Por José Mendes Pereira
Um grupo artístico que já é consagrado por sua vasta experiência com festas para debutante, casamento, batizado, além de outros eventos comemorativos.
Por José Mendes Pereira
Um grupo artístico que já é consagrado por sua vasta experiência com festas para debutante, casamento, batizado, além de outros eventos comemorativos.
Por José Mendes Pereira
Em uma das muitas viagens que fizemos às terras encharcadas do Pantanal, localizadas na América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai, onde guardam a mais linda fauna e flora do planeta, fomos atacados por gigantes jacarés, que sem menos esperarmos, ficamos encurralados por mais de 10 devoradores de carne humana.
A equipe de
visitantes ao Pantanal era formada por: Gregório Santos, um engenheiro
agrônomo, formado pela “ESAM”, Mossoró, nos dias de hoje, “UFERSA”, Marcos
Vital, recém formado em Matemática pela “UERN”, antiga “FURRN”, também Mossoró,
Paulo Gameleira, um capacitado professor de Química e Física; as irmãs
gêmeas, Letícia e Lair Prado, cearenses, e eu, um simples professor
de Português.
Foi um dos acontecimentos mais tristes que passamos em toda nossa vida; quando caminhávamos pelos verdejantes e alagados solos Mato-grossense, fomos surpreendidos por uma porção de jacarés, talvez famintos, alguns já velhos e desnutridos, faltando-lhes alguns devoradores dentes; outros ainda muito jovens, e dois ou três estavam se preparando para a juventude.
As chances de
sairmos de lá vivos eram restritas, talvez um ou dois por cento, se bem que
tivéssemos oportunidades para sobrevivermos.
Nenhum de nós
estava livre dos ataques daquelas fortes mandíbulas. Os jacarés nos
vigiavam como se fôssemos o último almoço de todos os tempos. Cada passo que
nós dávamos para frente ou para traz, os jacarés, um a um, nos acompanhava.
O primeiro a
estrear nos amolados e pontiagudos dentes de um jacaré foi o Gregório Santos;
com uma só fechada de mandíbulas, o velho jacaré o partiu ao meio, e nem
precisou sair do lugar para capturá-lo. Nós que assistíamos de perto tamanha
malvadeza, já esperávamos a nossa vez.
Em seguida foi
a vez do Marcos Vital que tentou correr por cima de alguns jacarés
enfileirados, mas foi pego por um esfomeado, arremessando-o ao
longe, já caindo pronto para os jacarés o saborearem.
Aos poucos os esfomeados foram fechando o cerco, e um jacaré dos mais jovens resolveu abocanhar um dos braços do Gameleira, arrancando-o de uma só vez, e ao cair, foi devorado por um que quase provocou uma confusão danada com outro que disputava o corpo do Gameleira.
Como todos nós
ali estávamos condenados a passarmos pelas mandíbulas de tantos
jacarés, finalmente chegou a minha terrível vez. Quando um jacaré partiu para
me devorar, eu desesperado gritei: “-Valha-me Jesus Cristo!” E com esse grito
assustador, acordei. Eu estava sonhando.
Que felicidade! Os jacarés existiram apenas no meu sonho.
Minhas simples
histórias
Por José Mendes Pereira
ribamarpoeta@outlook.com
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Por José Bezerra Lima Irmão
Natal? Papai Noel? Cuidado: estão de olho no seu bolso... A palavra “Natal”, da qual se derivam “natalício”, “nativo”, já representou a data – 25 de dezembro – em que se convencionou comemorar o nascimento de Jesus, o Messias. Mas a ganância de uns e a parvoíce de outros desvirtuaram o sentido do Natal. Fazem a festa, mas se esquecem do aniversariante. Agora só se ouve falar em “Papai Noel” e em “Amigo Secreto”, invenções do comércio. De olho no 13º salário do trabalhador, os shoppings apressam os tolos, exortando: “Antecipe o seu Natal” – ou seja, passe pra cá o seu dinheirinho... Um mês antes do Natal, o setor de varejo deflagra uma campanha importada, a Black Friday (nada melhor para pegar os néscios deslumbrados do que uma expressão em inglês). No rastro desta, sucedem-se as chamadas Black Nights. E assim, “de black em clack”, o 13º do trabalhador “leva a breca”. Durante o ano, tem o Dia das Mães, o Dia dos Pais, o Dia das Crianças, e por aí vai, tem dia pra tudo, e só se ouve compre isso, dê aquilo de presente... Ora, para demonstrar afeto ou gratidão não é preciso dar presente no exato dia apregoado pela mídia, como se fosse uma obrigação, um fardo. Se você quer mesmo presentear alguém, ofereça-lhe algo que venha engrandecer a pessoa a ser presenteada, dê-lhe algo que a faça lembrar-se de você toda vez que olhar o objeto recebido. E saiba que, ao dar um presente, você, mesmo de forma inconsciente, deixa transparecer o que pensa da pessoa a quem está presenteando: denota se você a considera uma pessoa frívola ou uma pessoa inteligente. O melhor presente continua sendo um bom livro: Machado de Assis (Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas...); Jorge Amado (Gabriela Cravo e Canela, Mar Morto, Tenda dos Milagres, Tocaia Grande...); João Ubaldo Ribeiro (Viva o Povo Brasileiro, Sargento Getúlio...); Domingos Pascoal (Experimente mudar, A Mudança Começa em Você - autoajuda); Oleone Coelho Fontes (Um Jagunço em Paris); Antônio Francisco de Jesus (O Menino Amarelo, Os Tabaréus do Sítio Saracura, Tambores da Terra Vermelha, Os Ferreiros...); Jorge Henrique Vieira Santos (Mutante in Sanidade, Glória Cantada em Versos, A Polidez no Discurso sobre a Inclusão da Pessoa com Deficiência na Escola); Lucas Lamonier (Janelas da Alma). Estou falando essas coisas porque também estou vendendo o meu peixe... Sou autor de Lampião – a Raposa das Caatingas, Capítulos da História do Nordeste, Corisco e Dadá (uma saga de amor, cachaça e sangue), Maria Bonita – Dona Maria do Capitão. O livro “Lampião – a Raposa das Caatingas” está na sexta edição. Veja bem: seu pai, sua mãe, seu tio, sua tia, seu amor, seu amigo (inclusive seu "amigo secreto"), enfim, qualquer pessoa que tenha algum vínculo com a cultura e a história do sertão nordestino certamente adorará receber neste Natal uma obra que, mais do que a simples história do rei do cangaço, vem sendo considerada pelos estudiosos do tema como sendo uma síntese da história do Nordeste na virada do século XIX até a metade do século XX. A história do Nordeste resume-se a esses três personagens: Lampião, Padre Cícero e Antônio Conselheiro. “Lampião – a Raposa das Caatingas” é um livro concebido e realizado com seriedade, deixando de lado as lendas, mitos e invencionices sobre a figura do legendário guerrilheiro do Pajeú. Além da farta bibliografia sobre o cangaço, baseei-me nos jornais da época, entrevistei dezenas de personagens ligadas aos fatos. O livro contém fotos e dezenas de mapas, indicando os lugares onde os fatos ocorreram. Indica até as coordenadas geográficas. Analisa as causas históricas, políticas, sociais e econômicas do cangaceirismo no Nordeste brasileiro, numa época em que cangaceiro era a profissão da moda. Os fatos são narrados na sequência natural do tempo, muitas vezes dia a dia, semana a semana, mês a mês. Destaca os principais precursores de Lampião. Conta a infância e juventude de um típico garoto do sertão chamado Virgulino, filho de almocreve, que as circunstâncias do tempo e do meio empurraram para o cangaço. Lampião iniciou sua vida de cangaceiro por motivos de vingança, mas com o tempo se tornou um cangaceiro profissional – raposa matreira que durante quase vinte anos, por méritos próprios ou por incompetência dos governos, percorreu as veredas poeirentas das caatingas do Nordeste, ludibriando caçadores de sete Estados. A leitura desse livro, espero eu, fará com que o Natal da pessoa presenteada se prolongue por mais tempo, durante o Ano Novo, já que a obra tem exatamente 736 páginas. Feliz Natal! Boas Festas! E que em 2024 e nos anos vindouros se mantenha sempre acesa a chama do interesse pela história e pela cultura do nosso querido Nordeste. A melhor forma de demonstrarmos amor à nossa terra é estudando a sua geografia e a sua história. Um fraternal abraço.
josebezerralima369@gmail.com.br - Vendas presenciais: Livraria Escariz - Veja, anexa, a capa do livro.
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Por Rangel Alves da Costa
O cangaceiro Penedinho nasceu nas entranhas sertanejas do então distrito de Poço Redondo. Batizado como Teodomiro, era filho de Mané Pequeno e Dona Calu. Estes, levados pelas secas grandes e pela falta de meios para o ganha-pão, então foram morar em Canhoba, nas terras de Antônio Caixeiro, proprietário da Fazenda Borda da Mata e amigo e protetor de Lampião.
O convívio nas terras de um protetor de cangaceiros foi despertando no jovem um estranho e perigoso desejo, o de se tornar cangaceiro. E assim aconteceu, tendo na cangaceirama recebido a alcunha de Penedinho e logo passando a servir no bando de Juriti. Cangaceiro destemido, porém arrogante, deseducado, de poucos amigos. Gostava de olhar os demais com olhos e cabeça rebaixados, sem demonstrar estima por ninguém, sempre com ares de arrependimento e como se quisesse dizer que aquele mundo não era o seu. Sabia, contudo, que uma vez entrado no cangaço somente em arriscada fuga, em estado de grave enfermidade ou varado de balas seria possível se distanciar daquele mundo. Quer dizer, havia sido atraído pela fama de Lampião e seus bandoleiros, mas o arrependimento parecia lhe corroer, ainda que no convívio de primos, vez que tanto Canário como Adília eram seus parentes. Não se sentiu entristecido nem tampouco revoltado quando Lampião, sua Maria Bonita e mais nove cangaceiros foram emboscados e chacinados ao alvorecer daquele 28 de julho de 38, na matança da Gruta do Angico, nos sertões ribeirinhos de Poço Redondo. Não sentiu um tantinho assim de aflição ainda que três parentes seus também tivessem sido dizimados. Pelo contrário, viu naquela matança a oportunidade que tanto procurava para sair daquela vida de temores, perigos e correrias. Com a morte do Capitão, o cangaço estava sem sua liderança maior e seu fim logo se aproximaria. E ele, Penedinho, teria novamente a liberdade que tanto almejava. O problema é que a morte do coração do cangaço não permitiu que, de imediato, as portas fossem abertas para que cada cangaceiro seguisse para onde quisesse. Onze haviam morrido na empreitada de sangue, mas um monte de cangaceiros ainda restava escondido ou espalhado por todo lugar.
E estes sobreviventes passaram a ficar na mira dos mosquetões, a interessar aos algozes e a serem duramente perseguidos por comandantes de volantes e outras forças militares. Fugindo do fogo da morte e da tempestade agonizante que se formou após a derrocada de Lampião e Maria Bonita, Penedinho foi forçado a se embrenhar nos matos ao lado de Juriti e sua companheira Maria, e de Canário e sua companheira Adília. Após percorrem alguns esconderijos, então decidiram seguir até a Fazenda Cururipe, de propriedade do pai do também cangaceiro Cajazeira (Zé de Julião, que perdeu sua Enedina no mesmo fogo da morte). Perto da sede da povoação, a permanência ali seria para facilitar contatos que possibilitassem uma entrega mais segura às forças policiais. Juriti, Maria, Canário e Adília, queriam, pois, se entregar, mas Penedinho não, pois sua intenção era outra e já estava com tudo premeditado. Contudo, a ninguém revelou seus planos. As negociações para as entregas ainda nem tinham começado quando o estado avançado na gravidez de Adília fez tudo atrasar. Somente quando esta foi transferida para a região de Propriá é que novamente começaram a se pensar num plano de entrega. Mas já havia se passado tempo demais e então Juriti resolveu ir procurar ajuda com o seu sogro Rosalvo Marinho, pai de sua Maria. Quando o casal partiu, então no Coito do Cururipe ficaram somente Canário e Penedinho. Foi então que os planos de Penedinho foram se transformando em oportunidade. Estar só com o companheiro de Adília, ainda que este fosse também seu primo, era como ter à mão uma chave libertadora. Jamais pensou em se entregar pelo simples fato de que era covarde, era medroso demais, e se arrepiava inteiro só em pensar em ser preso como um cangaceiro comum e daí sofrer na pele as agruras de um reles bandido. Então buscou na memória o que já tinha ouvido falar: cangaceiro que mata cangaceiro é perdoado ou tem a pena muito diminuída. E foi por isso que resolveu matar Canário. Penedinho aproveitou um instante de distração do companheiro e lhe deu um tiro certeiro de mosquetão. Com a morte consumada, o traidor rumou em direção ao quartel de comando de Zé Rufino na baiana Serra Negra, vizinho a Poço Redondo, para dar conta de seu feito e assim receber as benesses alardeadas. O comandante Zé Rufino, sempre ávido pelos espólios do cangaço, rapidamente se dirigiu ao Cururipe para confirmar. Confirmou, cortou a cabeça de Canário e retornou com a degola e com as riquezas encontradas. Em tudo, além da traição em si, em Penedinho se avolumam ainda outras características próprias de um covarde. Esperou que Juriti e Maria partissem para perpetrar seu plano, não deu chances ao outro se defender, não respeitou o sangue familiar nem o parentesco, e assim fez porque morria de medo de ser preso e tratado como um bandido comum. Matou à traição, apenas isso. Apenas a covardia de um covarde. Saliente-se por último que não procede a versão segundo a qual a morte de Canário havia sido encomendada a Penedinho por Antônio Caixeiro, o Senhor da Borda da Mata, pelo fato de que o companheiro de Adília havia tentando extorqui-lo. O Coronel não precisava de terceiros ou de um pé-rapado para tal feito, bastaria avisar ao amigo Lampião. Nas fotos abaixo, o primeiro é Penedinho, e o segundo é Canário.
https://www.facebook.com/groups/lampiaocangacoenordeste
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.Por Denilson Meneses
O criador do Shrek, William Steig, desenhou seu personagem tendo o lutador profissional Maurice Tiye como base.
Por Aderbal Nogueira
https://www.youtube.com/watch?v=Kavqx3-Ukvs&ab_channel=AderbalNogueira-Canga%C3%A7oNesse terceiro vídeo, João Souto fala de seu pai, o ex-cangaceiro Moreno, e conta que ele fez ameaças aos 98 anos de idade. Para participar da Expedição Rota do Cangaço entre em contato pelo e-mail: narotadocangaco@gmail.com Seja membro deste canal e ganhe benefícios: / @aderbalnogueiracangaco Parcerias: narotadocangaco@gmail.com #lampiao #cangaço #maria bonita #cangaceiros
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Por Verluce Ferraz
https://www.youtube.com/watch?v=epBNaKIFgQ8&ab_channel=VerluceSFerrazhttp://blogdomendesemendes.blogspot.com