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segunda-feira, 8 de março de 2021
MORTE DO AMÂNCIO FERREIRA DA SILVA O DELEGADO DELUZ - PARTE 1
Por José Mendes Pereira
Quem conheceu o famoso e perverso Amâncio Ferreira da Silva? Assim como eu, se você não o conheceu não perdeu nada, pois este homem era cruel, e podemos dizer que era mais cruel do que os próprios cangaceiros. Pois sim, o nome que você terminou de ler era de um dos mais famosos caçadores de bandidos de que se têm notícias na história da polícia militar de Sergipe.
O escritor Alcino Alves afirma e o pesquisador e colecionador do cangaço Ivanildo Alves Silveira comprovam que, este militar era pernambucano; uns dizem ser de São Bento do Una, e outros garantem que a cidade do comandante de volante era Gravatá. Sabe-se com certeza que Amâncio Ferreira da Silva nasceu no dia 11 de agosto de 1905. O nome de batismo ficou no esquecimento. Desde criancinha recebera a alcunha de Deluz.
Quando jovem abraçou a profissão de policial no Estado de Sergipe, e por ser dono de bons procedimentos junto às autoridades do governo, recebeu ordens para ir destacar no porto navegável do Baixo São Francisco, o pequeno lugarejo dos Brito, Canindé do São Francisco.
Nesse tempo o capitão Lampião já era pra lá de famoso, casava e batizava nas regiões do nordeste sem nenhum medo da justiça. Deluz foi incumbido pelo comandante da polícia seguir os passos dos facínoras, e essa lhe serviu bastante, recebendo graduações em sua vida de militar.
Era quase certo que o Deluz já apresentava coragem para enfrentar aqueles homens destemidos, e isso fez com que o seu nome passou a ser famoso em toda região do baixo São Francisco. No seu dicionário a palavra medo era coisa antiga, apenas estava adormecida nas suas páginas. O sargento Deluz era genioso, violento, bruto e além do mais perverso ao estremo.
OS FILHOS DE LAMPIÃO FICARAM ÓRFÃOS.
O fato mais comentado que aconteceu no sertão nordestino foi quando os sertanejos souberam que o rei do cangaço tinha se atrapalhado com as suas estratégias, quando ele, sua amada Maria Bonita e mais nove cangaceiros haviam sido exterminados no dia 28 de julho de 1938, na Grota do Angico, no Estado de Sergipe. Por último, sem o rei dirigindo as suas maldades e ordenando aos facínoras as invasões que deveriam ser feitas, o cangaço de Lampião também morreu na presença de todos os bandidos. E com esse acontecimento não tendo mais ataques de cangaceiros Deluz encarregou-se por conta própria de perseguir o restante de bandidos que havia sobrado da "Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia", do capitão Lampião. Agora seria encontrar por toda região os ex-cangaceiros para exterminá-los, e um deles, posteriormente em 1941 foi o famoso cangaceiro Juriti covardemente preso na Pedra D'água de Rosalvo Marinho, e desumanamente assassinado nas terras do perverso. Agarrar facínora e tanger como se fosse um animal para prendê-lo na cadeia de Propriá ou amarrá-lo a uma pedra e levá-lo para ser jogado nas águas do rio São Francisco era um dos seus maiores desejos e não tinha ninguém empatasse as suas crueldades. Enquanto os dias se passavam mais ainda o seu nome continuava além de temido pela população das regiões adjacentes a Propriá e bem aplaudido pelos militares. O delegado era até admirado pelas mocinhas jovens e bonitas desejando-o e muitas delas chegaram a se apaixonar quando viam o temido policial passeando pelas ruas do pequeno lugarejo do Rio São Francisco. Sabia-se que ele era como uma suçuarana invencível, capaz de exterminar de uma só patada um cangaceiro solitário e órfão desde julho de 1938
UM FILHO CHAMADO JOÃO.
Em Poço Redondo uma numerosa família deixou o vilarejo de Luís da Cupira e de China e foi morar na pequena localidade de Curituba, nas terras de Canindé do São Francisco, na intenção de acompanhar a um tio paterno o João Grande que naquela localidade residia. Um filho de nome João filho de Hipólito José dos Santos e dona Marinha Cardoso dos Santos carinhosamente Vevéia, sendo seus filhos: Geminiano, Joaquim, Chiquinho, José, apelidado de Zé Hipólito, Antônio, alcunhado de Touca, Miguel, Manuel de Naninga, além do João que ganhara o apelido de João Marinho e as irmãs Isabel, apelidada de Iaiá; Maria, Antônia Rosa, Júlia, Filomena e Francelina, somando quatorze irmãos, descendentes daquela que era uma das mais tradicionais famílias das areias brancas de Poço Redondo.
JOÃO MARINHO APAIXONA-SE E CASA.
João Marinho não tendo outro meio para sobreviver vivia ali mesmo no chão de Canindé. Vendo o bom comportamento de uma donzela bonita descendente dos Gomes, família de nome e renome naquele chão seco e sofrido, João apaixonou-se e os dois fincaram caminhando para o matrimônio. João Marinho foi trabalhar em uma das propriedades do Chico Porfírio Fazenda Brejo, uma excelente fazenda. O casal não estranhou porque já era adaptado aos trabalhos da época, e lá tiveram uma numerosa filharada. A cada ano passado um filho botava o focinho no mundo. Foram os seguintes filhos: Hortêncio, Jonas, Zé Marinho, Santana, Totonho Marinho, Agenor, João, Fausto, Mãezinha, Angelina, Maria (Maninha), Dalva e Santa.
JOÃO MARINHO MELHORA DE VIDA E COMPRA PROPRIEDADE.
Os anos caminhavam agasalhando-se ao tempo e o João Marinho disposto no trabalho e sempre fazendo planos para comprar a propriedade que morava. E viu o seu sonho ser realizado. Sim Senhor! Comprou a própria fazenda Brejo que antes era um simples empregado. E como não escolhia serviço para ganhar o pão do cada dia fez do Brejo uma das mais consideradas propriedades lá do Canindé do São Francisco. O nome do João Marinho era falado por toda localidade. Não lhe faltavam elogios.
Dois irmãos Chiquinho e Zé Hipólito foram com ele para o Canindé do São Francisco, e lá casaram com duas irmãs: a Delfina e Anália. Chiquinho apaixonado pela luta de gado optou por ser vaqueiro no Belo Horizonte. Já o Zé Hipólito fez sua moradia em Pindoba, nome que ele mesmo escolheu.
Diz Ivanildo Alves Silveira pesquisador e colecionador do cangaço que o lugar é o mesmo que nos dias atuais é a grande fazenda Rancho do Vale, e que atualmente é propriedade de um senhor chamado Jair Monteiro Santos. Depois que vendeu a propriedade Pindoba ao tenente João Maria da Serra Negra, Zé Hipólito fez nova moradia, dando-lhe o nome de Vertente.
VAMOS VOLTAR À CASA DE JOÃO MARINHO?
Afirma ainda Ivanildo Silveira que o João Marinho se tornou num patriarca, ganhando a consideração e respeito daquela gente na região. Namorar os filhos e as filhas de João Marinho era o sonho de toda juventude sertaneja.
Amâncio Ferreira da Silva o Deluz se rendeu à beleza de uma das filhas do famoso fazendeiro. Estava apaixonado pela Dalva filha de João Marinho e da Dona Maria Gomes. Era neta de Hipólito José dos Santos e dona Marinha Cardoso dos Santos a Vevéia.
João Marinho o pai de Dalva não via com bom olhar àquela união da filha com o sargento Deluz, porque sabia da sua fama. Aquele engodo poderia atrapalhar a felicidade que reinava no seio da sua família. A paz e o sossego era a sua paixão, e queria o melhor para a querida filha. O seu medo era que aquele namoro da Dalva com o patenteado se tornasse em casamento. E foi o que aconteceu. O fazendeiro não estava o condenando como forma de protesto, e sim, o delegado não tinha respeito por ninguém, e como pai, jamais havia se enganado. E até desejava que o coração que o conservava vivo errasse o seu pensamento. Mas de gosto ou contra gosto infelizmente preparou e presenciou o casamento da filha com o temido Deluz.
Quando a família pensava que tudo era flor na casa da Dalva três dias após o casamento o desumano Deluz fez gracinha, cometendo a primeira injúria com a esposa e seus familiares, decepcionando pai, mãe, irmãos e todos da comunidade, levando a Dalva de volta à casa dos pais.
Agora sim, por que isso aconteceu logo nos primeiros dias de união, entregar a esposa aos seus pais? O sargento Deluz teria descoberto que a Dalva não era mais virgem, ou não a quis mais por pura maldade? A família tinha que saber o porquê da entrega da Dalva.
CONTINUA AMANHÃ...
EXU, UMA TRAGÉDIA SERTANEJA
Exu, Uma Tragédia Sertaneja, levado ao ar em 16 de janeiro de 1979, retratou a briga das famílias Sampaio e Alencar, na cidade pernambucana de Exu, que se arrastava desde 1949 com mortes violentas de lado a lado. Exibido como um Globo Repórter Documento, com direção de Eduardo Coutinho, contou com depoimentos do cantor e compositor Luiz Gonzaga, natural de Exu, e de membros das duas famílias. Até uma intervenção federal foi sugerida para dar fim ao conflito.
Clique no link abaixo para você apreciar o que contam sobre a família Alencar e Sampaio.
https://memoriaglobo.globo.com/jornalismo/jornalismo-e-telejornais/globo-reporter/programas/exu-uma-tragedia-sertaneja/
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O BLOG HOMENAGEIA HOJE ALDENORA SANTIAGO
Por José Mendes Pereira
Segundo o escritor Lindomarcos Faustino Aldenora Santiago de Aquino era natalense e nasceu no dia 05 de junho de 1944. Seus pais Manoel Lourenço de Aquino e Francisca Santiago de Aquino. Em companhia dos pais veio morar em Mossoró quando tinha sete anos de idade e, aos 18 anos, se apresentou como caloura no programa da Rádio Rural de Mossoró, na companhia do Conjunto Totõezinho, de quem recebeu uma proposta para se integrar ao grupo. Esta cantora encantou a sociedade mossoroense nas décadas de 60 e 70.
Esta senhora eu a conheci muito, não de conversar, de ter amizade, de contatos diários, mas pelo talento que tinha, como uma grande cantora nos anos sessenta e setenta do século XX, e que eu assistia sempre as suas apresentações no Cine Caiçara, da sociedade que eu trabalhava. Ela também foi cantora do conjunto de Totõezinho, e com a morte deste, a banda passou para ser regida pelo músico Batista.
Aldenora Santiago era uma senhora morena, bem parecida, mas infelizmente, devido gostar de beber alguns goles a mais, a cantora foi impossibilitada de chegar à fama artística.
O seu aparecimento como futura artista foi nos programas de auditório da Rádio Difusora de Mossoró, apresentado por José Genildo de Miranda, no Programa “Vesperal das Moças”.
Quando o radialista Zé Maria Madrid criou aos domingos às 9 horas da manhã, um programa de auditório no cine Caiçara de Mossoró, com o nome "Zy & 20" ela sempre participava, sendo aplaudida pelos seus fãs que tinham uma grande admiração pela futura cantora. Ela sempre foi bem recebida pelos mossoroenses, mas infelizmente não passou disso, porque vivia um pouco ébria. Ela é um patrimônio da história de Mossoró.
Além destes programas já citados ela também cantava na Rádio Difusora, na ACDP, nos cabarés de Copacabana, Casa Blanca e outros lugares.
Aldenora foi convidada para fazer gravações no Rio de Janeiro, mas infelizmente a nossa cantora não aceitou o convite.
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LAMPIÃO NO RASO DA CATARINA
Por Geraldo Júnior
Relatos surpreendentes sobre a passagem de Lampião e bando pelo inóspito Raso da Catarina na Bahia. Seja membro deste canal e ganhe benefícios:
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CANGAÇO: SILA E NIREZ
Por Aderbal Nogueira
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CANGAÇO - CONSIDERAÇÕES SOBRE LUITGARDE
Por Aderbal Nogueira - Cangaço
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KLEBER LOPES DA PRAÇA É NOSSA MORRE AOS 39 ANOS...
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