Por José Mendes Pereira
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domingo, 6 de junho de 2021
MARIA BONITA ERA TÃO MÁ QUANTO O PRÓPRIO LAMPEÃO.
A FEIRA DAS CABEÇAS
Por:Aurélio Buarque de Holanda
- Mataram Lampião... Parece mentira!
O LOMBISOMEM DA MISSÃO DO SAHY! VERDADE OU LENDA???
Por Guilherme Machado
Nossa reportagem esteve visitando o povoado nessa terça-feira(26), depois que alguns telefonemas foram realizados para a redação do Programa Pega Fogo, da Rádio Rainha FM de Senhor do Bonfim e algumas pessoas na sede do povoado disseram desconhecer o caso, porém outros moradores informaram que de fato uma criatura estranha foi vista nas imediações da Grota próximo a Fazenda Varzinha, e com características de homem na face com o corpo enorme e peludo, na qual teria sido perseguido por alguns moradores daquela localidade.
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MÚSICO SIDNEY DIAS
Por Guilherme Machado
Rara fotografia do músico Sidney Dias tocando com a sanfona que ganhou do Rei do Baião Luiz Gonzaga. Fotografia foi feita nos anos 80 no bar do vagão do popular Chicão que aparece ao lado do músico... Hoje a Sanfona Silvio Marotto 120 baixos faz parte do acervo do Museu do Gonzagão de Serrinha.
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O MASSACRE DA FAZENDA PATOS
Por Helton Araújo
Sem dúvidas o massacre da fazenda Patos onde a família Ventura foi barbaramente massacrada por Corisco e seu bando é um dos mais terríveis da sangrenta história do cangaço.
O fato se deu no dia 02 de Agosto de 1938.Corisco revoltado com as mortes de Lampião, Maria Bonita e mais 9 cangaceiros, decidiu encontrar o culpado pela traição. Assim ele chegou até seu coiteiro Joca Bernardes, o mesmo que ja havia entregado Pedro de Cândido coiteiro de Lampião para as volantes, resultando no cerco de Angicos e no eventual fim do lider mor dos cangaceiros.
Joca, usando de malícia, desta vez para se livrar da fúria de Corisco, insinua que Domingos Ventura seria o delator de Lampião, Corisco tomado de ótimo e o insaciável desejo de vingança parte até o lar do honesto sertanejo, e lá como todos bem sabem acontece uma das maiores chacinas da história do cangaço.
Ali foram mortos 6 pessoas, todos da mesma família. Domimgos e sua esposa Guilhermina, além dos filhos foram todos decapitados. O carrasco da família sob ordem de Corisco foi o cangaceiro Velocidade.
O massacre só não foi maior por Dadá mulher de Corisco não ter permitido a morte das crianças. Com o chefe Corisco estavam presente naquele terrível dia :
Sua companheira Dadá, Pancada e seu mulher Maria Jovina (Maria de Pancada), os irmãos Velocidade e Atividade, Jandaia, Peitica, Vinte e Cinco, Gitirana e Caixa de Fósforo.
Corisco mandou por João Crispim, as cabeças endereçadas ao tenente João Bezerra. O prefeito João Correia Brito recebeu o macabro presente e providenciou um enterro cristão para os inocentes.
Por : Helton Araújo
Obs : A foto na montagem é do suposto cangaceiro Caixa de Fósforo.
Conversando com o amigo Aderbal Nogueira ficou claro que Vinte e Cinco não estava presente no momento da chacina. Pesso desculpas pelo erro.
Fonte : João De Sousa Lima e Ricardo Nascimento
Fotos : Benjamin Abrahão
Edição : Helton Araújo
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NOTA DE PESAR!
Por S´lavio Siqueira
Amigo Valdir José Nogueira, nós que fazemos o grupo Ofício das Espingardas, lhes prestamos uma homenagem de pesar pela "viagem" de sua amada mãe para outra dimensão. Sabemos que a separação é temporária, porém, é muito dolorida.
Adendo - O blog do Mendes e Mendes também lamenta a viagem da sua mamãe, mas ela irá para bem juntinho de Deus!
Nossos sentimentos meu amigo.
O CANGAÇO MACABRO (OU AS CABEÇAS COMO TROFÉU DE SANGUE)
Por Rangel Alves da Costa
O ATAQUE DE LAMPIÃO À MOSSORÓ – A HISTÓRIA DO MOTORISTA “GATINHO”
Autor – Rostand Medeiros
Seja por esperteza, medo ou desinformação, naquele dia 12 de junho de 1927, um domingo, João cedeu o veículo para “Gatinho” fazer o serviço que surgisse e ganhar mais perícia na condução.
“Gatinho”, como todos em Mossoró, estava apreensivo com a notícia da invasão do bando ao Rio Grande do Norte, os boatos sobre o tiroteio ocorrido no dia 10 de junho, no lugar Caiçara (próximo ao atual município potiguar de Marcelino Vieira), as muitas informações desencontradas, a movimentação para a defesa da cidade, a fuga dos moradores e outras situações que alteraram aquela inesquecível semana na “Capital do Oeste”. Mesmo assim “Gatinho” estava pronto para realizar qualquer viagem.
Na tarde daquele dia, o carro de Francisco Paula foi contratado pelo comerciante e fazendeiro Antônio Gurgel do Amaral, um rico proprietário que possuía uma fazenda no lugar “Brejo do Apodi”, próximo a então vila de “Pedra de Abelha” (atualmente município de Felipe Guerra). Gurgel estava preocupado com sua esposa, pois a mesma se encontrava na sua fazenda e desejava trazê-la a Mossoró.
Por volta da uma da tarde, os dois seguiram direção sul.
A viagem prosseguia tensa, como não poderia deixar de ser diante da situação reinante. O veículo trafegava por uma estrada irregular, não mais que um caminho estreito, que mal dava para um carro pequeno seguir.
Por falta de conhecimento ou nervosismo, “Gatinho” errou o trajeto e levou seu passageiro para o lugar Apanha Peixe, a 13 léguas da vila de São Sebastião (hoje município de Governador Dix-Sept-Rosado). Nas proximidades se localizava a fazenda “Santana”, de propriedade de Manoel Valentim, que neste momento tinha a sua residência invadida e era prisioneiro do bando de cangaceiros de Lampião.
Eram mais ou menos quatro horas da tarde quando “Gatinho” ouviu tiros que não sabia de onde vinha. O motorista se protegeu como pode, Antônio Gurgel ordenou a parada do veículo. Nove balaços de mosquetão teriam atingido a carroceria do veículo.
Ao levantar a cabeça, “Gatinho” viu um cangaceiro com um fuzil apontado para ele. Era um moreno forte, de estatura elevada, que por esta razão tinha a alcunha de “Coqueiro”.
Este cangaceiro, junto com outros membros do bando, mandou o motorista e o passageiro renderem-se e passou a rapinar os seus pertences. Do fazendeiro Gurgel foram arrecadados uma aliança, um par de óculos, uma caixa com cinquenta balas de rifle Winchester calibre 44, um conto de réis e uma pistola tipo “mauser”. Provavelmente uma pequena pistola com calibre 7,65 m.m., das marca “FN” ou “Colt.
O cangaceiro “Coqueiro” exultava a todo o bando de facínoras a prisão de um “coronelão de muito dinheiro”.
Depois da “coleta”, os dois prisioneiros foram levados à presença de Massilon Leite e Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”.
Junto ao líder dos bandidos estava José Tibúrcio e Fausto Gurgel, irmãos de Antônio Gurgel, que tiveram seus resgates estipulados em um conto e quinhentos mil réis. O bandido Sabino, depois de uma rápida palestra com o novo prisioneiro, estipulou a vultosa quantia de quinze contos de réis para a sua liberdade. Sem condições dos prisioneiros ponderarem, ficou decidido que o irmão Fausto retornaria Mossoró com “Gatinho”, para buscar a dinheirama.
E era realmente muito dinheiro.
Para se ter uma ideia deste valor, vamos observar como exemplo a edição de 18 de junho de 1927, do jornal “A Republica”, onde se encontra um balanço financeiro, listando as rendas postais apuradas em cada uma das agências dos correios existentes no Rio Grande do Norte em 1926. Na progressista Mossoró de então, que possuía Banco do Brasil, um forte comércio de algodão e até funcionava uma Alfândega, os Correios e Telégrafos apuraram em todo aquele ano 10.255$300 (dez contos, duzentos e cinquenta e cinco mil e trezentos réis).
Diante da quantia pedida, Antônio Gurgel preparou uma carta para ser entregue a seu cunhado Jaime Guedes, então gerente da agência do Banco do Brasil em Mossoró e pessoa certa para lhe salvar desta situação.
Neste meio tempo, “Gatinho” realizava pequenas voltas pela propriedade, com o veículo cheio de bandoleiros. Muitos destes cangaceiros estavam tendo o seu primeiro contato com um automóvel. A brincadeira acabou quando a chamado de Lampião, o motorista e Fausto Gurgel receberam a missão de levar a carta de Antônio Gurgel para Mossoró.
O “Rei do cangaço” exigia dos dois “estafetas” a maior discrição sobre o caso, se não Antônio Gurgel pagaria com a vida.
No retorno, “Gatinho” e Fausto encontraram dois conhecidos que pediam condução na beira do caminho. Eram Alfredo Dias e Porcino Costa, que se dirigiam a Mossoró.
Achando estranho o fato de Fausto estar àquela hora de retorno a “Capital do Oeste”, Dias inquiriu-o sobre o que estava fazendo? De onde viam? Se sabiam notícias dos cangaceiros? Fausto no inicio desviou o assunto, mas diante da insistência cedeu e narrou o ocorrido e o suplício por que passava seu irmão.
Ao chegarem à vila de São Sebastião, atual município de Governador Dix-Sept-Rosado, os dois viajantes pediram para descer do veículo e seguiram para a estação ferroviária, onde deram um alarme para Mossoró através de um telefone existente neste local.
“Gatinho”, para desespero de Fausto, saiu a divulgar pela vila a notícia alarmante; “-Se prepare todo mundo que os cangaceiros vão invadir”. Cinquenta anos depois, em um depoimento prestado ao jornal dominical natalense “O Poti” (edição de 13 de março de 1977), Francisco Agripino afirmava que poucos em São Sebastião lhe deram crédito.
O motorista e Fausto seguiram para Mossoró. Por volta das oito e meia da noite, encontraram-se com Jaime Guedes e o prefeito Rodolfo Fernandes, onde foram narrados os fatos e entregue a carta de Gurgel. O prefeito só ficou satisfeito em relação à veracidade da notícia quando viu a lataria do Chevrolet perfurada de balas.
Nesta mesma noite de 12 de junho, “Gatinho” ainda ajudou na defesa de Mossoró, transportando fardos de algodão de depósitos existentes na cidade, para pontos que seriam utilizados como baluarte de defesa.
“Gatinho” não estava em Mossoró no dia do assalto, fora contratado para seguir para Fortaleza, às nove da manhã de 13 de junho, com a esposa e dois filhos do médico Eliseu Holanda. Segundo o motorista, depois deste episódio, não mais teve notícias se este médico e sua família retornaram a Mossoró, “nem a passeio”.
Em Fortaleza, o “estafeta de Lampião” passou alguns dias esperando a situação se acalmar.
Muitos anos depois, em sua residência na Praça Redenção, 183, na tranquilidade de sua velhice, “Gatinho” narrou ao repórter Nilo Santos, de “O Poti”, as suas inesquecíveis lembranças da meia hora que passou entre o bando de Lampião. Para ele, muitos dos cangaceiros eram demasiado jovens para aquela vida, “umas crianças” ele afirmava. Na sua memória Massilon marcou como um sujeito feio, carrancudo, grosseiro, ignorante, “que dava até medo em olhar para ele”. Lampião lhe deixou uma impressão positiva, apesar da fama, “parecia um sujeito educado, pelo menos neste dia não estava furioso”. Sobre “Coqueiro”, o condutor o considerava um moreno forte, bem disposto e “bastante alto para justificar o apelido”. Quando o cangaceiro “Mormaço”, foi detido, informou as autoridades que “Coqueiro” havia deixado o bando no Cariri e seguira para o Piauí, entretanto, segundo o pesquisador Raimundo Soares de Brito, este cangaceiro foi morto pela polícia cearense, no lugar “Cruz”, aparentemente no município de Maranguape.
Francisco Agripino de Castro se tornou um profissional do volante respeitado, era conhecido como uma pessoa calma, amigo de todos e faleceu em 16 de março de 1991.
https://tokdehistoria.com.br/2014/12/06/o-ataque-de-lampiao-a-mossoro-a-historia-do-motorista-gatinho/
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