informações deste delinquente), que ficou estirado sobre o chão, pronto para se fazer o enterro. 

Sobre a sua última residência em Mossoró que seria cova, não se tem notícia o local certo, pois ela foi perdida com o passar dos tempos. Há quem diga que com o acréscimo de defuntos, ela foi confundida com outras covas.

Prefeito de Mossoró na época da tentativa de saque por Lampião e seu resepitado bando Rodolfo Fernandes de Oliveira.

O pesquisador do cangaço Kydelmir Dantas de Oliveira diz em um dos seus artigos o seguinte:

"... o cangaceiro Colchete não adentrou os jardins da casa do prefeito... Antes disto foi baleado na cabeça e caiu na rua, entre a Capela de São Vicente e a casa da esquina.

Não há suposição de nenhum historiador sobre 'paiol de algodão'... Houve sim, uma trincheira montada na frente da casa, em forma de U, onde ficaram alguns resistentes - isto se vê em foto da época, feita por José Octávio - que aparece nos livros".

Da esquerda para a direita: Igreja de São Vicente de Paula, Entre a igreja e a casa da esquina que nos últimos anos pertenceu ao médico Dr. Leodércio Néo tem a rua Alfredo Fernandes, onde teria caído morto o cangaceiro Colchete lado a lado da igreja e a casa. Onde está uma trincheira feita com fardos de algodão é a casa do prefeito Coronel Rodolfo Fernandes. Ela está intacta e bem cuidada pela prefeitura.

O outro cangaceiro enterrado nos terrenos do cemitério público São Sebastião é o famoso pernambucano da cidade de Buíque, o José Leite de Santana, alcunhado no mundo do crime por Jararaca. Acredita-se que Jararaca é um santo, pois antes de morrer, arrependeu-se dos crimes praticados e depois de morto, credita-se a ele algumas graças alcançadas, portanto, é considerado um santo popular na região de Mossoró.

Jararaca - http://blogdomendesemendes.blogspot.com/2018/06/familiares-irma-do-cangaceiro-jararaca.html

Este foi baleado e capturado no dia seguinte e levado para a Cadeia Pública de Mossoró, Dias depois, ele foi tangido até ao cemitério como um animal qualquer, para ser covardemente abatido lá mesmo. 

Segundo dizem que Lampião teria chamado esta capela de igreja da bunda redonda.

Não todos mossoroenses, mas uma boa parte da população tem o ex-cangaceiro Jararaca como santo. A razão é que algumas pessoas religiosamente se apegam a ele, e dizem ter recebidos graças. Se é ou não verdade, não podemos contrariar as pessoas que nele confiam. Só sei que no dia de finados, túmulo nenhum recebe mais visitantes do que o do ex-cangaceiro Jararaca.

Túmulo do cangaceiro Jararaca. - Veja que ao lado esquerdo do túmulo do Jararaca tem outro colado. É o túmulo do ex-cangaceiro Asa Branca que morreu de morte natural em Mossoró em 1981.

O terceiro e último falecido e enterrado em Mossoró em um túmulo colado ao de José Leite de Santana, o Jararaca. é o paraibano lá de Cajazeiras do Rio do Peixe, Antonio Luiz Tavares, ex-cangaceiro "Asa Branca", que faleceu no dia 02 de novembro de 1981, às 09 horas e 30 minutos, em consequências de problemas cardiorrespiratórios.

Asa Branca

Após o ataque do bando de Lampião à Mossoró, dias depois, o ex-cangaceiro Asa Branca foi preso e transferido para a capital potiguar Natal. Mas posteriormente, o Asa Branca foi recambiado para Mossoró, onde aqui continuou cumprindo sua pena, recebendo liberdade 10 anos depois. 

Historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros

Ista informação acima é do historiógrafo e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros, que tem documentos que comprovam isso (e que eu tive o privilégio de ver em seu acervo, certa vez, no Hotel Thermas de Mossoró),

O professor e pesquisador do cangaço Francisco Borges ao lado do túmulo de Antonio Luiz Tavares - o cangaceiro Asa Branca. Foto feita no dia 24 de Dezembro de 2012 -  no Cemitério São Sebastião, em Mossoró-Rn por Anthony D' Karllos Mendes meu neto/filho.

Anos depois do cangaço e cumprindo sua pena, o Asa Branca passou a ser curandeiro lá pelo Estado da Paraíba, e inclusive, a sua segunda esposa, dona Francisca da Silva Tavares, adquiriu-a quando rezava na cabeceira da sua cama, para curar o mal que lhe incomodava

Cineasta e pesquisador do cangaço Aderbal Nogueira, dona Francisca da Silva Tavares, viúva do ex-cangaceiro Asa Branca e o professor, poeta, escritor, pesquisador do cangaço, Luiz Gonzaga e do antigo trio Mossoró Kydelmir Dantas de Oliveira.

Ela apanhou uma doença que médico nenhum descobriu, e o jeito foi  procurar rezadores. Mas não demorou muito, O homem que antes era marginal e perverso na caatinga, o Asa Branca, agora era um homem que pertencia ao mundo bom de Deus, e a fez levantar da cama. 

Devido viver ali, sempre ao seu lado, os dois findaram se apaixonando. Como já era casada e mãe de um filho de 7 meses que ainda é vivo e reside em Brejo do Cruz, dona Francisca se mandou com o curandeiro aqui para Mossoró. Mas a mando do seu pai Maximiniano, ela foi perseguida, sendo eles obrigados a fugirem para o Ceará.

Se a população de Mossoró descobrir que o ex-cangaceiro Asa Branca era curandeiro, com certeza, em vez de ser só um facínora santo em Mossoró, serão dois. 

Se o ex-cangaceiro Jararaca não rezava nada e é milagroso, o "Asa Branca" rezava muito. Então, tem que ser também santificado pela população desta cidade.

O aposentado do Banco do Brasil, pesquisador do cangaço e membro da SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, Francisco das Chagas do Nascimento, acaba de nos informar o seguinte:

"Em terras mossoroenses, acho que tiveram mais três: Bronzeado, Às de Ouro e Mormaço. Todos justiçados. 

Veja o que ocorreu com Lampião em querer dar um passo maior que a perna. Num ataque de meia hora, paga este preço, pelas consequências da sua ousadia!"

Informação ao leitor: 

Tudo o que eu falei aqui sobre dona Francisca da Silva Tavares, e sobre o seu passado amoroso com o futuro esposo Asa Branca, não é invenção minha. Foi ela que me contou em sua residência no ano de 2012.

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